A redução de proparoxítonos na fala do sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Chaves, Raquel Gomes
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS
Texto Completo: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2012
Resumo: O presente estudo assume como propósito a descrição e análise da incidência dos processos de síncope (ó.cu.los ó.clus; árvore - árve, sábado sádo) e apócope (véspera vésper; mínimo míni) em vocábulos proparoxítonos. Os fenômenos de supressão abordados são mencionados como processos conservadores, visto que se manifestam desde o latim e encontram-se presentes no português até a atualidade. A maioria das pesquisas centrada na análise de palavras acentuadas na antepenúltima sílaba no português brasileiro (CAIXETA, 1989; AMARAL, 1999; XIMENES, 2005; SILVA, 2006; LIMA, 2008; RAMOS, 2009) dedicou-se essencialmente ao estudo da ação do fenômeno de síncope, visto que a incidência do processo na classe acentual referida tem sido relatada desde o latim clássico. No entanto, a manifestação de apócope em proparoxítonos tem sido mencionada em uma série de estudos (CAIXETA, 1989; FERNANDES, 2007; ARAÚJO et al., 2008). Esta pesquisa, fundamentada no modelo teórico-metodológico laboviano da Teoria da Variação (LABOV, 1972, 1994), compromete-se com uma análise de cunho perceptual dos fenômenos de apagamento, com base na investigação de 102 entrevistas concedidas pelo banco de dados VARSUL. Os informantes que constituem a amostra apresentam baixo grau de escolaridade e são habitantes da Região Sul do Brasil Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Conforme os resultados sugerem, a manifestação dos processos em vocábulos proparoxítonos é regulada essencialmente por condicionares de ordem linguística. Os fatores de natureza social, delimitados como possíveis influenciadores dos processos, não foram apontados como relevantes à aplicação dos fenômenos de supressão. Além disso, a incidência dos dois processos obedeceu aos princípios universais e condições específicas da língua portuguesa: a síncope foi observada somente quando o processo de ressilabificação, incitado pelo apagamento, respeitou ao sistema fonológico da língua (ó.cu.los ó.clus) e a apócope silábica (árvore árvo), registrada em maior número do que a apócope vocálica (número númer), indicou que, com a elisão da sílaba, o sistema fonológico é preservado, já que o apagamento não incita um processo de ressilabificação.
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