Performatividade de gênero em O primeiro homem mau, de Miranda July
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS |
Texto Completo: | http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7299 |
Resumo: | Gender technologies are, according to Lauretis (1994), cultural and discursive constructions and they are not a priori in relation to the subject. Though, they cannot also be considered as fixed categories and given by culture. It is precisely within the discursive and cultural character of the gender technologies that such technologies are never considered ready, but always in construction within culture. Gender technologies have direct relation to the sexual representation of sexualities and to what Foucault (2012a) calls mechanism of sexuality, as its ramifications (the regulation of the bodies and the interpellation, for example), and make the subversion of the identity possible. For the keeping of such technologies, the reiteration within culture and discourse is constantly necessary, and for that the theory of gender performativity, as postulated by Butler (2015a) accounts for the complex process of “maintaining the gender” of a certain individual. Such process consists of a series of cultural and discursive acts performed, up to a certain point, intentionally, by the subject as a product of gender technologies. These acts are regulated by what Althusser (1980) names “ideological State apparatuses” and they seem to be in consensus with the current norm. To Rich (2010) this norm is called heteronormativity and is always compulsory, its work is to regulate bodies, identities and genders, however this regulation collects its price by the obliteration of certain existences. This paper proposes a queer reading of The first bad man, a novel by the north-american writer Miranda July, to discuss the way the character Cheryl Glickman’s gender is constructed and deconstructed along the narrative and if the novel contemplates only the binary expressions of gender (male and female), or if July sees other gender identities, although marginal, possible. |
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For the keeping of such technologies, the reiteration within culture and discourse is constantly necessary, and for that the theory of gender performativity, as postulated by Butler (2015a) accounts for the complex process of “maintaining the gender” of a certain individual. Such process consists of a series of cultural and discursive acts performed, up to a certain point, intentionally, by the subject as a product of gender technologies. These acts are regulated by what Althusser (1980) names “ideological State apparatuses” and they seem to be in consensus with the current norm. To Rich (2010) this norm is called heteronormativity and is always compulsory, its work is to regulate bodies, identities and genders, however this regulation collects its price by the obliteration of certain existences. This paper proposes a queer reading of The first bad man, a novel by the north-american writer Miranda July, to discuss the way the character Cheryl Glickman’s gender is constructed and deconstructed along the narrative and if the novel contemplates only the binary expressions of gender (male and female), or if July sees other gender identities, although marginal, possible.Tecnologias de gênero são para Lauretis (1994) vistas como construções culturais e discursivas que não estão a priori em relação ao sujeito; porém, tampouco podem ser consideradas como categorias fixas e dadas pela cultura. O caráter discursivo e cultural das tecnologias de gênero é que faz com que tais tecnologias nunca se encontrem prontas, mas em constante construção na cultura. As tecnologias de gênero têm relação direta com as representações das sexualidades e com o que Foucault (2012a) denomina dispositivo da sexualidade, assim como seus desdobramentos (a regulação dos corpos e a interpelação, por exemplo), e fazem a identidade passível de subversão. Para que tais tecnologias sejam mantidas, é necessário que sejam reiteradas a todo o momento na cultura e no discurso, para isso a teoria da performatividade de gênero, como postulada por Butler (2015a), dará conta de elucidar o complexo processo de “manter o gênero” de um determinado sujeito. Tal processo consiste em uma série de atos culturais e discursivos realizados, até certa medida intencionalmente, pelo sujeito enquanto um produto das tecnologias de gênero. Estes atos são regulados pelo que Althusser (1980) denomina “aparelhos ideológicos do Estado” e parecem estar em consenso com uma norma vigente. Para Rich (2010), essa norma só é possível enquanto heteronormatividade, e esta é sempre compulsória. Seu trabalho é o de regular os corpos, as identidades e os gêneros. No entanto, essa regulação cobra o preço do apagamento de certas existências. Este trabalho propõe uma leitura queer de O primeiro homem mau, romance da autora estadunidense Miranda July, para discutir de que maneira o gênero da personagem Cheryl Glickman, a protagonista do romance, é construído e desconstruído ao longo da narrativa e se o romance dá conta apenas das expressões de gênero binárias (masculino e feminino), ou se July vê como possível outras identidades de gênero, embora marginais.Submitted by Caroline Xavier (caroline.xavier@pucrs.br) on 2017-05-23T17:41:07Z No. of bitstreams: 1 DIS_MARIA_EUGENIA_BONOCORE_MORAIS_COMPLETO.pdf: 551767 bytes, checksum: 4ae563929a3ba79002106cc1e23383a7 (MD5)Made available in DSpace on 2017-05-23T17:41:07Z (GMT). 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