O ser diagnosticado com LER/Dort e a vivência no trabalho

• Autor(a) principal: García, Pablo Vinícius de Oliveira
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/26339
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Trabalhador; Sofrimento; LER/Dort

As lógicas de organização do trabalho ao longo da história proporcionaram uma diversidade de doenças ao trabalhador, permeando diversas categorias profissionais. No caso do operário de fábrica, é nítido as complicações que surgiram com o tempo e que afetam a saúde do empregado. Ambientes de trabalho insalubre, jornadas de trabalho extensas, materiais de trabalho precários, exploração da mão de obra etc., são algumas das causas para a expressão do fenômeno das Lesões por Esforço Repetitivo/Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. A LER/Dort torna-se presente na vida do trabalhador por prejudicar uma de suas principais possibilidades de sustento, o próprio corpo. E assim como outras doenças do trabalho, as dores das LER/Dort podem se tornar crônicas, deslocando o sofrimento para fora do ambiente laboral. Desta forma, a partir da abordagem fenomenológica, o intuito deste trabalho foi resgatar as entrevistas do documentário “Carne e Osso: o trabalho em frigoríficos” (2011) para compreender o sofrimento da pessoa quando diagnosticada com LER/Dort. Buscou-se analisar como a pessoa diagnosticada percebe os impactos que o trabalho teve na existência e as formas de manifestação da LER/Dort diante da atividade laboral que consequentemente afetaram a perspectiva destes sobre si mesmos. A partir desta análise, o filme permitiu a compreensão do fenômeno em três categorias: O corpo como ferramenta de trabalho; Corpo desgastado e o corpo doente; Obsolescência desprogramada