Morte e vida palestina: a reorientação tática do colonialismo israelense na Faixa de Gaza

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Isabela Agostinelli dos
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/40043
Resumo: For the first time, in August 2005, the Israeli State withdrew its settlements from a Palestinian territory that had been under military occupation since 1967: the Gaza Strip. Since then, Israel claims it no longer has any responsibility for that space and its population, with the justification that there is no longer a military occupation in Gaza. However, far from “disengaging” from Gaza, Israel began to exercise a type of domination by remote control, in which infrastructure networks became the main mechanism of control over the life and death of Palestinians in the region. This domination is exercised not only through control over Gaza’s borders, but mainly through the implementation of “economic de-development” and policies of socio-spatial isolation. This thesis aims to analyze such policies in order to answer the following questions: how and why did the State of Israel reorient its tactics of colonial domination in Gaza? We argue that disengagement was a tactical reorientation of forms of colonial domination, which materializes in the functioning of mobility policies, control of economic infrastructure and resources. In this process, there is a fundamental articulation between colonial politics, understood in terms of ideology and grand strategy, whose objective is to conquer the greatest amount of land with the smallest number of natives possible, and the policies, understood in terms of tactics and public policies, which by its turn are informed by politics and give meaning to the project of Israeli settler colonisation of Palestine. A genealogy of the economic dedevelopment and socio-spatial isolation of the Gaza Strip reveals that, at least since the 1980s, it has become a major demographic threat to the establishment of an Israeli state with a Jewish majority. Disengagement would be a way to resolve this demographic equation, which was unfavorable to the Israelis, while maintaining control over the space, population, and resources of Gaza, now operating “remotely”. The impacts of implementing such policies are daily experienced by Gazans, who are unable to develop their own socioeconomic life in an environment where resources are scarce. Gazans are also constantly placed in a limbo between life and death, due to the infrastructural violence they face. In this scenario, life in Gaza, narrated by its own inhabitants, resembles more a “slow death” than a dignified life
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spelling Nasser, Reginaldo Mattarhttp://lattes.cnpq.br/0717133384261187http://lattes.cnpq.br/970660896684445Santos, Isabela Agostinelli dos2023-12-01T15:22:32Z2023-12-01T15:22:32Z2023-10-16Santos, Isabela Agostinelli dos. Morte e vida palestina: a reorientação tática do colonialismo israelense na Faixa de Gaza. 2023. Tese (Doutorado em Relações Internacionais: Programa San Tiago Dantas) - Programa de Estudos Pós-Graduados em Relações Internacionais: Programa San Tiago Dantas da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2023.https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/40043For the first time, in August 2005, the Israeli State withdrew its settlements from a Palestinian territory that had been under military occupation since 1967: the Gaza Strip. Since then, Israel claims it no longer has any responsibility for that space and its population, with the justification that there is no longer a military occupation in Gaza. However, far from “disengaging” from Gaza, Israel began to exercise a type of domination by remote control, in which infrastructure networks became the main mechanism of control over the life and death of Palestinians in the region. This domination is exercised not only through control over Gaza’s borders, but mainly through the implementation of “economic de-development” and policies of socio-spatial isolation. This thesis aims to analyze such policies in order to answer the following questions: how and why did the State of Israel reorient its tactics of colonial domination in Gaza? We argue that disengagement was a tactical reorientation of forms of colonial domination, which materializes in the functioning of mobility policies, control of economic infrastructure and resources. In this process, there is a fundamental articulation between colonial politics, understood in terms of ideology and grand strategy, whose objective is to conquer the greatest amount of land with the smallest number of natives possible, and the policies, understood in terms of tactics and public policies, which by its turn are informed by politics and give meaning to the project of Israeli settler colonisation of Palestine. A genealogy of the economic dedevelopment and socio-spatial isolation of the Gaza Strip reveals that, at least since the 1980s, it