Histeria: defesa, Édipo e os limites da sexuação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Otero Filho, Mario Alberto Rabello
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/28235
Resumo: Neste trabalho, o autor estudou as considerações freudianas acerca da histeria, da concepção das neuroses de defesa à teoria do trauma, da descoberta do papel das fantasias ao desvendamento do Édipo enquanto processo fundante da neurose. Revisitou as considerações freudianas acerca do devir da sexualidade feminina, em sua especificidade, em relação à organização fálica. Em seguida, expôs o olhar estrutural, conforme trabalhado pela escola francesa de psicanálise, elucidando o devir do sujeito na ótica lacaniana, o desenvolvimento da feminilidade e o que pode circunscrever a estrutura histérica a partir dos limites da sexuação. Estudou a relação entre histeria e diferentes formas de masoquismo, e também resumiu brevemente uma série de outras teorias explicativas da histeria que fogem às considerações acerca do Édipo e da estruturação do sujeito, de forma a ilustrar a contribuição desta ótica específica em meio a outras presentes no meio psicanalítico. Este trabalho consistiu, portanto, em uma pesquisa teórica, a partir de textos de Freud e comentadores (principalmente Alonso e Fuks e Bercherie), bem como de autores da escola francesa, influenciados pelo pensamento lacaniano (André, Dor, Cabas, Birman e Soler). Concluiu que, ainda que os elementos edípicos estejam presentes tanto na teorização freudiana quanto na de inspiração lacaniana, há uma diferença fundamental entre as duas perspectivas. Para Freud, a histeria explica-se pelo conflito entre a sexualidade e o ego, sendo o recalque o mecanismo de defesa atuante e o sintoma, o retorno do recalcado como realização de desejo. Já para André, enquanto representante do pensamento lacaniano, a histeria revela a estrutura do sujeito desejante; seus sintomas descobrem o furo na cadeia representativa advindo do limite da sexuação, do que não foi possível de ser simbolizado pelo recalque. Viu-se, todavia, que essas concepções convivem com outras, de teores diversos, no meio psicanalítico e que, também devido a características de seu objeto de estudo, não esgotam a compreensão da histeria ou da neurose
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