Entre a (des)territorialização física e psíquica: contribuições da psicologia no campo da imigração

• Autor(a) principal: Bezerra, Patricia Sousa
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/26340
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Imigração; Cultura; (Des)territorialização

O imaginário social de um Brasil democrático e de oportunidades atraiu diversos imigrantes desde a época de sua constituição até os dias atuais. A experiência de um migrante delineia um território psíquico em transição, uma vez que, ao atravessar as fronteiras terrestres e marítimas, os sujeitos são destituídos de seus valores, ideias e referências da cultura de origem. O não lugar ocupado transitoriamente por esses sujeitos provoca importantes reverberações na constituição de sua subjetividade e no modo como será vivenciada a experiência do deslocamento. Através das narrativas de imigração presentes no livro “Histórias que se cruzam na Kantuta” (GARCIA et al, 2016) e outras encontradas na revisão de literatura, foi realizada uma análise de conteúdo, em que se investigou quais são as ancoragens que amarram o sujeito no novo tecido social e o que potencializa a integração na nova cultura. Identificamos os elementos de ancoragem que dão novo sentido à realidade do imigrante, permitindo uma nova territorialidade: demandas relativas à constituição de novos laços afetivos, à inclusão na cultura por meio da língua portuguesa, o fortalecimento de vínculos por meio das redes de acolhimento, a inclusão social por meio do trabalho e de oportunidades de escolarização, o reconhecimento por meio do documento legal e o protagonismo na narrativa de suas trajetórias para a autonomia, emancipação e o sentimento de pertença no novo território, que possibilita diversas trocas culturais