A construção das imagens poéticas em Antero de Quental

• Autor(a) principal: Pires, Estevão Rodrigo Alves
• Data de Publicação: 2013
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/34001
• topic: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA COMPARADA; Imagens poéticas; Poesias lúgubres; Antero de Quental

O presente trabalho tem como objetivo principal analisar as construções das imagens poéticas na obra de Antero de Quental. Para isso, selecionamos um conjunto de poemas, publicados à parte em sua obra, intitulado “HINO DA MANHÃ’ e outras poesias do mesmo ciclo”, também conhecidos como poemas lúgubres. Cada estrofe dos poemas foi analisada a fim de verificarmos como o discurso poético pode apropriar-se de outros discursos, no caso o filosófico, para atingir o seu objetivo criador. Uma das principais perguntas que tentamos responder é: de que modo o eu lírico dos textos figura esse núcleo emocional e como versifica essas pulsões poéticas em imagens quase tangíveis? A fim de intepretarmos essas imagens, buscamos em Aristóteles, Vico e Croce teorias para formular uma concepção crítica que desse conta dos textos em questão. Além disso, o Romantismo está presente em seus versos, o que tornou necessário buscar nessa escola algumas concepções teóricas para iluminar a construção dos textos. Observamos, dentre vários aspectos, que, nos poemas de Antero de Quental, sentimentos como a angústia e a aflição, apesar de ganharem o verniz da racionalidade e da indiferença, manifestam-se por meio de um complexo de imagens que revelam as tonalidades afetivas do eu lírico.