O atentado das Olimpíadas de Munique como marco de segurança no esporte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Hakim, Sarah
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/25815
Resumo: On August 26, 1972, the Munich Olympics began, with the presence of 121 delegations and more than seven thousand athletes. The host country, in order to ward off the image of the Nazi regime, conceived an event unrelated to policing and ostensible forces, using a very small security budget compared to the subsequent Olympics. On September 5, 1972, Munich awoke to the sounds of gunfire, sirens, and military trucks. The international media reported an uncertain situation about the athletes taken hostage, who later turned out to be Israeli. The fragility of security, exacerbated by the poor conduct of negotiations, made the hostages fatal victims: Ze'ev Friedman, Eliezer Halfin, David Berger and Yaakov Springe, Yossef Gutfreund, Kehat Shorr, Mark Slavin, Amitzur Shapira and Andrei Spitzer. Although terrorism has always punctuated history, its substantial growth took place in the 70s, with the action of the Red Brigades, in Italy, Baader-Meinhof, in West Germany, IRA, in Northern Ireland, ETA, in Spain and Arab-Israeli conflicts. Of the many terrorist actions, two gain special attention, as they determined changes not only in the context of the security of sporting events, but also for the regulation and prevention of terrorist acts they gave rise to, namely: the hijacking of flight 571, from Brussels to Tel Aviv, on May 8, 1972, and the here treated Massacre at the 1972 Munich Olympics. The attack at the Olympics shocked the world, not least because they were the first games broadcast in real time to millions of people from different parts of the planet. 10 Due to the Olympic tragedy, on December 18, 1972, three months after the Munich bombing, therefore, the United Nations General Assembly approved Resolution 3034 (XXVII) which created the Special Committee on Terrorism, called the Committee of 35, with activity between 1973 and 1979, whose institution denotes the need for specific legislation, giving rise to the supervening regulation to repress terrorism. The scope and legal limits of responsibilities in sporting mega-events are explored as a means of observing the legal order of security and fundamental human rights and values. This work narrates one of the saddest pages of the Olympics and its repercussions in the legal sphere, including the responsibility of the IOC and the host State, which after almost 50 years remain reticent about assuming their obligations to the athletes' families, the history of It's the world
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The international media reported an uncertain situation about the athletes taken hostage, who later turned out to be Israeli. The fragility of security, exacerbated by the poor conduct of negotiations, made the hostages fatal victims: Ze'ev Friedman, Eliezer Halfin, David Berger and Yaakov Springe, Yossef Gutfreund, Kehat Shorr, Mark Slavin, Amitzur Shapira and Andrei Spitzer. Although terrorism has always punctuated history, its substantial growth took place in the 70s, with the action of the Red Brigades, in Italy, Baader-Meinhof, in West Germany, IRA, in Northern Ireland, ETA, in Spain and Arab-Israeli conflicts. Of the many terrorist actions, two gain special attention, as they determined changes not only in the context of the security of sporting events, but also for the regulation and prevention of terrorist acts they gave rise to, namely: the hijacking of flight 571, from Brussels to Tel Aviv, on May 8, 1972, and the here treated Massacre at the 1972 Munich Olympics. The attack at the Olympics shocked the world, not least because they were the first games broadcast in real time to millions of people from different parts of the planet. 