A justiça a partir do absurdo e da revolta em Albert Camus

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Macário, Natália de Alexandre
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/24356
Resumo: The present work aims to clarify the concept and characteristics of justice from the absurdity and revolt, central axes of the existential analysis promoted by Albert Camus, in the essays Le Mythe de Sisyphe (1942) and L'Homme Révolté (1951). Although recurrent, the theme is diffuse and lacking specific delimitation. Studies on the subject attribute Camus' concern for justice to a more personal and political than philosophical inclination. The reconstitution of existential analysis, promoted in the essays, shows, however, the close relationship between justice and existential attributes. The fixation of a valid concept of justice can only emerge from the absurdity and revolt, central axes of thought of the Franco-Algerian author. Considered the purpose of the research, there is the reconstitution of the existential analysis, retaking the absurd as a starting point until culminating with the revolt. As a result, the absurdity reveals from the beginning that the emptying of justice is characteristic of the human condition. The revolt, on the other hand, will consist in the impulse toward the construction of justice, of which man is, by constitution, needy. In the end, it is possible to maintain that justice for Camus, as well as absurdity, corresponds to a passion, whose impossible satisfaction does not hinder the construction of human justice in revolt. The characteristics of Camusian justice differ according to the position assumed in the trials. As passion, injustice points to an ontological imperfection of man, unable to find full satisfaction with his desires. As human construction, it will be the result of the frustrated passion for justice, and therefore imperfect and limited, but the only possible human salvation
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The reconstitution of existential analysis, promoted in the essays, shows, however, the close relationship between justice and existential attributes. The fixation of a valid concept of justice can only emerge from the absurdity and revolt, central axes of thought of the Franco-Algerian author. Considered the purpose of the research, there is the reconstitution of the existential analysis, retaking the absurd as a starting point until culminating with the revolt. As a result, the absurdity reveals from the beginning that the emptying of justice is characteristic of the human condition. The revolt, on the other hand, will consist in the impulse toward the construction of justice, of which man is, by constitution, needy. In the end, it is possible to maintain that justice for Camus, as well as absurdity, corresponds to a passion, whose impossible satisfaction does not hinder the construction of human justice in revolt. The characteristics of Camusian justice differ according to the position assumed in the trials. As passion, injustice points to an ontological imperfection of man, unable to find full satisfaction with his desires. As human construction, it will be the result of the frustrated passion for justice, and therefore imperfect and limited, but the only possible human salvationO presente trabalho tem por objetivo explicitar o conceito e as características da justiça a partir do absurdo e da revolta, eixos centrais da análise existencial promovida por Albert Camus, nos ensaios Le Mythe de Sisyphe (1942) e L’homme Révolté (1951). Apesar de recorrente, a temática apresenta-se difusa e carente de delimitação específica. Os estudos acerca do tema atribuem a preocupação de Camus com a justiça a uma inclinação mais pessoal e política do que filosófica. A reconstituição da análise existencial, promovida nos ensaios, demonstra, porém, a estreita relação entre a justiça e os atributos existenciais. A fixação de um conceito válido de justiça só pode emergir a partir do absurdo e da revolta, eixos centrais do pensamento do autor francoargelino. Considerada a finalidade da pesquisa, opera-se a reconstituição da análise existencial, retomado o absurdo como ponto de partida até culminar com a revolta. Como resultado, o absurdo revela, desde o início, que o esvaziamento da justiça é característico da condição humana. A revolta, por sua vez, consistirá no impulso voltado à construção da justiça da qual o homem é, por constituição, carente. Ao final, é possível sustentar que a justiça para Camus, assim como o absurdo, corresponde a uma paixão, cuja satisfação impossível não constitui empecilho à construção da justiça humana na revolta. As características da justiça camusiana diferenciam-se de acordo com a posição assumida nos ensaios. Como paixão, a injustiça aponta para uma imperfeição ontológica do homem, incapaz de encontrar satisfação integral aos seus desejos. Como construção humana, será o resultado da paixão frustrada por justiça, e por isso, imperfeita e limitada, mas a única salvação humana possívelporPontifícia Universidade Católica de São PauloPrograma de Estudos Pós-Graduados em FilosofiaPUC-SPBrasilFaculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e ArtesCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIAJustiçaAbsurdorevoltaJusticeAbsurdityRevoltA justiça a partir do absurdo e da revolta em Albert Camusinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SPinstname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)instacron:PUC_SPORIGINALNatalia de Alexandre Macario.pdfapplication/pdf1043792https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/24356/1/Natalia%20de%20Alexandre%20Macario.pdfb379ec847abd0d7e9b05ab7c63d32656MD51TEXTNatalia de Alexandre Macario.pdf.txtNatalia de Alexandre Macario.pdf.txtExtracted texttext/plain401391https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/24356/2/Natalia%20de%20Alexandre%20Macario.pdf.txta62d22e28dafbffea4c8e29c9d5dd3a6MD52THUMBNAILNatalia de Alexandre Macario.pdf.jpgNatalia de Alexandre Macario.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1147https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/24356/3/Natalia%20de%20Alexandre%20Macario.pdf.jpg29bb3cbf5eb5222d84354d14bd32e216MD53handle/243562023-06-29 11:00:39.223oai:repositorio.pucsp.br:handle/24356Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://sapientia.pucsp.br/https://sapientia.pucsp.br/oai/requestbngkatende@pucsp.br||rapassi@pucsp.bropendoar:2023-06-29T14:00:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)false
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