Pode a maternidade ser uma antropotécnica?: antropotécnica em sloterdijk - uma hipótese especulativa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gouveia, Éricka
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/32618
Resumo: Can motherhood be an anthropotechnics?: anthropotechnics in Sloterdijk, being thematic research and not structural reading of texts, seeks, from a thought based on Peter Sloterdijk philosophical work, to correlate motherhood and the notion of anthropotechnics. To do so, from the decolonial foundations presented in the Introduction, and analyzing the issue of motherhood, firstly, this desertion will show a survey and a reconstitution of a set of historical-anthropological experiences (namely, from antiquity – ancient Egypt and Greece – and autochthonous groups – Amerindians and Polynesians) that would have permeated this problem, placing it in a contemporary zone of deformation – especially in a specific geo-cultural context (Europe of the 19th and 20th centuries). Then, in the second chapter – starting from what was proposed in Sloterdijk Spheres I: Bubbles: Volume 1 –, it will be presented how the author commented on motherhood, especially the issue of maternal closure and how the fetus, still in uterine condition and space, correlates with its mother. To this end, his argument from chapter four "The Retreat Within the Mother Groundwork for a Negative Gynecology" is reconstituted about the transference and search for the resumption of the state of satisfaction and pure immersion of the maternal womb: desire for mystical union re-entered the uterus, essentially wrapping state without the subject and object, but only protection and fullness. Finally, in the third and final chapter, establishing the Sloterdijk theory more firmly, we will think about possible ways of applying the notion of anthropotechnics – here constituted from the book You Must Change Your Life: techniques of self-modelling and self-formatting that guarantee what Foucault called "ethical difference" – and, previously bettercircumscribed, motherhood, explaining forms of desubjectivation and resubjectivation of the subject involved in this set of parenting relationships. Thus, a defence of the hypothesis previously supported in the Introduction of this investigation is pointed out, that motherhood, in certain cases, is done as the anthropotechnics conceptualized by Peter Sloterdijk, in which subjectivity and body, especially feminine ones of post-industrial white and bourgeois modernity, are transformed in the gestational period and the newborn's parenting, making explicit a possible expression of the aforementioned concept in a marginal theme within the author's work basis for this research. At the end of this dissertation, through a historiobiography, a post scriptum is presented about the experience of motherhood lived by the author of this investigation starting from what was proposed in Spheres I: Bubbles: Volume 1, by Sloterdijk
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To do so, from the decolonial foundations presented in the Introduction, and analyzing the issue of motherhood, firstly, this desertion will show a survey and a reconstitution of a set of historical-anthropological experiences (namely, from antiquity – ancient Egypt and Greece – and autochthonous groups – Amerindians and Polynesians) that would have permeated this problem, placing it in a contemporary zone of deformation – especially in a specific geo-cultural context (Europe of the 19th and 20th centuries). Then, in the second chapter – starting from what was proposed in Sloterdijk Spheres I: Bubbles: Volume 1 –, it will be presented how the author commented on motherhood, especially the issue of maternal closure and how the fetus, still in uterine condition and space, correlates with its mother. To this end, his argument from chapter four "The Retreat Within the Mother Groundwork for a Negative Gynecology" is reconstituted about the transference and search for the resumption of the state of satisfaction and pure immersion of the maternal womb: desire for mystical union re-entered the uterus, essentially wrapping state without the subject and object, but only protection and fullness. Finally, in the third and final chapter, establishing the Sloterdijk theory more firmly, we will think about possible ways of applying the notion of anthropotechnics – here constituted from the book You Must Change Your Life: techniques of self-modelling and self-formatting that guarantee what Foucault called "ethical difference" – and, previously bettercircumscribed, motherhood, explaining forms of desubjectivation and resubjectivation of the subject involved in this set of parenting relationships. Thus, a defence of the hypothesis previously supported in the Introduction of this investigation is pointed out, that motherhood, in certain cases, is done as the anthropotechnics conceptualized by Peter Sloterdijk, in which