Produção de subjetividade em cooperativas: ensaios de potência
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP |
Texto Completo: | https://tede2.pucsp.br/handle/handle/18574 |
Resumo: | Este trabalho nasce de uma inquietação com o cenário atual da vida. Vida que se submete, vida que não é vivida, que se mantém medíocre. Vida que se fez subalterna, que aprendeu a fazer sempre o que os outros querem, vida repleta de obstáculos invisíveis. Vida cheia de ganchos, enlaces, capturas: vida que se parece com corredeira desenfreada, mas caberia dizer sem controle ? Vida que subtrai sua vitalidade, vida que não é vivida, vida refém. Como trazer e trabalhar esse incômodo neste trabalho? Como pensar em algum foco diante dessa diversidade de fenômenos? Para dar conta de tantas questões, podemos começar a pensar em algo que atravesse todo o tecido social, aquilo que, de alguma forma, une todos nós. Nessa vida, somos levados a não questionar nossos próprios desejos, nossas ações e nossos medos. Não questionamos os outros nem a nós mesmos. De modo geral, não questionamos aquilo que nos acontece. Somos obrigados a aceitar uma porção de adversidades por elas se imporem com tanta força que a possibilidade de se opor ao que acontece não é tida como viável. Acabamos por nos conformar que, em muitos casos, não podemos dizer não é uma questão de sobrevivência. A ética, no Brasil, há muito ficou em segundo plano. Freqüentemente, não sabemos se nossa ação incomoda ou não o outro, pois já não conversamos com esse outro. A comunicação foi cortada, fomos enclausurados em nossa própria liberdade individual. O que estaria por trás dessa tendência individualista, que age silenciosamente sobre mentes e corpos e que altera profundamente a maneira de nos relacionar com o mundo? O que é que nos faz submeter a todo tipo de dominação e absurdos, anestesiando nossas capacidades de transformação, que são contidas em nossa correria imobilista do dia-a-dia? Como é que somos infiltrados por forças que nos separam do outro, que nos separam de nós mesmos? O que é necessário para produzir essas forças? |
id |
PUC_SP-1_d8b818c9b29d936bf6cd60a531b6db72 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.pucsp.br:handle/18574 |
network_acronym_str |
PUC_SP-1 |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP |
repository_id_str |
|
spelling |
Oliveira, Fábio dehttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4719910P9Mangolini, Bruno Benndorf2016-07-28T20:38:54Z2016-04-29T14:50:05Z2007-11-23Mangolini, Bruno Benndorf. Produção de subjetividade em cooperativas: ensaios de potência. 2007. 61 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia) - Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2007.https://tede2.pucsp.br/handle/handle/18574Este trabalho nasce de uma inquietação com o cenário atual da vida. Vida que se submete, vida que não é vivida, que se mantém medíocre. Vida que se fez subalterna, que aprendeu a fazer sempre o que os outros querem, vida repleta de obstáculos invisíveis. Vida cheia de ganchos, enlaces, capturas: vida que se parece com corredeira desenfreada, mas caberia dizer sem controle ? Vida que subtrai sua vitalidade, vida que não é vivida, vida refém. Como trazer e trabalhar esse incômodo neste trabalho? Como pensar em algum foco diante dessa diversidade de fenômenos? Para dar conta de tantas questões, podemos começar a pensar em algo que atravesse todo o tecido social, aquilo que, de alguma forma, une todos nós. Nessa vida, somos levados a não questionar nossos próprios desejos, nossas ações e nossos medos. Não questionamos os outros nem a nós mesmos. De modo geral, não questionamos aquilo que nos acontece. Somos obrigados a aceitar uma porção de adversidades por elas se imporem com tanta força que a possibilidade de se opor ao que acontece não é tida como viável. Acabamos por nos conformar que, em muitos casos, não podemos dizer não é uma questão de sobrevivência. A ética, no Brasil, há muito ficou em segundo plano. Freqüentemente, não sabemos se nossa ação incomoda ou não o outro, pois já não conversamos com esse outro. A comunicação foi cortada, fomos enclausurados em nossa própria liberdade individual. O que estaria por trás dessa tendência individualista, que age silenciosamente sobre mentes e corpos e que altera profundamente a maneira de nos relacionar com o mundo? O que é que nos faz submeter a todo tipo de dominação e absurdos, anestesiando nossas capacidades de transformação, que são contidas em nossa correria imobilista do dia-a-dia? Como é que somos infiltrados por forças que nos separam do outro, que nos separam de nós mesmos? O que é necessário para produzir essas forças?application/pdfhttp://tede2.pucsp.br/tede/retrieve/35651/Bruno%20Benndorf%20Mangolini.pdf.jpgporPontifícia Universidade Católica de São PauloGraduação em PsicologiaPUC-SPBrasilFaculdade de Ciências Humanas e da SaúdeCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIAProdução de subjetividade em cooperativas: ensaios de potênciainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SPinstname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)instacron:PUC_SPTEXTBruno Benndorf Mangolini.pdf.txtBruno Benndorf Mangolini.pdf.txtExtracted texttext/plain131700https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/18574/3/Bruno%20Benndorf%20Mangolini.pdf.txt30aa91888890c43b2d18653cdda90903MD53THUMBNAILBruno Benndorf Mangolini.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg4313https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/18574/1/Bruno%20Benndorf%20Mangolini.pdf.jpg2bd7bd8bf80c60fb36240cfd5207d0ccMD51ORIGINALBruno Benndorf Mangolini.pdfapplication/pdf322459https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/18574/2/Bruno%20Benndorf%20Mangolini.pdf2e67a75b78f77c901b71d031f5fd5ba5MD52handle/185742022-12-21 17:01:29.444oai:repositorio.pucsp.br:handle/18574Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://sapientia.pucsp.br/https://sapientia.pucsp.br/oai/requestbngkatende@pucsp.br||rapassi@pucsp.bropendoar:2022-12-21T20:01:29Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Produção de subjetividade em cooperativas: ensaios de potência |
