Foco na segurança: efeitos do Apartheid na criminalidade e política de defesa da África do Sul

• Autor(a) principal: Inácio, Natalia Estephany de Oliveira
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/40319
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::CIENCIA POLITICA::POLITICA INTERNACIONAL::RELACOES INTERNACIONAIS, BILATERAIS E MULTILATERAIS; Segurança; Apartheid; África do Sul; Criminalidade; Segregação

A África do Sul é extremamente marcada pelo seu histórico de exploração colonial e segregação racial, sendo o Apartheid um dos maiores símbolos desse processo. O regime não só expôs e impulsionou a marginalização da população negra, como também alterou diversas estruturas sociais, políticas e econômicas. Assim, quando o processo de redemocratização do país é iniciado ainda na década de 1990, um dos pontos mais levantados é a importância de uma reorganização de mecanismos e configurações que antes eram postos como meio de exclusão de parte da população, dentre estes a questão da segurança é uma das que mais se sobressai. Isso porque, ela foi parte fundamental da opressão realizada durante o Apartheid e, com a queda do regime, surge o questionamento de como ela irá se reorganizar em uma sociedade democrática com diversas instabilidades sociais. Dessa forma, o objetivo desse trabalho é estudar a construção do novo conceito e ordenação de segurança sul-africano no pós Apartheid, observando a influência que agentes internos tiveram nesse processo, mas também como mudanças na ordem internacional fizeram parte dessa dinâmica. A análise se inicia com uma revisão bibliográfica do processo histórico sul-africano e do entendimento do próprio ideal de segurança em uma sociedade democrática, a partir disso, se aprofunda em práticas de segurança implementadas no pós regime e os atores presentes nessa dinâmica. Por fim, passa a análise do caso da Cidade do Cabo, que demonstra de forma prática as teses levantadas de que o novo modelo de segurança da África do Sul pós Apartheid possui grande foco no combate ao crime, forte relação com empresas privadas e se tornou mais um mecanismo de progressão da segregação racial.