Professores readaptados: associação entre perfil sócio demográfico, situação funcional, e distúrbio de voz

• Autor(a) principal: Souza, Suellen Sena de
• Data de Publicação: 2013
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/28442
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FONOAUDIOLOGIA; Docentes; Voz; Distúrbios da voz; Doenças profissionais; Saúde do trabalhador

Introdução: Muitos docentes, imersos em condições não adequadas de trabalho têm indicação de entrar, por decisão médica, em processo de readaptação das funções inerentes ao trabalho. Essa, denominada funcional, é descrita como de natureza temporária ou definitiva. Objetivo: associar os tipos de readaptação ao perfil sócio demográfico, situação funcional e diagnóstico do distúrbio de voz, em professores readaptados da rede municipal de São Paulo. Método: estudo de natureza descritiva, retrospectivo, realizado a partir da avaliação de dados contidos em prontuários eletrônicos (Sistema Integrado de Gestão de Pessoas e Competências - SIGPEC), de professores que passaram por processo de readaptação funcional da rede municipal de São Paulo. Foi considerado o período de janeiro de 2008 a julho de 2012, e tabuladas as variáveis sexo, idade, tempo de magistério (na rede municipal), nível de ensino em que atua, vínculos de ensino na Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP), diagnóstico do distúrbio de voz, e cessação ou readaptação permanente de função original. Os dados foram analisados estatisticamente, num primeiro momento de forma descritiva (frequência, porcentagem, média, mediana, desvio-padrão) e a seguir de forma inferencial, quando os dados sócio demográficos, situação funcional e diagnóstico do distúrbio de voz foram associados (teste qui-quadrado) a variável tipos de readaptação (p≤0,05). Resultados: Dentre os 232 sujeitos analisados, 220 (94,8%) são do sexo feminino, com média de idade de 45 anos (dp 8,4; mínimo 28,0; máximo 70,0) e media de tempo de magistério de 11 anos (dp 5,7; mínimo 2,0; máximo 33,0). A maioria leciona em nível de ensino infantil e fundamental I (158-68,1%), com apenas um vínculo na Prefeitura Municipal de São Paulo (156-67,2%), e diagnosticado com distúrbio de voz do tipo organofuncional (152-65.5%). Houve associação estatisticamente significativa entre o processo de readaptação e diagnóstico do distúrbio de voz (p- 0,017) e tempo de magistério (p-0,041). Conclusão: O processo de readaptação (definitiva, por período de 12 ou 24 meses) ao qual professores da rede municipal de São Paulo são submetidos, por indicação médica, não está associado a sexo, idade, nível de ensino ou número de vínculo mantido na PMSP. A associação foi registrada apenas quanto ao diagnóstico do distúrbio de voz (período de 12 meses e distúrbio organofuncional), bem como do tempo de magistério (definitivo e tempo de atuação maior que 11 anos)