Implicações das redes sociais nos transtornos alimentares sob as perspectivas de mulheres adultas jovens
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP |
Texto Completo: | https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/27592 |
Resumo: | O objetivo desta pesquisa foi investigar em que medida as redes sociais contribuem para o agravamento dos transtornos alimentares sob a perspectiva de jovens mulheres brasileiras que convivem ou conviveram com algum tipo de transtorno alimentar em período recente de suas vidas. Atualmente, segundo a OMS, cerca de 10% dos jovens brasileiros sofrem de distúrbios alimentares, e, segundo a bibliografia, as redes sociais podem ter um impacto significativo nisso. Cada vez mais os indivíduos estão conectados na internet e as influenciadoras digitais tomaram esse espaço mostrando sua rotina, sua alimentação, seus interesses, gostos e opiniões. Com o uso do marketing digital, tais figuras são pagas para realizar publicidades de determinados produtos que se encaixam no nicho específico deste assunto. Junto com a rotina de atividades físicas, alimentação e publicidade, o corpo da blogueira sarada se torna um ideal a ser alcançado. Esses conteúdos compartilhados nas redes sociais pelas blogueiras contribuem para o agravamento dos transtornos alimentares? Essa pergunta foi a norteadora da pesquisa, e foi respondida através da análise de entrevistas com três jovens estudantes universitárias brasileiras de 22 a 24 anos. A análise das entrevistas conclui que a questão de seguir ou não influenciadoras digitais focadas em mostrar um “estilo de vida saudável” não parece ter relação direta com o agravamento dos sintomas próprios dos transtornos alimentares das entrevistadas. No entanto, o aspecto que se ressaltou é que, bastou elas consumirem algum tipo de conteúdo associado a temas como moda, atividade física, saúde, entre outros, que produtos associados à perda de peso apareciam para elas em anúncios produzidos nos moldes de uma simples postagem nas redes sociais. As modelos que postam fotos de seus desfiles também exercem grande influência entre estas jovens. Por outro lado, como contraponto, também se destacou a importância das blogueiras que adotam discursos positivos em relação ao tema e que falam sobre ele de forma responsável nas redes, compartilhando seus corpos reais com dobrinhas, marcas e gorduras, e contribuindo para a desconstrução da ideia de um corpo perfeito. Portanto, ter nas redes sociais mulheres que expõem e dialogam sobre seus corpos reais pode ter um impacto importante entre as jovens que sofrem com os transtornos alimentares, ajudando-as a perceber que está tudo bem não ter um corpo perfeito, dado que este corpo não existe de fato, mas é uma ideia produzida pelo marketing para auxiliar na venda de centenas de milhares de produtos que foram e são inventados justamente para manter viva uma ilusão que produz bilhões de dólares anualmente para um grupo seleto de pessoas no mundo |
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Maciel Junior, Plínio de AlmeidaAbud, Júlia Cardoso2022-09-16T20:41:31Z2022-09-16T20:41:31Z2022-06-15Abud, Júlia Cardoso. Implicações das redes sociais nos transtornos alimentares sob as perspectivas de mulheres adultas jovens. 2022. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia) - Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2022.https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/27592O objetivo desta pesquisa foi investigar em que medida as redes sociais contribuem para o agravamento dos transtornos alimentares sob a perspectiva de jovens mulheres brasileiras que convivem ou conviveram com algum tipo de transtorno alimentar em período recente de suas vidas. Atualmente, segundo a OMS, cerca de 10% dos jovens brasileiros sofrem de distúrbios alimentares, e, segundo a bibliografia, as redes sociais podem ter um impacto significativo nisso. Cada vez mais os indivíduos estão conectados na internet e as influenciadoras digitais tomaram esse espaço mostrando sua rotina, sua alimentação, seus interesses, gostos e opiniões. Com o uso do marketing digital, tais figuras são pagas para realizar publicidades de determinados produtos que se encaixam no nicho específico deste assunto. Junto com a rotina de atividades físicas, alimentação e publicidade, o corpo da blogueira sarada se torna um ideal a ser alcançado. Esses conteúdos compartilhados nas redes sociais pelas blogueiras contribuem para o agravamento dos transtornos alimentares? Essa pergunta foi a norteadora da pesquisa, e foi respondida através da análise de entrevistas com três jovens estudantes universitárias brasileiras de 22 a 24 anos. A análise das entrevistas conclui que a questão de seguir ou não influenciadoras digitais focadas em mostrar um “estilo de vida saudável” não parece ter relação direta com o agravamento dos sintomas próprios dos transtornos alimentares das entrevistadas. No entanto, o aspecto que se ressaltou é que, bastou elas consumirem algum tipo de conteúdo associado a temas como moda, atividade física, saúde, entre outros, que produtos associados à perda de peso apareciam para elas em anúncios produzidos nos moldes de uma simples postagem nas redes sociais. As modelos que postam fotos de seus desfiles também exercem grande influência entre estas jovens. Por outro lado, como contraponto, também se destacou a importância das blogueiras que adotam discursos positivos em relação ao tema e que falam sobre ele de forma responsável nas redes, compartilhando seus corpos reais com dobrinhas, marcas e gorduras, e contribuindo para a desconstrução da ideia de um corpo perfeito. Portanto, ter nas redes sociais mulheres que expõem e dialogam sobre seus corpos reais pode ter um impacto importante entre as jovens que sofrem com os transtornos alimentares, ajudando-as a perceber que está tudo bem não ter um corpo perfeito, dado que este corpo não existe de fato, mas é uma ideia produzida pelo marketing para auxiliar na venda de centenas de milhares de produtos que foram e são inventados justamente para manter viva uma ilusão que produz bilhões de dólares anualmente para um grupo seleto de pessoas no mundoporPontifícia Universidade Católica de São PauloGraduação em PsicologiaPUC-SPBrasilFaculdade de Ciências Humanas e da SaúdeCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIATranstorno alimentarRedes sociaisInfluenciadores digitaisBlogueiraAlimentaçãoJovensMarketing digitalImplicações das redes sociais nos transtornos alimentares sob as perspectivas de mulheres adultas jovensinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SPinstname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)instacron:PUC_SPORIGINALTCC - Júlia Cardoso Abud_Julia Cardoso Abud.pdfapplication/pdf435149https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/27592/1/TCC%20-%20J%c3%balia%20Cardoso%20Abud_Julia%20Cardoso%20Abud.pdf69f095e6e7ad8eadd1de3f752151bc86MD51TEXTTCC - Júlia Cardoso Abud_Julia Cardoso Abud.pdf.txtTCC - Júlia Cardoso Abud_Julia Cardoso Abud.pdf.txtExtracted texttext/plain135212https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/27592/2/TCC%20-%20J%c3%balia%20Cardoso%20Abud_Julia%20Cardoso%20Abud.pdf.txt7fa0d5b9838880b72388451701cce649MD52THUMBNAILTCC - Júlia Cardoso Abud_Julia Cardoso Abud.pdf.jpgTCC - Júlia Cardoso Abud_Julia Cardoso Abud.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1241https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/27592/3/TCC%20-%20J%c3%balia%20Cardoso%20Abud_Julia%20Cardoso%20Abud.pdf.jpgdeda39a4e7ae8ca2361a22a41aa45c83MD53handle/275922022-09-30 20:17:19.992oai:repositorio.pucsp.br:handle/27592Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://sapientia.pucsp.br/https://sapientia.pucsp.br/oai/requestbngkatende@pucsp.br||rapassi@pucsp.bropendoar:2022-09-30T23:17:19Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)false |
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