Rede social e suas contradições : espaço de disputa ideo-política
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS |
Texto Completo: | http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/596 |
Resumo: | O debate sobre as polêmicas definições e funções atribuídas às redes sociais na contemporaneidade desafia as Ciências Sociais em geral e as aplicadas à busca de repostas para a ascensão das redes de solidariedade na sociedade globalizada. Frente a esse desafio, o presente estudo problematiza as contradições ideológicas e políticas que engendram a redes sociais, no sentido desvelar e analisar os fatores que mobilizam os sujeitos sociais e coletivos à se organizarem em forma de rede. Para tanto, realizou-se uma pesquisa qualitativa para o estudo de caso de uma rede social localizada em uma comunidade da periferia de Porto Alegre. Orientada pelo Método Dialético-Crítico, a construção desse estudo fundamentou-se nas categorias da totalidade, da contradição e da historicidade. A contextualização da temática das redes sociais passa pelas intensas transformações societárias da década de 1980, que têm suas raízes no final da década de 1960, fruto da crise do sistema do capital nos anos de 1970 e da fragilização da concepção marxista como práxis de transformação social no seio da classe trabalhadora e de seus intelectuais. No bojo dessas transformações, há um processo de agudização das velhas expressões da questão social e o aparecimento de novas, ambas relacionadas ao fenômeno do desemprego estrutural. Concomitante a isso, sob orientação neoliberal o Estado tornou-se mínimo no enfrentamento das desigualdades sociais e vem repassando suas responsabilidades para o âmbito da sociedade civil. E, no que tange às expressões de resistência da classe trabalhadora, é retomada a figura do Estado Penal. Nesse contexto, há um incentivo do Estado para a emergência do Terceiro Setor, entre o público, de caráter estatal, e o privado, ligado aos interesses do mercado, que conta com a solidariedade transclassista. Clássicas organizações sociais que apoiavam os movimentos sociais de cunho reivindicatório passam a compor essa rede de solidariedade. Entretanto a organização dos movimentos sociais em forma de rede, a fim de contrapor-se à lógica da globalização coorporativa neoliberal, tem-se apresentado como um importante instrumento estratégico para as lutas sociais. As análises deste estudo vislumbram limites e possibilidade de essa rede compor-se enquanto um conceito propositivo, marcado por embates ideológicos e políticos, vinculados a interesses de classe. Sendo assim, este trabalho objetiva, acima de tudo, contribuir com a construção de conhecimento crítico e propositivo que vá ao encontro do fortalecimento das lutas da classe trabalhadora e da qualificação do trabalho profissional dos trabalhadores sociais, em especial dos assistentes sociais. |
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