Análise da passagem do ensino médio para o ensino superior e a prevenção em saúde mental: um estudo sobre os alunos do terceiro ano de Psicologia da PUC/SP

• Autor(a) principal: Souza, Fábio Marcondes de
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/26267
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Prevenção em saúde mental; Estudantes universitários; Transtornos mentais

A entrada na vida acadêmica é marcada por grandes mudanças na vida do estudante que deve se adaptar a novas demandas, compromissos e rotinas, que podem se mostrar exigentes para essa população. Sendo assim, esse período que pode ser marcado por um grande desenvolvimento do jovem em seus diferentes âmbitos, acaba se tornando fonte de diferentes estressores que colocam sua saúde mental em risco, algo que foi mostrado em diferentes estudos, principalmente entre estudantes da área da saúde. Assim, o objetivo desse estudo é fazer uma análise dos estressores que podem ser encontrados no ambiente acadêmico e como eles podem afetar o desenvolvimento psicossocial de quatro das etapas de desenvolvimento de universitários (desenvolver a competência, lidar com as emoções, da autonomia à interdependência e desenvolver relacionamentos interpessoais maduros). Os participantes foram estudantes do terceiro ano do curso de Psicologia da PUC-SP. Sob a ótica da abordagem do Desenvolvimento Psicossocial, os dados foram obtidos online via Questionário de Vivências acadêmicas na sua versão reduzida (QVA-r), constituído por 55 itens em uma escala com pontuações do tipo escala likert de cinco pontos, que medem cinco dimensões da vivência universitária sendo elas: Pessoal, Interpessoal, Carreira, Estudo e Institucional, além de um questionário complementar para verificar diferentes estressores. Os resultados mostraram que a dimensão pessoal foi a única a dar resultados preocupantes, mostrando a dificuldade dos alunos em lidar com suas emoções e o excesso de sentimentos de angústia e ansiedade. Os estressores mais presentes para esses alunos foram sentir-se sozinho em casa, não receber apoio dos pais, que apareceram correlacionados com as piores notas na dimensão pessoal, e o aumento de consumo de álcool e maconha após a entrada na universidade. Conclui-se que a universidade poderia criar formas de intervenções que dessem o apoio a esses alunos para evitar que esses estressores encontrados prejudiquem sua saúde mental, tendo assim um importante papel de suporte social para esses jovens