A vida em movimento: como é para os pais e para os filhos?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP |
Texto Completo: | https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/28904 |
Resumo: | Este trabalho visou compreender o ciclo de vida familiar, com foco na fase de “lançar os filhos” (Carter e Mc Goldrick, 1995). O objetivo foi entender como se dá a diferenciação do jovem em relação à família de origem e sua busca por autonomia, ou seja, o aumento das responsabilidades acadêmicas e/ou profissionais e futuros relacionamentos sociais, afetivos e agenciamento, ou seja, a capacidade de fazer escolhas e arcar com as conseqüências decorrentes. O estudo focalizou a visão dos jovens, que estão vivendo esse momento e, também, a visão dos pais, para compreender como lidam com essa mudança na família. A abordagem utilizada foi a sistêmica: primeiro, pela possibilidade de maior conhecimento deste olhar e, segundo, por esta se propor a compreender o indivíduo relacionado com outros sistemas, dos proximais aos distais, como, por exemplo, a família e a sociedade em geral, numa relação de influência mútua. O modelo de pesquisa utilizado foi o estudo descritivo qualitativo. O instrumento foi entrevista semi-dirigida e os participantes foram: uma jovem adulta de 22 anos e um casal de pais (mulher 53 anos e homem 55 anos) com filhos de 22 e 24 anos. A relevância do meu trabalho é contribuir para a compreensão deste momento do ciclo de vida familiar, confirmando conhecimentos já adquiridos ou ampliando-os. Estas informações poderão ser úteis, para a psicologia, na intervenção, tanto em promoção de saúde, quanto profilaxia ou terapia das relações familiares. Para as pessoas, porque todas enfrentam, em maior ou menor grau, essa fase, sejam como pais ou como filhos. Para a sociedade, pois a pesquisa gerará dados sobre a sociedade contemporânea, que vive transformações tão intensas em todos os âmbitos, já que há recursividade entre o âmbito pessoal e social (Giddens, 1993). Este estudo revelou que a etapa do lançamento do filho da casa dos pais é um momento delicado no ciclo de vida familiar. Esta etapa pode ser vivenciada pela família de duas maneiras: a primeira é encará-la como um período negativo de crise, a segunda é encará-la como uma etapa natural de reestruturação familiar. Na primeira, as relações familiares possivelmente são permeadas por brigas e discussões, caracterizando assim, um pseudo-lançamento do jovem adulto da casa dos pais. Na segunda, para que a saída do filho da casa dos pais seja vivenciada como uma etapa natural e saudável do desenvolvimento humano é preciso que as fronteiras sejam flexibilizadas e as relações se tornem mais horizontais, as hierarquias devem-se persistir e, assim, estas atitudes garantirão uma diferenciação segura do filho de sua família de origem e permitirão que o relacionamento entre as gerações seja pautado no amor, no diálogo e no respeito |
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