O viver criativo como resistência ao sofrimento produzido na contemporaneidade: um retorno a Winnicott

• Autor(a) principal: Tinoco, Giovana Lin de Carvalho
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/31729
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Criatividade; Psicanálise; Contemporaneidade

A presente pesquisa tem como objetivo geral, contrapor o viver criativo ao sofrimento produzido na sociedade pós-moderna contemporânea, entendendo a criatividade como um possível dispositivo de resistência ao imperativo de um viver adoecedor. A pesquisa visa uma compreensão valorosa da criatividade, do processo criativo e dos efeitos que o existir criativamente pode proporcionar na vida dos sujeitos. Para caracterizar o sofrimento na contemporaneidade, serão utilizadas principalmente as ideias acerca da sociedade do cansaço e do desempenho, elaboradas pelo filósofo Byung-Chul Han, além de uma análise das técnicas de poder invisíveis do sistema neoliberal vigente e da caracterização de um novo imperativo de um viver auto-exploratório. Para pensar o viver criativo, será utilizada a teoria do psicanalista Donald Winnicott, fazendo uso de seus conceitos acerca do espaço potencial, da criatividade e de indivíduo saudável. A pesquisa busca enaltecer a criatividade ao comparar o viver criativo proposto por Winnicott ao sofrimento produzido na contemporaneidade caracterizado por Han, realçando o benefício de viver criativamente para um viver saudável, na medida em que este vai no sentido contrário dos efeitos produzido pelo modo de vida hiper produtivista, dominante na contemporaneidade.