title |
Produção de subjetividade em cooperativas: ensaios de potência |
spellingShingle |
Produção de subjetividade em cooperativas: ensaios de potência Mangolini, Bruno Benndorf CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA |
title_short |
Produção de subjetividade em cooperativas: ensaios de potência |
title_full |
Produção de subjetividade em cooperativas: ensaios de potência |
title_fullStr |
Produção de subjetividade em cooperativas: ensaios de potência |
title_full_unstemmed |
Produção de subjetividade em cooperativas: ensaios de potência |
title_sort |
Produção de subjetividade em cooperativas: ensaios de potência |
author |
Mangolini, Bruno Benndorf |
author_facet |
Mangolini, Bruno Benndorf |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Oliveira, Fábio de |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4719910P9 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Mangolini, Bruno Benndorf |
contributor_str_mv |
Oliveira, Fábio de |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA |
topic |
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA |
description |
Este trabalho nasce de uma inquietação com o cenário atual da vida. Vida que se submete, vida que não é vivida, que se mantém medíocre. Vida que se fez subalterna, que aprendeu a fazer sempre o que os outros querem, vida repleta de obstáculos invisíveis. Vida cheia de ganchos, enlaces, capturas: vida que se parece com corredeira desenfreada, mas caberia dizer sem controle ? Vida que subtrai sua vitalidade, vida que não é vivida, vida refém. Como trazer e trabalhar esse incômodo neste trabalho? Como pensar em algum foco diante dessa diversidade de fenômenos? Para dar conta de tantas questões, podemos começar a pensar em algo que atravesse todo o tecido social, aquilo que, de alguma forma, une todos nós. Nessa vida, somos levados a não questionar nossos próprios desejos, nossas ações e nossos medos. Não questionamos os outros nem a nós mesmos. De modo geral, não questionamos aquilo que nos acontece. Somos obrigados a aceitar uma porção de adversidades por elas se imporem com tanta força que a possibilidade de se opor ao que acontece não é tida como viável. Acabamos por nos conformar que, em muitos casos, não podemos dizer não é uma questão de sobrevivência. A ética, no Brasil, há muito ficou em segundo plano. Freqüentemente, não sabemos se nossa ação incomoda ou não o outro, pois já não conversamos com esse outro. A comunicação foi cortada, fomos enclausurados em nossa própria liberdade individual. O que estaria por trás dessa tendência individualista, que age silenciosamente sobre mentes e corpos e que altera profundamente a maneira de nos relacionar com o mundo? O que é que nos faz submeter a todo tipo de dominação e absurdos, anestesiando nossas capacidades de transformação, que são contidas em nossa correria imobilista do dia-a-dia? Como é que somos infiltrados por forças que nos separam do outro, que nos separam de nós mesmos? O que é necessário para produzir essas forças? |
publishDate |
2007 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2007-11-23 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2016-07-28T20:38:54Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2016-04-29T14:50:05Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
Mangolini, Bruno Benndorf. Produção de subjetividade em cooperativas: ensaios de potência. 2007. 61 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia) - Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2007. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://tede2.pucsp.br/handle/handle/18574 |
identifier_str_mv |
Mangolini, Bruno Benndorf. Produção de subjetividade em cooperativas: ensaios de potência. 2007. 61 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia) - Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2007. |
url |
https://tede2.pucsp.br/handle/handle/18574 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Graduação em Psicologia |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
PUC-SP |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde |
publisher.none.fl_str_mv |
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) instacron:PUC_SP |
instname_str |
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) |
instacron_str |
PUC_SP |
institution |
PUC_SP |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/18574/3/Bruno%20Benndorf%20Mangolini.pdf.txt https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/18574/1/Bruno%20Benndorf%20Mangolini.pdf.jpg https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/18574/2/Bruno%20Benndorf%20Mangolini.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
30aa91888890c43b2d18653cdda90903 2bd7bd8bf80c60fb36240cfd5207d0cc 2e67a75b78f77c901b71d031f5fd5ba5 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) |
repository.mail.fl_str_mv |
bngkatende@pucsp.br||rapassi@pucsp.br |
_version_ |
1809277971007012864 |