Avaliação dos resultados da psicoterapia psicanalítica com crianças
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS |
Texto Completo: | http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/634 |
Resumo: | Esta tese objetivou fazer uma revisão sobre a pesquisa em psicoterapia com crianças, mas especificamente a psicoterapia psicanalítica, bem como investigar a efetividade e o abandono prematuro desta modalidade de atendimento. Para tanto foram elaborados três estudos. O primeiro é um trabalho de revisão sobre os modelos de investigação mais utilizados na atualidade para avaliar resultados de psicoterapia: o modelo de estudo de eficácia e o modelo de estudo de efetividade. O segundo é uma pesquisa empírica sobre os resultados da psicoterapia psicanalítica individual com crianças em um ambulatório de Porto Alegre, RS. Neste estudo foram aplicados três testes psicológicos com 23 crianças de 6 a 11 anos (WISC III, Bender-Gestáltico e Rorschach) e um questionário auto-administrado (CBCL) com os pais ou responsáveis. Todos os testes foram aplicados antes da intervenção psicoterápica psicanalítica e, novamente, após 12 meses da primeira avaliação seguindo os mesmos princípios metodológicos. As 23 crianças que receberam atendimento psicoterápico psicanalítico foram comparadas com 22 crianças do mesmo sexo, idade e resultado total do CBCL que não receberam tratamento. Neste estudo, foram encontradas diferenças positivas estatisticamente significantes no grupo clínico que recebeu intervenção psicoterápica nas seguintes variáveis: redução dos sintomas de ansiedade (.002) e problemas escolares (.031); melhora das relações interpessoais medidas pelo Rorschach (.022); melhora nas escalas de retraimento (.010), pensamento(.022), ansiedade e depressão (.017), introversão (.008) e total (.003) medidas pelo CBCL. O resultado da escala total do CBCL foi utilizado para cálculo do tamanho de efeito da intervenção, que foi estimado em 0.696, portanto, moderado. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes nos testes do WISC III e Bender. Por último foi realizada uma pesquisa empírica sobre abandono de psicoterapia com crianças no qual foi feita uma comparação de uma amostra de 24 crianças que completaram 12 meses de psicoterapia psicanalítica com uma amostra de 38 crianças que interromperam prematuramente o tratamento. Foram encontradas diferenças estatisticamente significantes nas variáveis sexo, sintomas, freqüência dos atendimentos, capacidade da criança de controlar as emoções (%CF) e de controlar impulsos (%m + mF), medidas pelo Rorschach e escalas de sociabilidade, queixas somáticas, ansiedade e depressão e comportamentos internalizantes medidas pelo CBCL. Este estudo revelou que a psicoterapia psicanalítica é efetiva no tratamento da criança do sexo feminino, que apresenta transtornos internalizantes, tem maior descontrole de emoções e impulsos e recebe atendimento com uma freqüência de duas vezes por semana por pelo menos 12 meses. |
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