(Bio)políticas de reconhecimento e modulações de personagens
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP |
Texto Completo: | https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/23786 |
Resumo: | Identidade, reconhecimento e política conformam a tríade categorial de composição desta tese. Tratou-se de investigar os modos com que o reconhecimento, quando se dá de modo perverso, constitui ainda um dispositivo da biopolítica que infere sobre as identidades sob a forma de modulações de personagens fetichizadas. Para tal empreitada recorremos a dois caminhos: o da pesquisa bibliográfica e o da pesquisa documental, constituindo uma tese teórico-filosófica que articula Psicologia Social e Filosofia Política. Assim a tese se constitui de três grandes capítulos e seus respectivos subcapítulos: política, identidade e resistência. O primeiro capítulo se debruça sobre o diagnóstico de Giorgio Agamben e Achile Mbembe de que a política tem por paradigma a biopolítica e a necropolítica; por esse caminho, discorre-se acerca da questão do reconhecimento enquanto problema política, e, por fim, defende-se a tese de que o reconhecimento, embora essencial em termos sociais e políticos, na medida em que se dá de modo perverso conforma-se ainda como dispositivo da biopolítica – (bio)políticas de reconhecimento. No segundo capítulo se discorre sobre a questão da identidade. Apresenta-se em que medida a identidade constitui um problema político urgente em nosso tempo. Assim acompanhamos as discussões da teoria da identidade de Ciampa para apontar que as formas biopolíticas de reconhecimento inferem sobre as identidades produzindo modulações de personagens fetichizadas – conceito novo que agrega-se a teoria. O último capítulo trata da questão da resistência. Apresenta-se o reconhecimento e identidade como resistência. Nesse diálogo recorre-se às produções da revista do coletivo Fala Guerreira, o qual, sustentando discussões que têm por pauta a identidade, apontam caminhos de resistência identitária e política. Assim o reconhecimento faz o controle pelos modos de gestão simbólica, via reconhecimento perverso, que produz personagens moduláveis, enquanto modus operandi de existência, isto é, a identidade como morte simbólica – um aprisionamento a infinitas modulações de personagens fetichizadas. A vida nua se origina pelo seu rendimento fundamental ao poder soberano, as modulações de personagens fetichizadas são o rendimento às formas de reconhecimento perverso. O rendimento fundamental do poder biopolítico do reconhecimento é a produção de modulação de personagens como elemento político original e como limiar de articulação entre mesmice e mesmidade, ser e não ser. Deste modo, o rendimento fundamental do reconhecimento enquanto biopolítica é que os indivíduos estão submetidos à modulação da figura do homo sacer |
id |
PUC_SP-1_49a16d518780b86611dae3efa318b6d3 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.pucsp.br:handle/23786 |
network_acronym_str |
PUC_SP-1 |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP |
repository_id_str |
|
spelling |
Lima, Aluísio Ferreira dehttp://lattes.cnpq.br/0220911059828007Furlan, Vinicius2021-10-22T19:56:34Z2021-10-22T19:56:34Z2020-03-19Furlan, Vinicius. (Bio)políticas de reconhecimento e modulações de personagens. 2020. 159 f. Tese (Doutorado em Psicologia: Psicologia Social) - Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia: Psicologia Social, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2020.https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/23786Identidade, reconhecimento e política conformam a tríade categorial de composição desta tese. Tratou-se de investigar os modos com que o reconhecimento, quando se dá de modo perverso, constitui ainda um dispositivo da biopolítica que infere sobre as identidades sob a forma de modulações de personagens fetichizadas. Para tal empreitada recorremos a dois caminhos: o da pesquisa bibliográfica e o da pesquisa documental, constituindo uma tese teórico-filosófica que articula Psicologia Social e Filosofia Política. Assim a tese se constitui de três grandes capítulos e seus respectivos subcapítulos: política, identidade e resistência. O primeiro capítulo se debruça sobre o diagnóstico de Giorgio Agamben e Achile Mbembe de que a política tem por paradigma a biopolítica e a necropolítica; por esse caminho, discorre-se acerca da questão do reconhecimento enquanto problema política, e, por fim, defende-se a tese de que o reconhecimento, embora essencial em termos sociais e políticos, na medida em que se dá de modo perverso conforma-se ainda como dispositivo da biopolítica – (bio)políticas de reconhecimento. No segundo capítulo se discorre sobre a questão da identidade. Apresenta-se em que medida a identidade constitui um problema político urgente em nosso tempo. Assim acompanhamos as discussões da teoria da identidade de Ciampa para apontar que as formas biopolíticas de reconhecimento inferem sobre as identidades produzindo modulações de personagens fetichizadas – conceito novo que agrega-se a teoria. O último capítulo trata da questão da resistência. Apresenta-se o reconhecimento e identidade como resistência. Nesse diálogo recorre-se às produções da revista do coletivo Fala Guerreira, o qual, sustentando discussões que têm por pauta a identidade, apontam caminhos de resistência identitária e política. Assim o reconhecimento faz o controle pelos modos de gestão simbólica, via reconhecimento perverso, que produz personagens