has become a major demographic threat to the establishment of an Israeli state with a Jewish majority. Disengagement would be a way to resolve this demographic equation, which was unfavorable to the Israelis, while maintaining control over the space, population, and resources of Gaza, now operating “remotely”. The impacts of implementing such policies are daily experienced by Gazans, who are unable to develop their own socioeconomic life in an environment where resources are scarce. Gazans are also constantly placed in a limbo between life and death, due to the infrastructural violence they face. In this scenario, life in Gaza, narrated by its own inhabitants, resembles more a “slow death” than a dignified lifeEm agosto de 2005, pela primeira vez o Estado israelense retirou seus assentamentos de um território palestino que estava militarmente ocupado desde 1967: a Faixa de Gaza. Desde então, Israel alega não ter mais qualquer responsabilidade por aquele espaço e sua população, com a justificativa de que não existe mais ocupação militar em Gaza. Contudo, longe de se “desengajar” de Gaza, Israel passou a exercer uma espécie de dominação por controle remoto, na qual as redes de infraestrutura se tornaram o principal mecanismo de controle sobre a vida e a morte dos palestinos da região. Essa dominação é exercida não apenas pelo controle sobre as fronteiras de Gaza, mas principalmente pela implementação de políticas de “dedesenvolvimento econômico” e isolamento socioespacial. Esta tese tem como objetivo analisar tais políticas, a fim de responder às seguintes perguntas: como e por que o Estado de Israel reorientou a sua tática de dominação colonial em Gaza? Argumentamos que o desengajamento foi uma reorientação tática das formas de dominação colonial, que se materializa no funcionamento das policies de mobilidade, de controle da infraestrutura econômica e de recursos. Nesse processo, há uma articulação fundamental entre a politics colonial, entendida em termos de ideologia e grande estratégia, cujo objetivo é conquistar a maior quantidade de terra com o menor número de nativos possível, e as policies, compreendidas em termos de táticas e políticas públicas, que são informadas pela politics e dão sentido ao projeto de colonialismo por povoamento israelense da Palestina. Uma genealogia do de-desenvolvimento econômico e do isolamento socioespacial da Faixa de Gaza revela que, pelo menos desde os anos 1980, ela se tornou uma grande ameaça demográfica para o estabelecimento de um Estado israelense com maioria judaica. O desengajamento seria uma forma de resolver essa equação demográfica, que estava desfavorável aos israelenses, ao mesmo tempo em que se manteria o controle sobre o espaço, a população e os recursos de Gaza, agora de forma “remota”. Os impactos da implementação de tais policies são vivenciados cotidianamente pelos palestinos de Gaza, os quais são impossibilitados de desenvolver a sua própria vida socioeconômica em um ambiente cujos recursos são escassos, e constantemente colocados em um limbo entre vida e morte, por conta da violência infraestrutural que enfrentam. Neste cenário, a vida em Gaza, narrada por seus próprios habitantes, se assemelha mais a uma “morte lenta” do que propriamente uma vida dignaporPontifícia Universidade Católica de São PauloPrograma de Estudos Pós-Graduados em Relações Internacionais: Programa San Tiago DantasPUC-SPBrasilFaculdade de Ciências SociaisCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::CIENCIA POLITICA::POLITICA INTERNACIONAL::RELACOES INTERNACIONAIS, BILATERAIS E MULTILATERAISColonialismoFaixa de GazaIsraelMorteViolênciaSettler colonialismGaza StripIsraelDeathViolenceMorte e vida palestina: a reorientação tática do colonialismo israelense na Faixa de Gazainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SPinstname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)instacron:PUC_SPORIGINALISABELA AGOSTINELLI DOS SANTOS.pdfapplication/pdf6369900https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/40043/1/ISABELA%20AGOSTINELLI%20DOS%20SANTOS.pdf61f2c1965d31d0afa48a8d72eda8ae75MD51TEXTISABELA AGOSTINELLI DOS SANTOS.pdf.txtISABELA AGOSTINELLI DOS SANTOS.pdf.txtExtracted texttext/plain885960https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/40043/2/ISABELA%20AGOSTINELLI%20DOS%20SANTOS.pdf.txtb9b2deaf2a10c4b4e057b1063cca5f1dMD52THUMBNAILISABELA AGOSTINELLI DOS SANTOS.pdf.jpgISABELA AGOSTINELLI DOS SANTOS.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1140https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/40043/3/ISABELA%20AGOSTINELLI%20DOS%20SANTOS.pdf.jpgd0b3edf41ef1f48f83ce9f05a5a37959MD53handle/400432023-12-04 09:11:52.299oai:repositorio.pucsp.br:handle/40043Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://sapientia.pucsp.br/https://sapientia.pucsp.br/oai/requestbngkatende@pucsp.br||rapassi@pucsp.bropendoar:2023-12-04T12:11:52Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)false
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