10 Due to the Olympic tragedy, on December 18, 1972, three months after the Munich bombing, therefore, the United Nations General Assembly approved Resolution 3034 (XXVII) which created the Special Committee on Terrorism, called the Committee of 35, with activity between 1973 and 1979, whose institution denotes the need for specific legislation, giving rise to the supervening regulation to repress terrorism. The scope and legal limits of responsibilities in sporting mega-events are explored as a means of observing the legal order of security and fundamental human rights and values. This work narrates one of the saddest pages of the Olympics and its repercussions in the legal sphere, including the responsibility of the IOC and the host State, which after almost 50 years remain reticent about assuming their obligations to the athletes' families, the history of It's the worldNo dia 26 de agosto de 1972, tiveram início as Olimpíadas Munique, que contavam com 121 delegações e mais de sete mil atletas. O país-sede, no intuito de afastar a imagem do regime nazista, concebeu evento desvinculado de policiamento e forças ostensivas, valendo-se de orçamento de segurança bastante reduzido se comparado ao das Olimpíadas subsequentes. Em 5 de setembro de 1972, Munique acordou ao som de tiros, sirenes e caminhões militares. A mídia internacional noticiava situação incerta acerca de atletas feitos reféns, que depois se revelaram serem os atletas israelenses. A fragilidade da segurança, agudizada pela má condução das negociações, fizeram dos reféns vítimas fatais: Ze'ev Friedman, Eliezer Halfin, David Berger e Yaakov Springe, Yossef Gutfreund, Kehat Shorr, Mark Slavin, Amitzur Shapira e Andrei Spitzer. Não obstante o terrorismo sempre tenha pontuado a história, seu crescimento substancial deu-se na década de 70, com a ação das Brigadas Vermelhas, na Itália, Baader-Meinhof, na Alemanha Ocidental, IRA, na Irlanda do Norte, ETA, na Espanha e conflitos árabes-israelenses. Das tantas ações terroristas, duas ganham especial atenção, por terem determinado mudanças não só no âmbito da segurança de eventos esportivos, como pela normatização e prevenção a atos terroristas a que deram ensejo, quais sejam: o sequestro do voo 571, de Bruxelas a Tel Aviv, em 8 de maio de 1972, e o aqui tratado Massacre nas Olimpíadas de Munique de 1972. O atentado nas Olimpíadas chocou o mundo, inclusive porque foram os primeiros jogos transmitidos em tempo real para milhões de pessoas de diferentes partes do planeta. 8 Em razão da tragédia olímpica, em 18 de dezembro de 1972, três meses após o atentado de Munique, portanto, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a Resolução 3034 (XXVII) que criou o Comitê Especial sobre Terrorismo, denominado Comitê dos 35, com atuação entre 1973 e 1979, cuja instituição denota a necessidade de uma legislação específica, dando ensejo à superveniente regulamentação para repressão ao terrorismo. O alcance e limites jurídicos da responsabilidade nos megaeventos esportivos como meio de observância da ordem legal de segurança, dos direitos e valores humanos fundamentais é objeto deste estudo. Este trabalho narra uma das páginas mais tristes das Olimpíadas e suas repercussões no âmbito jurídico, inclusive quanto à responsabilidade do COI e do Estado-sede, que após quase 50 anos permanecem reticentes quanto ao acolhimento de suas obrigações para com as famílias dos atletas, a história e o mundo.porPontifícia Universidade Católica de São PauloPrograma de Estudos Pós-Graduados em DireitoPUC-SPBrasilFaculdade de DireitoCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITOAtentado de Munique Olimpíadas de 1972TerrorismoDignidade da pessoa humanaResponsabilidade internacional responsabilidade do estadoResponsabilidade do COIDever de proteção da pessoaMunich attack 1972 OlympicsTerrorismDignity of human personInternational responsibilityState responsibilityIOC responsibilityDuty to protect the personO atentado das Olimpíadas de Munique como marco de segurança no esporteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SPinstname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)instacron:PUC_SPORIGINALSarah Hakim.pdfapplication/pdf803899https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/25815/1/Sarah%20Hakim.pdfddcb668abae07a4926f54f60839ac61eMD51TEXTSarah Hakim.pdf.txtSarah Hakim.pdf.txtExtracted texttext/plain274931https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/25815/2/Sarah%20Hakim.pdf.txt9e5c95cd9d93f0965c8c76954ef3e631MD52THUMBNAILSarah Hakim.pdf.jpgSarah Hakim.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1303https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/25815/3/Sarah%20Hakim.pdf.jpgd37aedd15ad5c7371fb9ca913e05c9d9MD53handle/258152022-03-30 08:00:47.761oai:repositorio.pucsp.br:handle/25815Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://sapientia.pucsp.br/https://sapientia.pucsp.br/oai/requestbngkatende@pucsp.br||rapassi@pucsp.bropendoar:2022-03-30T11:00:47Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)false
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