subjectivity and body, especially feminine ones of post-industrial white and bourgeois modernity, are transformed in the gestational period and the newborn's parenting, making explicit a possible expression of the aforementioned concept in a marginal theme within the author's work basis for this research. At the end of this dissertation, through a historiobiography, a post scriptum is presented about the experience of motherhood lived by the author of this investigation starting from what was proposed in Spheres I: Bubbles: Volume 1, by SloterdijkPode a maternidade ser uma antropotécnica?: antropotécnica em Sloterdijk, sendo uma pesquisa temática, e não de leitura estrutural de textos, busca, a partir de um pensamento calcado no fazer filosófico de Peter Sloterdijk, majoritariamente, correlacionar a maternidade e a noção de antropotécnica. Para tanto, colocadas as bases decoloniais na Introdução e a fim de analisar a questão da maternidade, primeiramente é feito um levantamento e uma reconstituição de um conjunto de experiências histórico-antropológicas (a saber, da Antiguidade – Egito e Grécia antigos – e de grupos autóctones específicos, ameríndios e polinésios) que teriam perpassado esse problema, colocando-o em uma zona de deformação da contemporaneidade, em especial em um contexto geocultural específico (Europa dos séculos XIX e XX). Em seguida, partindo daquilo proposto em Esferas I: Bolhas: Volume 1, de Sloterdijk, apresenta-se como o autor comentou a maternidade, em especial a questão da clausura materna e como o feto, ainda em condição e espaço uterinos, correlaciona-se com sua progenitora. Com este intuito, reconstitui-se sua argumentação do capítulo "A clausura materna: para a fundamentação de uma ginecologia negativa" acerca da transferência e busca de retomada do estado de satisfação e imersão pura no ventre materno: o desejo de união mística reentrado no útero, estado de envoltura essencial, sem a relação sujeito e objeto, apenas proteção e plenitude. Por fim, no terceiro e último capítulo, fixando-se mais firmemente a teoria sloterdijkiana, pensa-se sobre as formas possíveis de aplicação da noção de antropotécnica – aqui com sua noção constituída a partir do livro Tens de Mudar de Vida: técnicas de automodelagem e autoformatação que garantem o que Foucault chamou de “diferença ética” – à maternidade anteriormente circunscrita, explicitando as formas de dessubjetivação e ressubjetivação do sujeito envolvido nesse conjunto de relações de parentalidade. Ainda neste momento, aponta-se uma argumentação da hipótese, previamente sustentada na Introdução desta investigação, de que a maternidade, em determinados casos, faz-se tal como a antropotécnica conceituada por Peter Sloterdijk, em que a subjetividade e o corpo, em especial os femininos da modernidade branca e burguesa pós-industrial, transformam-se no período gestacional e na parentalidade do recém-nascido, explicitando uma expressão possível do conceito em pauta em um tema marginal dentro da obra do autor base para esta pesquisa. Terminando essa dissertação, apresenta-se, por meio de uma historiobiografia, um post scriptum sobre a experiência da maternidade vivida pela autora desta investigaçãoporPontifícia Universidade Católica de São PauloPrograma de Estudos Pós-Graduados em FilosofiaPUC-SPBrasilFaculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e ArtesCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIAMaternidadeAntropotécnicaPeter SloterdijkTens de mudar de vidaMotherhoodAnthropotechnicPeter SloterdijkYou must change your lifePode a maternidade ser uma antropotécnica?: antropotécnica em sloterdijk - uma hipótese especulativaCan motherhood be an anthropotechnic?: anthropotechnics in Sloterdijk – a speculative hypothesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SPinstname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)instacron:PUC_SPORIGINALÉricka Moura de Gouveia.pdfapplication/pdf1138987https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/32618/1/E%cc%81ricka%20Moura%20de%20Gouveia.pdfd74174099b05b528a401300d5a061df6MD51TEXTÉricka Moura de Gouveia.pdf.txtÉricka Moura de Gouveia.pdf.txtExtracted texttext/plain278625https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/32618/2/E%cc%81ricka%20Moura%20de%20Gouveia.pdf.txtdca023bf38b1cc25a0511bef36a4877fMD52THUMBNAILÉricka Moura de Gouveia.pdf.jpgÉricka Moura de Gouveia.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1188https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/32618/3/E%cc%81ricka%20Moura%20de%20Gouveia.pdf.jpg03b6ba3dabfe4424de3904acc7675e2fMD53handle/326182023-06-02 11:14:14.831oai:repositorio.pucsp.br:handle/32618Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://sapientia.pucsp.br/https://sapientia.pucsp.br/oai/requestbngkatende@pucsp.br||rapassi@pucsp.bropendoar:2023-06-02T14:14:14Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)false
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