Uso do flexímetro e do goniômetro na análise da amplitude de movimento cervical de idosos

• Autor(a) principal: Costa, Sueli Lima
• Data de Publicação: 2011
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/30400
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL; Confiabilidade; Idoso; Avaliação; Amplitude de movimento; Coluna cervical

O envelhecimento, atualmente, apresenta-se como um fenômeno universal. A coluna vertebral cervical é um segmento complexo e funcionalmente significativo do corpo humano e proporciona um elo mecânico entre as extremidades superior e inferior. A medida da amplitude de movimento articular (ADM) é um componente importante do exame físico na avaliação fisioterapêutica, pois, não só identifica as limitações articulares, bem como permite aos profissionais acompanharem de modo quantitativo a eficácia das intervenções terapêuticas durante a reabilitação. É imprescindível que ela seja avaliada por métodos e ferramentas confiáveis, não invasivos e que possam ser reproduzidos por diferentes avaliadores; além disso, é desejável que seja de fácil aplicação e que proporcione dados clinicamente precisos e significantes. Tanto o goniômetro quanto o flexímetro são instrumentos que se propõe a avaliar a ADM dos segmentos corporais. O objetivo desse estudo foi comparar o uso do flexímetro e do goniômetro na análise da amplitude de movimento cervical em idosos e verificar a confiabilidade interexaminadores de ambas as ferramentas. Foram submetidos à avaliação da coluna cervical 34 idosos, de ambos os gêneros. Os movimentos avaliados tanto no goniômetro quanto no flexímetro foram flexão, extensão, inclinação direita e esquerda e rotação axial direita e esquerda. As medidas foram feitas por dois avaliadores e repetidas três vezes consecutivas. Utilizaram-se a média e desvio padrão para fazer a comparação entre os dois instrumentos e o coeficiente ICC para verificar a confiabilidade interexaminadores. Considerou-se nível estatístico de 5%. A análise da ADM realizada pela goniometria e flexímetria demonstrou que houve diferenças significativas entre os instrumentos para os movimentos de flexão (p=0,001), extensão (p=0,001), rotação axial direita (p=0,001) e rotação axial esquerda (p=0,002). Para a confiabilidade interexaminadores, o goniômetro e o flexímetro mostraram níveis excelentes para rotação axial direita (ICC= 0,95 e ICC =0,90, respectivamente), rotação axial esquerda (ICC= 0,96 e ICC =0,91, respectivamente) e flexão (ICC= 0,92 para flexímetro); níveis muito bons para a extensão (ICC= 0,83 e ICC =0,88, respectivamente) flexão lateral direita (ICC= 0,88 e ICC =0,85, respectivamente), flexão lateral esquerda (ICC= 0,87 e ICC =0,89, respectivamente); e, nível aceitável para flexão com o uso do goniômetro (ICC =0,71). O presente estudo demonstrou que, para os idosos, os valores das ADMs encontrados com o goniômetro são diferentes estatisticamente daqueles do flexímetro para a maioria dos movimentos, com exceção da flexão lateral direita e esquerda. Os valores do goniômetro, para todos os movimentos, são menores que os do flexímetro. Já a confiabilidade interexaminadores apresentou níveis muito bom e excelente para a maioria dos movimentos avaliados, apresentando apenas nível aceitável para o movimento de flexão, quando avaliada com o goniômetro