Psicanálise e existencialismo: do método das ciências naturais à fenomenologia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP |
Texto Completo: | https://tede2.pucsp.br/handle/handle/18539 |
Resumo: | Apoiado no desenvolvimento das ciências naturais, a psicologia surgiu com a proposta de ser uma ciência exata. Para isso, diversas foram as tentativas para se gerar conhecimento acerca do homem que pudesse servir para o entendimento e controle do comportamento humano. Dentre estas tentativas está a psicanálise de Sigmund Freud. Trabalhando com pacientes em clínica, Freud buscou criar uma teoria que abarcasse todos os fenômenos psíquicos. Dessa maneira, chegou a uma formulação admiravelmente articulada, no entanto, que não poderia ser utilizada em seus atendimentos clínicos. Dessa forma, passou-se a se questionar se o método das ciências naturais era o mais apropriado para se explicar (ou compreender) o ser humano. Uma saída encontrada para isso foi dada por Edmund Husserl que, via uma percepção mais originária da relação do homem com seu mundo, que não fosse a das ciências naturais que partem sempre da dicotomia sujeito-objeto para explicar o ser humano, cria o método fenomenologia que tem como principal objetivo compreender (e não explicar) o homem. Tal método será usado, por sua vez, pelos existencialistas que, somando-se à concepção de homem de Martin Heidegger, criarão meios valiosos de atuar em clínica. O projeto inicial de uma psicologia exata se desfaz, e com isso, o valor da teoria psicanalítica se torna duvidoso, sendo considerada mais uma teoria especulativa aos moldes metafísicos do que tocando a realidade palpitante que se mostra. Dessa forma, deveria esta ser descartada, ou haveria alguma saída para essa teoria, já que sua função clínica é secundária e seria utilidade apenas para construção de hipóteses esporádicas? |
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