Ser é ser percebido- um exame de duas interpretações da justificação do esse est percipi na filosofia de George Berkeley

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Siqueira, Jean Rodrigues
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
Texto Completo: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/11779
Resumo: The aim of this dissertation is to examine two different interpretations concerning the justification of the necessity of the esse est percipi thesis in the philosophy of George Berkeley. According to one of them, the identification interpretation, what secures this justification is the philosopher s denial of any difference between the act and the object of perception. The defenders of this line of reasoning like Grave and Pitcher says that, as for Berkeley there is an identity between the act and the object of perception, the latter necessarily has to be thought to be in the mind , just like the act is. According to the other, the so-called inherence interpretation, what legitimates Berkeley s claim that perception is a necessary condition of the being of sensible things is his acceptance of the dictum that qualities must inhere in substances (the inherence principle). To the champions of this reading Allaire and Cummins, for example Berkeley s denial of material substance and his commitment to the inherence principle leaves the philosopher with the need to find an ontological support to the sensible qualities; as the only substance available in his ontology is the mind, then the qualities must exist in the mind , that is, their esse is percipi. As to the first interpretation, it will be shown that Berkeley never says that the distinction between the act and the object of perception is a bogus one, or that the act and the object of perception are identical; he only says that the object of perception cannot be dissociated from the act to which he is referred, nor thought to be a extra-mental entity. As to the second interpretation, it will be shown that while Berkeley believes that qualities depend on substances to exist, he doesn t conceives this dependence in terms of inherence. By showing that neither of these traditional explications of the internal necessity of the esse est percipi in Berkeley s philosophy is loyal to the spirit and the letter of his writings, this dissertation calls attention to the need of an alternative reading.
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The defenders of this line of reasoning like Grave and Pitcher says that, as for Berkeley there is an identity between the act and the object of perception, the latter necessarily has to be thought to be in the mind , just like the act is. According to the other, the so-called inherence interpretation, what legitimates Berkeley s claim that perception is a necessary condition of the being of sensible things is his acceptance of the dictum that qualities must inhere in substances (the inherence principle). To the champions of this reading Allaire and Cummins, for example Berkeley s denial of material substance and his commitment to the inherence principle leaves the philosopher with the need to find an ontological support to the sensible qualities; as the only substance available in his ontology is the mind, then the qualities must exist in the mind , that is, their esse is percipi. As to the first interpretation, it will be shown that Berkeley never says that the distinction between the act and the object of perception is a bogus one, or that the act and the object of perception are identical; he only says that the object of perception cannot be dissociated from the act to which he is referred, nor thought to be a extra-mental entity. As to the second interpretation, it will be shown that while Berkeley believes that qualities depend on substances to exist, he doesn t conceives this dependence in terms of inherence. By showing that neither of these traditional explications of the internal necessity of the esse est percipi in Berkeley s philosophy is loyal to the spirit and the letter of his writings, this dissertation calls attention to the need of an alternative reading.O objetivo desta dissertação é examinar duas interpretações diferentes acerca da justificação da necessidade do esse est percipi na filosofia de Berkeley. Segundo uma delas, a interpretação da identificação, o que assegura essa justificação é a negação que o filósofo faz de qualquer diferença entre o ato e o objeto da percepção. Os defensores dessa linha de raciocínio como Grave e Pitcher dizem que, como para Berkeley há uma identidade entre o ato e o objeto da percepção, este necessariamente tem que ser pensando como estando na mente , tal como o ato está. Segundo a outra, a então chamada interpretação da inerência, o que legitima a afirmação de Berkeley de que a percepção é uma condição necessária para o ser das coisas sensíveis é sua aceitação do lema de que as qualidades devem inerir nas substâncias (o princípio da inerência). Para os proponentes dessa leitura Allaire e Cummins, por exemplo a negação da substância material por Berkeley e seu comprometimento com o princípio da inerência deixam ao filósofo a necessidade de encontrar um suporte ontológico para as qualidades sensíveis; como a única substância disponível em sua ontologia é a mente, então as qualidades devem existir na mente , ou seja, seu esse é percipi. Quanto à primeira interpretação, será mostrado que Berkeley nunca diz que a distinção ente o ato e o objeto da percepção é falsa, ou que o ato e o objeto da percepção são idênticos; ele diz apenas que o objeto da percepção não pode ser dissociado do ato ao qual está referido, nem pensado como uma entidade extra-mental. Quanto à segunda interpretação, será mostrado que, ainda que Berkeley acredite que as qualidades dependam das substâncias para existir, ele não concebe essa relação de dependência em termos de inerência. Ao mostrar que nenhuma dessas explicações tradicionais a respeito da necessidade interna do esse est percipi na filosofia de Berkeley é leal ao espírito e a letra de seus escritos, esta dissertação chama a atenção para a urgência de uma leitura alternativa.application/pdfhttp://tede2.pucsp.br/tede/retrieve/24564/TotalIII.pdf.jpgporPontifícia Universidade Católica de São PauloPrograma de Estudos Pós-Graduados em FilosofiaPUC-SPBRFilosofiainterpretação da identificaçãointerpretação da inerênciamentesidéiasBerkeley, George, 1685-1753 - Crítica e interpretaçãoCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIASer é ser percebido- um exame de duas interpretações da justificação do esse est percipi na filosofia de George Berkeleyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SPinstname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)instacron:PUC_SPORIGINALTotalIII.pdfapplication/pdf507292https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/11779/1/TotalIII.pdfc9632adfbee27584d68771fa3bc77349MD51TEXTTotalIII.pdf.txtTotalIII.pdf.txtExtracted Texttext/plain267087https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/11779/2/TotalIII.pdf.txtf78671716d592703b867edbc936f6fc8MD52THUMBNAILTotalIII.pdf.jpgTotalIII.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2104https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/11779/3/TotalIII.pdf.jpgc4715912a635b5fbde63d2a9b070733fMD53handle/117792022-04-27 17:03:08.088oai:repositorio.pucsp.br:handle/11779Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://sapientia.pucsp.br/https://sapientia.pucsp.br/oai/requestbngkatende@pucsp.br||rapassi@pucsp.bropendoar:2022-04-27T20:03:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)false
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