O conceito de existência em Martin Heidegger e Ernst Tugendhat
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS |
Texto Completo: | http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2830 |
Resumo: | Este trabalho tem por objetivo explicitar e refletir sobre os conceitos de existência dos filósofos Martin Heidegger e Ernst Tugendhat. Para tanto, exponho, na Introdução, um breve e amplo panorama da discussão sobre o conceito de existência na filosofia contemporânea e apresento a metodologia do trabalho, baseada nos conceitos de palavra, conceito, problema e posição filosófica. No Primeiro Capítulo, sobre Heidegger, procuro demonstrar que, em Ser e Tempo, podemos encontrar três conceitos de existência [1] existência como o todo do ser do Dasein; [2] existência como um dos momentos constitutivos do cuidado; e [3] existência como ex-sistência. Tais modificações conceituais, e esta é minha hipótese, não revelam uma imprecisão do método fenomenológico-hermenêutico, como afirmam certos filósofos de vertente analítica, mas uma de suas particularidades que permite um controle semântico intersubjetivo. Discuto, ainda neste capítulo, as formulações do conceito de existência dos filósofos da existência, Kierkegaard, Jaspers e Sartre, com o objetivo de alcançar uma melhor compreensão da proposta do próprio Heidegger. No Segundo Capítulo, tenho como hipótese inicial que Tugendhat elabora, em um grupo de obras específico, três conceitos de existência: [I] existência como identificação; [II] existência temporal; e [III] existência como relacionar-se consigo mesmo, sendo que, em todos eles, há uma pretensão de estar de acordo com o princípio fundamental da filosofia analítica. Ao final, mostrarei que o terceiro conceito pode provocar dúvidas a respeito de uma concordância com tal princípio. Por fim, nas Conclusões Finais, volto, novamente, à discussão da metodologia do trabalho, agora com a hipótese programática de uma tentativa de diálogo entre ambas as posições filosóficas e como isto poderia ser realizado. Como resultado, exponho, ainda, que a principal motivação para utilizarmos o conceito de existência na filosofia contemporânea é o intuito de uma descrição filosófica da existência do ser humano como uma existência singular, finita, insubstituível e que precisa ser levada a cada momento por cada um. Isto traz, por conseqüência, a necessidade de re-elaboração de outros conceitos fundamentais, como, por exemplo, o de verdade, liberdade, transcendência, tempo, entre outros. |
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