Anarquismos, cristianismo e literatura social no Brasil (1890-1938)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP |
Texto Completo: | https://tede2.pucsp.br/handle/handle/3306 |
Resumo: | Every religion implies the production of discourses of truth and articulates modes of subjectivities that determine the constitution of the subject. The religious discourses produce moral codes and result in types of conduct. Therefore, it is impossible to deal with religion apart from a political perspective. It has emerged within Christianism what Michel Foucault calls pastoral power. It consists in the association of the sovereign with the priest, whose role is to conduct and provide the needs for its herd. The pastoral power is a political technology that individualizes and totalizes: a governmentality device. Exposing Christianism to a political analysis is to place it within a clash between authority and freedom. In the end of the 19th Century, Liev Tolstoi developed a libertarian interpretation of Christianism, providing it a subversive behavior. The Christian practice developed by the Russian writer suggests the denial of the state based on a peaceful resistance the point of departure to what has been called Christian anarchism. Tolstoi s thought has provoked anarchist activists in Brazil, between 1890 and 1938, to develop novels with the objective of disseminating anarchist ideas. These activists have used a new literature that was emerging in Brazil: the social literature. If it was possible to bring Christianism closer to an anarchist perspective, it may well be possible to discuss the opposite process, i.e., the revolutionary discourse as production of truths acquiring the form of a pastoral |
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The pastoral power is a political technology that individualizes and totalizes: a governmentality device. Exposing Christianism to a political analysis is to place it within a clash between authority and freedom. In the end of the 19th Century, Liev Tolstoi developed a libertarian interpretation of Christianism, providing it a subversive behavior. The Christian practice developed by the Russian writer suggests the denial of the state based on a peaceful resistance the point of departure to what has been called Christian anarchism. Tolstoi s thought has provoked anarchist activists in Brazil, between 1890 and 1938, to develop novels with the objective of disseminating anarchist ideas. These activists have used a new literature that was emerging in Brazil: the social literature. If it was possible to bring Christianism closer to an anarchist perspective, it may well be possible to discuss the opposite process, i.e., the revolutionary discourse as production of truths acquiring the form of a pastoralToda religião implica produção de discursos de verdade e articula modos de subjetividades que determinam a constituição do sujeito. Os discursos religiosos produzem códigos de moralidade e resultam em formas de condutas. Portanto, é impossível tratar de religião fora de uma perspectiva política. No interior do cristianismo emergiu o que Michel Foucault denomina de poder pastoral. Trata-se da aproximação da figura do governante com o pastor, cuja função é conduzir e prover as necessidades de seu rebanho. O poder pastoral é uma técnica política individualizante e totalizante: um dispositivo de governamentalidade. Submeter o cristianismo a uma análise política é inseri-lo no interior de um embate entre autoridade e liberdade. No final do século XIX, Liev Tolstoi elaborou uma interpretação libertária do cristianismo, atribuindo-lhe um comportamento subversivo. A prática cristã desenvolvida pelo escritor russo sugere uma negação ao Estado a partir de uma resistência pacífica, o ponto de partida do que se denominou anarquismo cristão. O pensamento de Tolstoi incentivou militantes anarquistas no Brasil que, entre 1890 e 1938, dedicaram-se à produção de romances com o objetivo de difundir ideais anarquistas. Esses militantes lançaram mão de uma nova literatura que estava surgindo no Brasil: a literatura social. Se foi possível aproximar o cristianismo de uma perspectiva anarquista é possível problematizar o processo inverso, o do discurso revolucionário como produção de verdades tomando forma de uma pastoralConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológicoapplication/pdfhttp://tede2.pucsp.br/tede/retrieve/11926/Gustavo%20Ramus%20de%20Aquino.pdf.jpgporPontifícia Universidade Católica de São PauloPrograma de Estudos Pós-Graduados em Ciências SociaisPUC-SPBRCiências SociaisAnarquismoCristianismoPoder pastoralSubjetividadeLiteratura socialAnarchismChristianismPastoral powerSubjectivitySocial literatureCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADASAnarquismos, cristianismo e literatura social no Brasil (1890-1938)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SPinstname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)instacron:PUC_SPTEXTGustavo Ramus de Aquino.pdf.txtGustavo Ramus de Aquino.pdf.txtExtracted texttext/plain415078https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/3306/3/Gustavo%20Ramus%20de%20Aquino.pdf.txt12ecde135d64534bfa99043d250bbe8cMD53ORIGINALGustavo Ramus de Aquino.pdfapplication/pdf1119002https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/3306/1/Gustavo%20Ramus%20de%20Aquino.pdf905bcc5abda4523ab072e8b0c46df26fMD51THUMBNAILGustavo Ramus de Aquino.pdf.jpgGustavo Ramus de Aquino.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg3909https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/3306/2/Gustavo%20Ramus%20de%20Aquino.pdf.jpg8e65244316693074ef24332e6d7b000fMD52handle/33062022-04-28 18:10:26.438oai:repositorio.pucsp.br:handle/3306Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://sapientia.pucsp.br/https://sapientia.pucsp.br/oai/requestbngkatende@pucsp.br||rapassi@pucsp.bropendoar:2022-04-28T21:10:26Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)false |
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