Escolha de sobrenome no casamento: individualidade e conjugalidade na perspectiva de gênero

• Autor(a) principal: Motta, Milene
• Data de Publicação: 2010
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/28910
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Sobrenome; Casamento; Identidade; Gênero

O nome próprio, constituído pelo prenome e sobrenome, é um constituinte do ser humano e carrega tanto as expectativas e desejos dos pais quanto a história familiar de seus antecedentes. Como é respaldado por leis, ele só pode ser alterado em circunstâncias peculiares. Uma dessas circunstâncias é o momento do casamento, no qual o sobrenome pode ser retirado ou acrescentado. Porém, o casamento nem sempre teve o mesmo sentido na história e teve seus valores alterados através dos tempos. O presente estudo teve como objetivo compreender as marcas da decisão e os significados subjacentes à escolha do sobrenome no casamento. Para tanto foram realizadas entrevistas semi-dirigidas com homens e mulheres casados que fizeram diferentes escolhas dentro desse mesmo processo: um casal em que a esposa optou por adotar o sobrenome do marido; um casal em que ambos permanecerem com o sobrenome de solteiros, e um casal em que ambos adotaram o sobrenome de seu cônjuge. Tinha-se a pretensão de entrevistar também um casal onde apenas o homem adotou o sobrenome da esposa, porém não o encontramos. As entrevistas foram analisadas por meio de uma análise qualitativa e mostraram que: a história de vida de cada um dos colaboradores foi relevante para a escolha individual de acrescentar ou não um sobrenome; que as questões de gênero, de poder e do significado da relação estão na base dessa decisão; e que apesar de encontrarmos discursos e atitudes pós-modernas em todos os casais, em todos eles podemos encontrar marcas e influências do tradicionalismo nessa escolha de sobrenome