A construção social do silêncio epidemiológico do benzenismo : uma história negada

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Corrêa, Maria Juliana Moura
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS
Texto Completo: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/421
Resumo: A proporção de casos de benzenismo no Estado do Rio Grande do Sul é, ainda, desconhecida. Uma das principais dificuldades para o conhecimento sobre os intoxicados e os expostos ao benzeno é a situação de silêncio epidemiológico dos casos e das contaminações nos ambientes de trabalho. Com o intuito de desvelar a realidade social da problemática do benzenismo e da luta pela proteção da saúde dos trabalhadores no Brasil, constroem-se conceitos e métodos para medir indiretamente a exposição e suas conseqüências evidentes ou presumidas. O desenho da investigação é um estudo de caso, orientado pelo materialismo histórico-dialético, com metodologia que combina múltiplas abordagens para relacionar a exposição e seu efeito em um grupo de trabalhadores. Para integrar as unidades da totalidade, a especificidade e a singularidade das intoxicações por benzeno no setor petroquímico, utiliza-se a triangulação de procedimentos metodológicos, pela síntese de três perspectivas: sócio-histórica documental, da percepção individual interiorizada pelos trabalhadores intoxicados e da percepção coletiva do grupo homogêneo. Ao desvendar a ocorrência de benzenismo em 9 trabalhadores oriundos do pólo petroquímico de Triunfo, no Estado do Rio Grande do Sul, revelam-se as condições de trabalho, as exposições ocorridas no passado, os casos e o movimento de contrapoder construído pela história de luta no sindicato pela defesa da saúde dos trabalhadores e pela efetivação das leis de restrição da exposição ao benzeno. Evidencia-se igualmente a importância da categoria da contradição na construção social do silêncio epidemiológico do benzenismo. Diante dessa grave situação de desconhecimento da dimensão dos riscos, pelo silenciamento das informações e pela incerteza científica dos danos, entendese que só é possível romper com esta realidade adotando o princípio da precaução, mediante ações de fortalecimento da participação dos trabalhadores e das políticas públicas de proteção da saúde dos trabalhadores
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