O papel do estresse psicossocial na ativação imune durante o desenvolvimento na vida adulta

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Wieck, Andréa
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS
Texto Completo: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/5469
Resumo: Psychosocial stress has important role in activating endocrine, immune and central nervous systems. Stress exacerbates many chronic inflammatory conditions and is an important risk factor for several mood disorders. Early exposure to stress can be even more detrimental as it may lead to alterations in stress reactivity/responsivity later in life. Several studies have shown important neuroimmune changes associated with the pathophysiology of mood disorders. Previous studies from our group and others reported a pro‐inflammatory profile and increased cellular activation in patients with bipolar disorder (BD). The objectives of the thesis are: 1) to analyze the stress effects on development using animal model of early life stress (maternal separation); 2) to analyze the neuroimmunendocrine responses to acute stress exposure (Trier Social Stress Test) in BD patients. Data presented here suggests that early life stress results in immune activation, characterized by increased pro‐inflammatory serum levels (specifically IL1‐β). As a consequence of this inflammation, a reduction of parvalbumin containing interneurons, substantial for serotonergic branches development, was also observed. Peripheral inflammation is a biological marker of neuronal damage observed, as interleukin‐10 (IL‐10, main anti‐inflammatory cytokine) central administration overturned the neuronal damages as well as peripheral inflammation per se. In the second study, patients with BD showed blunted sympathetic and neuroendocrine (cortisol) stress responses following acute stress compared to healthy controls. Basal data corroborates the presence of increased cellular activation in BD patients as observed by reduced T regulatory (Treg) cells, increased activated T cells (CD4+CD25+) as well as increased intracellular signaling through increased ERK1/2 and NF‐κB phosphorylation. Furthermore, an inability in reducing immune activation in response to stress was observed as increased percentage of activated T cells and concomitantly reduction in regulatory T cells in BD patients. Such inability in controlling immune response after stress exposure may be explained not only by reduced cortisol levels but also by reduced glucocorticoid sensitivity observed in BD patients. Given that, we conclude that BD patients have important HPA axis alterations that may lead to reduced endocrine reactivity to stress as well as inability to duly modulate immune responses.
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Several studies have shown important neuroimmune changes associated with the pathophysiology of mood disorders. Previous studies from our group and others reported a pro‐inflammatory profile and increased cellular activation in patients with bipolar disorder (BD). The objectives of the thesis are: 1) to analyze the stress effects on development using animal model of early life stress (maternal separation); 2) to analyze the neuroimmunendocrine responses to acute stress exposure (Trier Social Stress Test) in BD patients. Data presented here suggests that early life stress results in immune activation, characterized by increased pro‐inflammatory serum levels (specifically IL1‐β). As a consequence of this inflammation, a reduction of parvalbumin containing interneurons, substantial for serotonergic branches development, was also observed. Peripheral inflammation is a biological marker of neuronal damage observed, as interleukin‐10 (IL‐10, main anti‐inflammatory cytokine) central administration overturned the neuronal damages as well as peripheral inflammation per se. In the second study, patients with BD showed blunted sympathetic and neuroendocrine (cortisol) stress responses following acute stress compared to healthy controls. Basal data corroborates the presence of increased cellular activation in BD patients as observed by reduced T regulatory (Treg) cells, increased activated T cells (CD4+CD25+) as well as increased intracellular signaling through increased ERK1/2 and NF‐κB phosphorylation. Furthermore, an inability in reducing immune activation in response to stress was observed as increased percentage of activated T cells and concomitantly reduction in regulatory T cells in BD patients. Such inability in controlling immune response after stress exposure may be explained not only by reduced cortisol levels but also by reduced glucocorticoid sensitivity observed in BD patients. Given that, we conclude that BD patients have important HPA axis alterations that may lead to reduced endocrine reactivity to stress as well as inability to duly modulate immune responses.O estresse psicossocial é um importante mecanismo de ativação dos sistemas nervoso, endócrino e imune muitas vezes levando à exacerbação de diversas doenças inflamatórias crônicas, assim como é um fator de risco importante para diversos transtornos de humor. A exposição ao estresse pode ser mais danosa quando esta ocorre cedo no desenvolvimento e pode resultar em alterações na reatividade/responsividade ao estresse na vida adulta. Diversos estudos vêm demonstrando alterações neuroimunoendócrinas importantes na patofisiologia dos transtornos de humor. Estudos prévios do nosso grupo e outros têm observado um perfil pró‐inflamatório periférico e uma maior ativação linfocitária em pacientes com transtorno bipolar (TB). Os objetivos da tese são: 1) analisar os efeitos do estresse no desenvolvimento através do protocolo de separação materna em modelo animal; 2) analisar parâmetros neuroimunoendócrinos em resposta ao estresse em pacientes com TB tipo 1 eutímicos, utilizando‐se um protocolo de estresse laboratorial, o Trier Social Stress Test (TSST). Dados do presente trabalho demonstram que a exposição ao estresse na infância (em modelo animal) resulta em ativação imune, caracterizada por aumento nos níveis plasmáticos de citocinas pró‐inflamatórias (interleucina 1‐β) perifericamente. Uma possível consequência dessa ativação imune é a perda de neurônios contendo parvalbumina, importantes para o desenvolvimento de comunicação serotoninérgica. A inflamação periférica serviu como marcador para os danos neuronais observados, pois quando houve a administração de interleucina‐10 (IL‐10, principal citocina anti‐inflamatória) foi possível reverter os danos neuronais e a inflamação periférica. Neste trabalho, os pacientes com TB apresentaram respostas simpáticas e neuroendócrinas (cortisol) muito reduzidas após o estresse agudo quando comparados aos controles saudáveis. Ao nível basal, os pacientes com TB apresentaram uma redução na porcentagem de células T regulatórias (Treg), aumento na porcentagem das células T ativadas (CD4+CD25+) e aumento na sinalização celular através de uma maior fosforilação de ERK1/2 e NF‐κB corroborando para um estado de ativação celular. Além disso, observamos uma incapacidade em reduzir a ativação imune em resposta ao estresse, caracterizada pelo aumento ainda maior na porcentagem de células T ativadas e concomitante redução nas células Treg em pacientes TB. Tal incapacidade em controlar a resposta imune ao estresse pode ser explicada não apenas pelos baixos níveis de cortisol secretado, mas também a uma maior insensibilidade aos glicocorticoides no TB. Concluímos que os indivíduos com TB possuem alterações no eixo HPA que resultam em reduzida reatividade endócrina ao estresse assim como incapacidade de modular corretamente as respostas imunes.Made available in DSpace on 2015-04-14T14:51:26Z (GMT). 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