A febre amarela silvestre e a conservação do bugio-preto (Alouatta caraya) em Bossoroca, RS, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas, David Santos de
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS
Texto Completo: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/222
Resumo: Epizootias envolvendo primatas têm sido documentadas em várias partes do mundo. A febre amarela silvestre é um exemplo que vem causando impactos nas populações de alguns primatas neotropicais, especialmente Alouatta spp.. De outubro de 2008 a abril de 2009 ocorreu um surto de febre amarela silvestre no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, levando ao óbito mais de 2000 bugios (Alouatta caraya e Alouatta guariba clamitans). A fim de estimar o impacto do surto no estado de conservação das espécies, esta pesquisa comparou a estruturapopulacional de bugios-pretos (A. caraya) habitantes de uma região sem relatos recentes da doença (Alegrete) com uma região onde ocorreram mortes comprovadas por febre amarela (Bossoroca). Foram realizados levantamentos populacionais em 55 fragmentos florestais e uma mata ciliar em Alegrete e em 83 fragmentos florestais e uma mata ciliar em Bossoroca. Em Alegrete foram encontrados bugios em 31 fragmentos e avistados quatro grupos na mata ciliar, enquanto em Bossoroca foram encontrados bugios em apenas 10 fragmentos e avistados três grupos na mata ciliar. A taxa de extinção recente de populações isoladas em fragmentos em Bossoroca foi estimada em 80%, a qual foi causada principalmente pela febre amarela, enquanto em Alegrete essa taxa foi estimada em 14%. Estas extinções locais aumentaram a distância entre as populações remanescentes, provavelmente dificultando o fluxo gênico e reduzindo a viabilidade das populações e a sobrevivência da espécie em longo prazo na região. Por fim, os grupos remanescentes em Bossoroca apresentaram tamanho e estrutura semelhante aos grupos de Alegrete e àqueles citados na literatura, o que sugere que não há diferença sexo-etária na resistência ao vírus amarílico e na seletividade do mosquito vetor.
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