Dimensão subjetiva da guerra às drogas no território denominado Cracolândia

• Autor(a) principal: Piai, Arthur Gabay
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/27651
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Dimensão subjetiva; Guerra às drogas; Cracolândia; Racismo

A região da Cracolândia é um conhecido território de embate, entre aqueles considerados drogados, doentes e sub-humanos e o Estado, violento e racista, organizado para servir interesses alheios à preservação da vida e inclusão do usuários de crack da região. A formação dos Estados modernos é historicamente atravessada por ideias racistas e de controle, especificamente sobre o uso de substâncias, sendo impossível investigar separadamente os fenômenos, uma vez que se compreende a formação dialética dos mesmos. A partir da psicologia sócio-histórica aporta-se conceitualmente a dialética acima descrita, bem como aquela entre o indivíduo e sociedade e o objetivo e subjetivo. Tomando também a dimensão subjetiva da realidade como uma categoria de análise, em que a vida vivida passa a constituir e ser constituída pelo mundo sentimental, valorativo e de ideais, sendo possível desprender o profundo impacto das ações violentas do Estado na psique daqueles que as sofrem e daqueles que as assistem, viabilizando a continuidade desse processo de eliminação dos tidos como problemáticos. Desse modo, o presente trabalho busca analisar como a objetividade do racismo e do combate aos frequentadores do território da Cracolândia constrói e é construída pela subjetividade, considerando tanto os frequentadores, quanto o restante da população, que endossa e reforça tal combate, influenciados, também, pelo discurso midiático