Memória e tradição nos dramas de São Tomé e Príncipe e Angola : os teatros de Fernando de Macedo e José Mena Abrantes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: éboli, Luciana Morteo
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS
Texto Completo: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1969
Resumo: O presente trabalho analisa, sob o ponto de vista mítico, seis textos representativos da dramaturgia africana de língua portuguesa da atualidade: O rei do obó (1999), Capitango (1998) e Cloçon Son (1997), do dramaturgo Fernando de Macedo, de São Tomé e Príncipe, e Nandyala ou a tirania dos monstros (1985), Na Nzuá e Amirá ou de como o prodigioso filho de Na Kimanaueze se casou com a filha do Sol e da Lua (1998) e Pedro Andrade, a tartaruga e o gigante (1989), do dramaturgo José Mena Abrantes, de Angola. Com base em teorias de análise dos mitos e nas teorias do drama, a ênfase recai sobre três aspectos temáticos relevantes ao se tratar da literatura africana atual: a busca da identidade nacional através da tradição e da cultura; a definição, através do drama, de uma visão crítica da condição das nações angolana e são-tomense e suas diversidades socioculturais; a função do teatro como expressão e entendimento da realidade na construção da narrativa dramática dos autores. A análise é fundamentada nas teorias de Mircea Eliade, Ernst Cassirer e Georges Gusdorf sobre as concepções míticas, E. M. Mielietinski sobre a poética do mito, Adolpho Crippa na correlação entre mito e cultura, Anthony Smith para as questões de tradição e identidade cultural, e Alassane Ndaw, Maurice Glélé, Makouta-Mbouku, Raul Ruiz Altuna e Óscar Ribas sobre religião e ontologia negro-africana. A análise literária do corpus fundamenta-se pelas teorias de Anne Ubersfeld, Roman Ingarden, Emil Staiger e Kate Hamburger, sobre narrativa dramática, e objetiva-se, com o auxilio desses teóricos, empreender a relação entre os tópicos abordados e as características da dramaturgia desses autores africanos. A formação da realidade histórica de um povo ou de uma cultura comporta imagens e símbolos, valores morais e religiosos, organização social e política, visão de mundo e constituição de sentido. Nesse percurso, percebe-se a evolução da perspectiva ontológica para a perspectiva histórica sem que se perca o vínculo com a sacralidade das origens, pois ambos os aspectos se integram na experiência mítica do mundo: de um lado, o caráter infinito e imutável do sagrado, do outro, a mutabilidade temporal e espacial do mundo e da existência humana.
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