Estresse e hipertensão arterial de trabalhadores de enfermagem em um hospital de pronto socorro
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS |
Texto Completo: | http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1593 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: O estresse tem sido estudado na busca de associações com o adoecimento dos trabalhadores em geral. Dentre os referenciais adotados para a avaliação do estresse laboral, o Modelo Demanda-Controle, tem sido utilizado na avaliação do estresse e as repercussões para a saúde. Este modelo relaciona duas dimensões psicossociais ao risco de adoecimento, a demanda psicológica e o controle sobre o trabalho. A versão resumida, denominada Job Stress Scale (JSS), está validada para uso no Brasil. As dimensões demanda e controle, dicotomizadas em baixa e alta, formam os quadrantes do Modelo Demanda-Controle: alto desgaste (alta demanda e baixo controle); trabalho ativo (alta demanda e alto controle); trabalho passivo (baixa demanda e baixo controle) e, baixo desgaste (baixa demanda e alto controle). Os trabalhadores nos quadrantes alto desgaste e trabalho passivo teriam maiores chances de adoecimento, enquanto no quadrante baixo desgaste teriam melhores condições de preservação de sua saúde. A Hipertensão Arterial Sistêmica é considerada um dos principais fatores de risco modificáveis e um dos mais importantes problemas de saúde. OBJETIVO: Investigar os quadrantes demanda-controle da Job Stress Scale e sua associação com a pressão arterial em trabalhadores de enfermagem de um hospital de pronto socorro. MÉTODO: estudo do tipo transversal, realizado com 388 trabalhadores de enfermagem do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre. Foram verificadas a pressão arterial, medidas antropométricas e investigado as variáveis sociodemográficas, laborais e questões da Job Stress Scale. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva, análise univariada e multivariada. RESULTADOS: a prevalência de hipertensão arterial foi 32% com associação positiva com a idade, a cor da pele não-branca e as alterações de índice de massa corpórea e relação x cintura/quadril. O estudo não encontrou associação dos quadrantes do modelo demanda-controle com a ocorrência de hipertensão arterial nos trabalhadores pesquisados. No entanto, evidenciou que os quadrantes de risco (trabalho passivo e alto desgaste) estão associados com outro fator de risco cardiovascular, o sobrepeso e a obesidade e que 59,7% dos trabalhadores hipertensos situavam-se nos quadrantes alto desgaste e trabalho passivo (quadrantes de risco para o adoecimento). Na análise isolada do estresse laboral, conforme os quadrantes do modelo demanda-controle, ocorreu associação significativa com o cargo de técnico/auxiliar de enfermagem, tempo no cargo superior a 15 anos e baixo apoio social com o quadrante alto desgaste. CONSIDERAÇÕES FINAIS: a prevalência de hipertensão arterial, sobrepeso e obesidade foram elevadas nos profissionais de enfermagem do Hospital de Pronto Socorro. O estresse, pela JSS, não esteve associado com a ocorrência de hipertensão arterial. Políticas voltadas para a saúde do trabalhador devem ser compreendidas como uma estratégia necessária para se atingir ótimos resultados no atendimento a saúde e nas repercussões para a qualidade de vida no trabalho da enfermagem. |
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A Hipertensão Arterial Sistêmica é considerada um dos principais fatores de risco modificáveis e um dos mais importantes problemas de saúde. OBJETIVO: Investigar os quadrantes demanda-controle da Job Stress Scale e sua associação com a pressão arterial em trabalhadores de enfermagem de um hospital de pronto socorro. MÉTODO: estudo do tipo transversal, realizado com 388 trabalhadores de enfermagem do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre. Foram verificadas a pressão arterial, medidas antropométricas e investigado as variáveis sociodemográficas, laborais e questões da Job Stress Scale. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva, análise univariada e multivariada. RESULTADOS: a prevalência de hipertensão arterial foi 32% com associação positiva com a idade, a cor da pele não-branca e as alterações de índice de massa corpórea e relação x cintura/quadril. 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