Entre poções e amuletos: o uso de pedras preciosas na Peste Bubônica do século XIV
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP |
Texto Completo: | https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/24679 |
Resumo: | In 1347, a disease of unprecedented mortality reached Italian ports: the Bubonic Plague. In a few years, it spread across the European continent, killing millions of people and leaving a trail of destruction. Amid the urgency of this scenario, in the early years of the epidemic, tractates were created on the pestilence written by doctors and professors from the main centres of medicine on the continent, such as Paris and Bologna; and, in a second moment, from smaller faculties and centres, in increasingly distant parts, creating a map of knowledge. The tractates aimed to explain the aetiology of the disease, hitherto unknown, to propose prophylactic practices and possible treatment, with phlebotomy and the use of medication. In part of the suggested medicines, precious stones such as emerald and sapphire were mentioned recurrently. Until today, we may find some works addressing the use of gemstones in medieval medicine, but usually superficially or attributing an irrationality to their use in treatments. These arguments were revisited and we proposed other ways of understanding the use of precious stones against the Bubonic Plague, based on the knowledge and beliefs that surrounded them. This thesis aims, therefore, to identify and expose the logic behind the use of gemstones against the great pestilence, showing that they contained magical-medical and symbolic-religious qualities, which gave them powers of strengthening, protection and healing, important aspects in fighting the disease. For this purpose, we resorted to an extensive body of documents composed mainly of medical tractates written between 1348 and 1550, ancient and medieval lapidaries and encyclopedias, and exegetical literature |
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Amid the urgency of this scenario, in the early years of the epidemic, tractates were created on the pestilence written by doctors and professors from the main centres of medicine on the continent, such as Paris and Bologna; and, in a second moment, from smaller faculties and centres, in increasingly distant parts, creating a map of knowledge. The tractates aimed to explain the aetiology of the disease, hitherto unknown, to propose prophylactic practices and possible treatment, with phlebotomy and the use of medication. In part of the suggested medicines, precious stones such as emerald and sapphire were mentioned recurrently. Until today, we may find some works addressing the use of gemstones in medieval medicine, but usually superficially or attributing an irrationality to their use in treatments. These arguments were revisited and we proposed other ways of understanding the use of precious stones against the Bubonic Plague, based on the knowledge and beliefs that surrounded them. This thesis aims, therefore, to identify and expose the logic behind the use of gemstones against the great pestilence, showing that they contained magical-medical and symbolic-religious qualities, which gave them powers of strengthening, protection and healing, important aspects in fighting the disease. For this purpose, we resorted to an extensive body of documents composed mainly of medical tractates written between 1348 and 1550, ancient and medieval lapidaries and encyclopedias, and exegetical literatureEm 1347, chegou aos portos italianos uma doença de mortalidade sem precedentes: a Peste Bubônica. Em poucos anos espalhou-se pelo continente europeu matando milhões de pessoas e deixando um rastro de destruição. Em meio à urgência desse cenário, começaram a surgir, logo nos primeiros anos da epidemia, tratados sobre a pestilência escritos por médicos e professores ligados, primeiramente, aos principais centros de medicina do continente, como Paris e Bologna; e, em um segundo momento, a faculdades e centros menores, em partes cada vez mais longínquas, criando um mapa de conhecimentos. Os tratados tinham o objetivo de explicar a etiologia da doença, até então desconhecida, propor práticas profiláticas e um possível tratamento, com flebotomia e o emprego de medicamentos. Em parte dos medicamentos sugeridos, encontravam-se mencionadas recorrentemente pedras preciosas, como a esmeralda e a safira. Até hoje, uma pouca literatura abordou o uso das gemas na medicina medieval, mas, geralmente, de forma superficial ou atribuindo um caráter irracional ao seu emprego nos tratamentos. Foram revisitados esses argumentos e propusemos outros modos de compreensão sobre o uso das pedras preciosas contra a Peste Bubônica a partir dos conhecimentos e das crenças que as circundavam. Esta tese tem o objetivo, portanto, de identificar e expor a lógica por trás do uso das gemas contra a pestilência, mostrando que estas continham qualidades mágico-médicas e simbólico-religiosas, que lhes conferiam poderes de fortalecimento, proteção e cura, aspectos importantes no combate à doença. Para isso, recorremos a um amplo corpo documental composto, principalmente, de tratados médicos feitos entre 1348 e 1550, de lapidários e enciclopédias antigas e medievais e de literatura exegética.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPESporPontifícia Universidade Católica de São PauloPrograma de Estudos Pós-Graduados em História da CiênciaPUC-SPBrasilFaculdade de Ciências Exatas e TecnologiaCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA::HISTORIA DAS CIENCIASHistória da CiênciaMedicina medievalPeste BubônicaPedras preciosasLapidáriosHistory of ScienceMedieval medicineBlack DeathBubonic PlaguePrecious stonesLapidariesEntre poções e amuletos: o uso de pedras preciosas na Peste Bubônica do século XIVinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SPinstname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)instacron:PUC_SPORIGINALRaíssa Rocha Bombini.pdfapplication/pdf6918963https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/24679/1/Ra%c3%adssa%20Rocha%20Bombini.pdf56930350bb9b14b04791612762d4e369MD51TEXTRaíssa Rocha Bombini.pdf.txtRaíssa Rocha Bombini.pdf.txtExtracted texttext/plain498544https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/24679/2/Ra%c3%adssa%20Rocha%20Bombini.pdf.txt1ca6deb6e187c4b5ba6fe1bae580d887MD52THUMBNAILRaíssa Rocha Bombini.pdf.jpgRaíssa Rocha Bombini.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1185https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/24679/3/Ra%c3%adssa%20Rocha%20Bombini.pdf.jpg7ff0cd3c40b293d81745dffd72730e24MD53handle/246792024-04-24 12:08:02.271oai:repositorio.pucsp.br:handle/24679Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://sapientia.pucsp.br/https://sapientia.pucsp.br/oai/requestbngkatende@pucsp.br||rapassi@pucsp.bropendoar:2024-04-24T15:08:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)false |
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