moduláveis, enquanto modus operandi de existência, isto é, a identidade como morte simbólica – um aprisionamento a infinitas modulações de personagens fetichizadas. A vida nua se origina pelo seu rendimento fundamental ao poder soberano, as modulações de personagens fetichizadas são o rendimento às formas de reconhecimento perverso. O rendimento fundamental do poder biopolítico do reconhecimento é a produção de modulação de personagens como elemento político original e como limiar de articulação entre mesmice e mesmidade, ser e não ser. Deste modo, o rendimento fundamental do reconhecimento enquanto biopolítica é que os indivíduos estão submetidos à modulação da figura do homo sacerIdentity, recognition and politics make up the categorical triad of composition of this thesis. It was a matter of investigating the ways in which recognition, when perverse, also constitutes a device of biopolitics that infers identities in modulations form of fetishized characters. For this endeavor we resort to two paths: that of bibliographic research and that of documentary research, constituting a theoretical-philosophical thesis that articulates Social Psychology and Political Philosophy. Thus, the thesis consists of three major chapters and their respective subchapters: politics, identity and resistance. The first chapter deals with( opção: elaborate on) the diagnosis of Giorgio Agamben and Achile Mbembe that politics has the paradigm of biopolitics and necropolitics; along this path, the issue of recognition as a political problem is discussed, and, finally, the thesis that recognition, although essential in social and political terms, insofar as it occurs in a perverse way, if still as a device of biopolitics - (bio) politics of recognition. The second chapter discusses the question of identity. It presents the extent to which identity constitutes an urgent political problem in our time. Thus, we followed the discussions of Ciampa's theory of identity to point out that the biopolitical forms of recognition infer about identities, producing modulations of fetishized characters - a new concept that adds to the theory. The last chapter deals with the question of resistance. Recognition and identity are presented as resistance. In this dialogue, the collective’s magazine productions “FalaGuerreira” are used, which, sustaining discussions that focus on identity, point out paths of identity and political resistance. If, in turn, the biopolitics scheme seeks population control, the device with which the identity control stratagem operates is recognition. Thus, recognition makes the control by means of symbolic management, via perverse recognition, which produces modulable characters, as existence modus operandi, that is, identity as symbolic death - an imprisonment to infinite modulations of fetishized characters. Naked life originates from its fundamental yield to sovereign power, the modulations of fetishized characters are the yield to perverse recognition forms. The fundamental performance of the biopolitical power of recognition is the production of characters’ modulation as an original political element and as a threshold of articulation between sameness and sameness, to be and not to be. In this way, the fundamental yield of recognition as a biopolitical is that individuals are subjected to modulation of the homo sacer figureCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPESapplication/pdfporPontifícia Universidade Católica de São PauloPrograma de Estudos Pós-Graduados em Psicologia: Psicologia SocialPUC-SPBrasilFaculdade de Ciências Humanas e da SaúdeCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA::PSICOLOGIA SOCIALIdentidadeReconhecimento (Psicologia)BiopolíticaIdentityRecognition (Psychology)Biopolitics(Bio)políticas de reconhecimento e modulações de personagensinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SPinstname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)instacron:PUC_SPORIGINALVinicius Furlan.pdfapplication/pdf989347https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/23786/1/Vinicius%20Furlan.pdf65cdc4620c55cb703ae910ed548703bbMD51TEXTVinicius Furlan.pdf.txtVinicius Furlan.pdf.txtExtracted texttext/plain417788https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/23786/2/Vinicius%20Furlan.pdf.txt62888598f8452df8367b1ea85e111a57MD52THUMBNAILVinicius Furlan.pdf.jpgVinicius Furlan.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1231https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/23786/3/Vinicius%20Furlan.pdf.jpg5b1eed698980361fc3d671e299ff6b68MD53handle/237862021-10-25 07:49:14.253oai:repositorio.pucsp.br:handle/23786Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://sapientia.pucsp.br/https://sapientia.pucsp.br/oai/requestbngkatende@pucsp.br||rapassi@pucsp.bropendoar:2021-10-25T10:49:14Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
(Bio)políticas de reconhecimento e modulações de personagens |
title |
(Bio)políticas de reconhecimento e modulações de personagens |
spellingShingle |
(Bio)políticas de reconhecimento e modulações de personagens Furlan, Vinicius CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA::PSICOLOGIA SOCIAL Identidade Reconhecimento (Psicologia) Biopolítica Identity Recognition (Psychology) Biopolitics |
title_short |
(Bio)políticas de reconhecimento e modulações de personagens |
title_full |
(Bio)políticas de reconhecimento e modulações de personagens |
title_fullStr |
(Bio)políticas de reconhecimento e modulações de personagens |
