Sistemática e ecologia de espécies de Omalonyx (Mollusca, Gastropoda, Succineidae) no estado do Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Arruda, Janine Oliveira
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS
Texto Completo: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/246
Resumo: Apresenta-se a revalidação da espécie Omalonyx convexa (Martens, 1868), sua distribuição no Estado do Rio Grande do Sul, bem como sua ecologia. Os espécimes de O. convexa apresentaram uma variação na coloração do tegumento de branco leitoso ao cinza escuro, próximo ao preto, passando pelo alaranjado, bege e acinzentado. A concha apresentou-se encoberta pelo manto em diferentes graus, porém, em nenhum dos espécimes, exibiu-se completamente ocultada. Os animais foram encontrados em ambientes de águas lênticas e em terrenos alagados, em macrófitas das espécies Eicchornia crassipes, Salvinia auriculata, Pistia stratiotis, em vegetações adjacentes a margens de banhados e sob substratos artificiais como lonas, papelões e isopores. Propõe-se, para a espécie-tipo do gênero O. unguis (d´Orbigny, 1835), um neótipo, uma vez que esta não apresenta material nominotípico designado. Em relação à cavidade palial da família Succineidae, observa-se o ureter primário iniciando-se no rim, próximo ao pericárdio, e correndo transversalmente até o reto. O ureter secundário percorre uma pequena distância junto ao reto. Em seguida, este margeia a borda do manto, passa pelo pneumostômio e segue adiante até a região anterior da cavidade palial. O ureter secundário, então, se dobra em um ângulo de 180o e passa a ser denominado ureter terciário. Este se encaminha na direção do pneumostômio e se abre imediatamente em posição anterior ao orifício respiratório, no lado direito deste, pelo poro excretor, o que permite classificá-los entre os Heterurethra. Examinou-se o valor da concha de Omalonyx na diagnose das espécies do gênero. Foram medidas 218 conchas, oriundas de 13 populações, e pertencentes a três espécies de Omalonyx. Duas Análises Canônicas Discriminantes foram realizadas: a primeira considerou a população de cada localidade como um grupo distinto; na segunda, o agrupamento foi realizado por espécie. O grupo de populações resultou bastante heterogêneo e apenas 54,1% dos grupos resultaram como classificados corretamente. A segunda análise apresentou um percentual de 94,0% de correção, com resultados bastante significativos, demonstrando que as medidas de conchas podem auxiliar na determinação das espécies deste gênero. Foram investigados e discutidos os caracteres do sistema reprodutório, a morfologia dos tentáculos e a posição do poro genital no holótipo de Omalonyx (Neohyalimax) brasiliensis (Simroth, 1896) e de Omalonyx s.s. Propõe-se a sinonimização de Neohyalimax com Omalonyx, tornando-se o primeiro, um sinônimo júnior. Omalonyx brasiliensis (Simroth, 1896) permanece uma espécie válida, com base unicamente no holótipo.
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