Entendendo a solidão: uma discussão psicanalítica por meio de escritos autobiográficos

• Autor(a) principal: Zeraib, Luciana Pretti
• Data de Publicação: 2009
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/29080
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Solidão; Psicanálise; Escritos autobiográficos

Este trabalho se prestou a analisar escritos autobiográficos a fim de explorar e particularizar o fenômeno da solidão por meio da aproximação da vivência de dois sujeitos: Amyr Klink e Fernando Pessoa. Buscou-se responder a questão: quais elementos da organização do psiquismo operam quando da presença/ausência do sentimento de solidão? Em outras palavras, o que está em questão para que um sujeito se sinta sozinho e outro não e quais as formas engendradas para lidar com este fenômeno? O estudo utiliza como referencial teórico a psicanálise, principalmente conceitos de introjeção do objeto, posições depressiva e esquizo-paranóide de Melaine Klein; desamparo e melancolia de S. Freud e o conceito de capacidade para estar só de Donald Winnicott. A análise do trabalho se deu sobre a leitura de obras de Amyr Klink e Fernando Pessoa à luz dos conceitos psicanalíticos sobre a solidão. O objetivo foi traçar um paralelo entre a vivência destes sujeitos e este fenômeno. Foram selecionados trechos do livro Paratii - Entre dois Pólos (1992) do navegador Amyr Klink e cartas e escritos autobiográficos de Fernando Pessoa. No primeiro caso encontramos uma situação de extremo isolamento e no segundo o relato sobre experiências de desamparo. A conclusão do trabalho é a de que pudemos, através das análises dos relatos destes dois sujeitos, compreender mais de perto a vivência da solidão. A leitura dessas obras, a partir do referencial teórico psicanalítico, permitiu entender desde a função da escrita na elaboração do sentimento de solidão até desvendar as formas que os sujeitos criam para lidar com este fenômeno, o qual é inerente à condição humana