title_full_unstemmed |
(Bio)políticas de reconhecimento e modulações de personagens |
title_sort |
(Bio)políticas de reconhecimento e modulações de personagens |
author |
Furlan, Vinicius |
author_facet |
Furlan, Vinicius |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Lima, Aluísio Ferreira de |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0220911059828007 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Furlan, Vinicius |
contributor_str_mv |
Lima, Aluísio Ferreira de |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA::PSICOLOGIA SOCIAL |
topic |
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA::PSICOLOGIA SOCIAL Identidade Reconhecimento (Psicologia) Biopolítica Identity Recognition (Psychology) Biopolitics |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Identidade Reconhecimento (Psicologia) Biopolítica Identity Recognition (Psychology) Biopolitics |
description |
Identidade, reconhecimento e política conformam a tríade categorial de composição desta tese. Tratou-se de investigar os modos com que o reconhecimento, quando se dá de modo perverso, constitui ainda um dispositivo da biopolítica que infere sobre as identidades sob a forma de modulações de personagens fetichizadas. Para tal empreitada recorremos a dois caminhos: o da pesquisa bibliográfica e o da pesquisa documental, constituindo uma tese teórico-filosófica que articula Psicologia Social e Filosofia Política. Assim a tese se constitui de três grandes capítulos e seus respectivos subcapítulos: política, identidade e resistência. O primeiro capítulo se debruça sobre o diagnóstico de Giorgio Agamben e Achile Mbembe de que a política tem por paradigma a biopolítica e a necropolítica; por esse caminho, discorre-se acerca da questão do reconhecimento enquanto problema política, e, por fim, defende-se a tese de que o reconhecimento, embora essencial em termos sociais e políticos, na medida em que se dá de modo perverso conforma-se ainda como dispositivo da biopolítica – (bio)políticas de reconhecimento. No segundo capítulo se discorre sobre a questão da identidade. Apresenta-se em que medida a identidade constitui um problema político urgente em nosso tempo. Assim acompanhamos as discussões da teoria da identidade de Ciampa para apontar que as formas biopolíticas de reconhecimento inferem sobre as identidades produzindo modulações de personagens fetichizadas – conceito novo que agrega-se a teoria. O último capítulo trata da questão da resistência. Apresenta-se o reconhecimento e identidade como resistência. Nesse diálogo recorre-se às produções da revista do coletivo Fala Guerreira, o qual, sustentando discussões que têm por pauta a identidade, apontam caminhos de resistência identitária e política. Assim o reconhecimento faz o controle pelos modos de gestão simbólica, via reconhecimento perverso, que produz personagens moduláveis, enquanto modus operandi de existência, isto é, a identidade como morte simbólica – um aprisionamento a infinitas modulações de personagens fetichizadas. A vida nua se origina pelo seu rendimento fundamental ao poder soberano, as modulações de personagens fetichizadas são o rendimento às formas de reconhecimento perverso. O rendimento fundamental do poder biopolítico do reconhecimento é a produção de modulação de personagens como elemento político original e como limiar de articulação entre mesmice e mesmidade, ser e não ser. Deste modo, o rendimento fundamental do reconhecimento enquanto biopolítica é que os indivíduos estão submetidos à modulação da figura do homo sacer |
publishDate |
2020 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2020-03-19 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2021-10-22T19:56:34Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2021-10-22T19:56:34Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
Furlan, Vinicius. (Bio)políticas de reconhecimento e modulações de personagens. 2020. 159 f. Tese (Doutorado em Psicologia: Psicologia Social) - Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia: Psicologia Social, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2020. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/23786 |
identifier_str_mv |
Furlan, Vinicius. (Bio)políticas de reconhecimento e modulações de personagens. 2020. 159 f. Tese (Doutorado em Psicologia: Psicologia Social) - Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia: Psicologia Social, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2020. |
url |
https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/23786 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia: Psicologia Social |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
PUC-SP |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde |
publisher.none.fl_str_mv |
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) instacron:PUC_SP |
instname_str |
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) |
instacron_str |
PUC_SP |
institution |
PUC_SP |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/23786/1/Vinicius%20Furlan.pdf https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/23786/2/Vinicius%20Furlan.pdf.txt https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/23786/3/Vinicius%20Furlan.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
65cdc4620c55cb703ae910ed548703bb 62888598f8452df8367b1ea85e111a57 5b1eed698980361fc3d671e299ff6b68 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) |
repository.mail.fl_str_mv |
bngkatende@pucsp.br||rapassi@pucsp.br |
_version_ |
1809277948443754496 |