Desigualdade socioespacial e migração intra-urbana na Região Metropolitana de Belo Horizonte 1980-1991

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, José Moreira de
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Teixeira, João Gabriel
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos Metrópole (Online)
Texto Completo: https://revistas.pucsp.br/index.php/metropole/article/view/9310
Resumo: O período atual, herdeiro da abertura política do começo dos anos 80, carrega em seu bojo um conjunto de mudanças bem sentidas e pouco conhecidas. Apressadamente, cunharam-se os anos 80 como a “década perdida” quanto ao desempenho econômico; examinada do ponto de vista das políticas públicas, outros autores quiseram mostrar que houve substantivos ganhos na diminuição da desigualdade, com ênfase nos serviços de Educação e Saúde (Faria, 1991). O desmonte do sistema Financeiro da Habitação, em meados da década, ensejou uma política de varejo, marcada pelo clientelismo, às vezes em nome da descentralização, com marcas de periferização dos espaços urbanos. As dificuldades de poupança e acumulação, os expedientes de atuação do Estado em política pública, os problemas de investimento em habitação, a escassez de recursos ou de fontes de financiamento para atender aos programas do Estado, em urbanização e reprodução do capital, refletem-se diferentemente nos anos 90 e apontam para múltiplas conseqüências nos processos espaciais. Quanto a eles, Taschner (1992) faz um balanço sobre as mudanças no padrão de urbanização, no qual precisa as tendências mais recentes: a dinâmica populacional das últimas décadas se expressava por altas taxas de crescimento, com relativa redução de seus ritmos a partir dos anos 70 e também por alta mobilidade espacial. Basta lembrar que um brasileiro, em cada grupo de cinco, mudou de município nos anos 70, sendo a Região Sudeste o destino mais freqüente desse fluxo. a modernização agrícola tem significado, historicamente, concentração fundiária, desemprego tecnológico e, conseqüentemente, liberação constante de grandes contingentes populacionais. Tais movimentos de marcavam a expansão de fronteira, a multiplicação de núcleos urbanos e, sobretudo, a consolidação das regiões metropolitanas.
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