Contribuições do paradigma de equivalência de estímulos no tratamento da anorexia nervosa: uma perspectiva analítico-comportamental

• Autor(a) principal: Castro, Maria Eduarda Lacerda de
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/26319
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Paradigma de equivalência de estímulos; Anorexia nervosa; Análise do comportamento

O presente estudo tem por objetivo investigar, sob a ótica da Análise do Comportamento, se é possível alterar a classe de estímulos relacionada a corpos gordos e corpos extremamente magros em sujeitos que apresentaram o diagnóstico de Anorexia Nervosa em determinado momento da vida. Para isso, foram localizadas três participantes que apresentaram o diagnóstico em questão no passado e consentiram em participar da presente pesquisa. Replicando o método utilizado por Jardim (2018), mediu-se a latência das respostas das participantes para cada grupo de estímulos relacionados a figuras de pessoas magras e gordas visando a verificar se as respostas indicavam algum viés (negativo ou positivo) ao corpo gordo e ao corpo extremamente magro, em razão do tempo de responder, por meio do software Implicit Relational Assessment Procedure (IRAP). Em seguida, foi feito um treinamento de formação de classes de equivalência relacionadas à redução do viés negativo ao corpo gordo e do viés positivo ao corpo anoréxico, e os testes de simetria, transitividade e equivalência. Por fim, o IRAP foi aplicado novamente para verificar possível mudança após o treino. De acordo com a literatura, um breve treino de equivalência é capaz de reverter ou reorganizar classes de estímulos que foram emparelhadas arbitrariamente (MCGLINCHEY & KEENAN, 1997; MOXON, KEENAN & HINE, 1993; WATT, KEENAN, BARNES, CAIRNS, 1991). Esperavase, portanto, identificar se, após o treino de equivalência, as participantes mudaram suas percepções acerca do corpo gordo e do corpo extremamente magro. Os resultados foram bastante divergentes, não possibilitando conclusão segura acerca do efeito do treino, logo, recomendam-se novas produções acerca do tema com mudanças no instrumento de avaliação utilizado, maior número de participantes e aplicação em população clínica e grupo controle