A clínica psicanalítica com surdos: percepção e manejo da contratransferência na experiência de psicanalistas

• Autor(a) principal: Tioma, Gabriela Hipolito
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/26281
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Surdos; Contratransferência; Clínica psicanalítica

Esta pesquisa aborda o universo da psicologia clínica, com base psicanalítica, especificamente a prática realizada com surdos. Que questões o atendimento a surdos pode despertar no analista? Quais sentimentos e reações são suscitadas? Como essas reações são manejadas? Elas interferem em que sentido para o processo analítico? A investigação teve como objetivo compreender como é percebida e manejada a contratransferência na experiência de psicanalistas que atendem ou já atenderam surdos em clínica. Foram realizadas entrevistas semidirigidas com três participantes. As entrevistas foram gravadas, transcritas e posteriormente analisadas sob o olhar psicanalítico. Conclui-se que a contratransferência pode ser percebida como negativa ou positiva nos atendimentos. Quando negativa, está atrelada à comunicação falha entre paciente e analista; projeção de medos e inseguranças sobre o paciente, e insegurança teórica. Quando positiva, ao sentimento de “dever cumprido” do analista; uma boa comunicação com o paciente; uma boa troca de informações e identificação do paciente com o analista pelo uso da Libras. Já o manejo da contratransferência se dá através de estudos teóricos, supervisões da prática com profissionais mais experientes ou grupos de estudo, e mantendo a análise pessoal, onde trabalham suas angústias e dificuldades em relação ao atendimento a surdos. Enfatiza-se a escassez de estudos específicos sobre a contratransferência no atendimento a surdos, sendo incentivados novos estudos sobre o assunto