O luto não-reconhecido em pessoas que sofreram seqüelas após acidente, uma abordagem junguiana

• Autor(a) principal: Oliveira, Alessandra Almeida de
• Data de Publicação: 2007
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/18518
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Perda; Luto não-reconhecido; Arquétipo do inválido; Arquétipo do Herói

O luto não-reconhecido envolve uma série de questões pouco abordadas no ramo da Psicologia Analítica, fato que leva à necessidade de maior reconhecimento e consideração. Neste trabalho, identificamos a importância da construção de um olhar diferenciado capaz de abordar a complexidade do luto não-reconhecido como um processo de auto-regulação. Por isso, com base na Psicologia Analítica, analisamos o processo de luto não-reconhecido em pessoas que sofreram algum tipo de acidente. Foram realizadas entrevistas e aplicação do procedimento de Desenho-Estória em quatro pacientes do LESF que apresentaram seqüelas com relação à movimentação ou perda de memória. Após as análise dos casos, percebemos que os participantes vivenciavam o processo de elaboração do luto após as seqüelas conseqüentes dos acidentes. As perdas resultantes desta experiência não estavam apenas relacionadas ao fator limitante físico, mas também às perdas de autonomia, trabalho e status social. Somado a isso, identificamos a manifestação simbólica da ativação dos Arquétipos do Inválido e do Herói. Os participantes apresentaram movimento de introspecção, reflexão e contato com os conteúdos da Sombra relacionados com a deficiência, inadequação e dependência, o que resultava em sentimentos como tristeza, raiva, inconformismo, insegurança e inibição, ou ainda, em processos defensivos de negação e fuga. Concluímos, portanto, que vivenciar todas as fases do luto consiste em um processo de extrema relevância para a sua elaboração