As pretônicas no falar teresinense
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS |
Texto Completo: | http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1971 |
Resumo: | Esta tese tem por objetivo descrever e analisar a pronúncia das vogais médias pretônicas no dialeto de Teresina-PI. A partir da investigação empírica, propomos uma análise sob a perspectiva da Teoria da Variação Linguística delineada por Weinreich, Labov e Herzog (2006) e Labov (1972) com vistas a explicar o complexo comportamento variacional destas vogais, detectado no dialeto, que se apresenta sob o seguinte formato harmônico: a) uma realização com a vogal média aberta [ε, ⊃], que obedece a marca dialetal da região; b) uma realização com a vogal alta, [i, u], usual a todos os falares brasileiros; c) uma realização com a vogal média fechada, [e, o], estranha à fala nordestina. Além destes casos, há ainda uma variação tripartida [ε ~ e ~ i]\ [⊃ ~ o ~ u] que ocorre com o mesmo item lexical. O corpus utilizado contou com 5.308 realizações de pretônicas, coletadas a partir de entrevistas com 36 informantes estratificados socialmente por gênero, faixa etária e escolaridade. As variáveis linguísticas consideradas na análise foram: contiguidade, homorganicidade, tonicidade, paradigma, distância da tônica, derivada de tônica e os contextos fonológicos precedente e seguinte. Os dados foram submetidos ao pacote de programa computacional VARBRUL 2S. Os resultados obtidos apontaram ser a contiguidade de uma vogal da mesma altura o fator favorecedor dos três processos harmônicos, seguindo-se-lhes alguns segmentos consonantais circundantes. Os fatores sociais, gênero, faixa etária e escolaridade, não exercem qualquer papel sobre a pronúncia de cada variante no dialeto. A ocorrência da variação tripartida da pretônica deve-se ao uso moderado da harmonia com a vogal alta, pois é o contexto desta regra que abre as três possibilidade. Argumentamos, em nossa análise, que a emergência majoritária da vogal média aberta nesse contexto e em outros desarmônicos pode ser um indício de que o dialeto teresinense possa estar em direção a um processo de neutralização em favor da vogal média aberta. |
id |
P_RS_ac944ee44e060bc08ed0be8b3343a831 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:tede2.pucrs.br:tede/1971 |
network_acronym_str |
P_RS |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS |
repository_id_str |
|
spelling |
Bisol, LedaCPF:01040421091http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783290T5CPF:70297061372http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4502945Y7Silva, Ailma do Nascimento2015-04-14T13:38:17Z2010-07-192009-12-14SILVA, Ailma do Nascimento. As pretônicas no falar teresinense. 2009. 236 f. Tese (Doutorado em Letras) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2009.http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1971Made available in DSpace on 2015-04-14T13:38:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1 424800.pdf: 1253136 bytes, checksum: f8e71c6e741fd545762014a2922552ab (MD5) Previous issue date: 2009-12-14Esta tese tem por objetivo descrever e analisar a pronúncia das vogais médias pretônicas no dialeto de Teresina-PI. A partir da investigação empírica, propomos uma análise sob a perspectiva da Teoria da Variação Linguística delineada por Weinreich, Labov e Herzog (2006) e Labov (1972) com vistas a explicar o complexo comportamento variacional destas vogais, detectado no dialeto, que se apresenta sob o seguinte formato harmônico: a) uma realização com a vogal média aberta [ε, ⊃], que obedece a marca dialetal da região; b) uma realização com a vogal alta, [i, u], usual a todos os falares brasileiros; c) uma realização com a vogal média fechada, [e, o], estranha à fala nordestina. Além destes casos, há ainda uma variação tripartida [ε ~ e ~ i]\ [⊃ ~ o ~ u] que ocorre com o mesmo item lexical. O corpus utilizado contou com 5.308 realizações de pretônicas, coletadas a partir de entrevistas com 36 informantes estratificados socialmente por gênero, faixa etária e escolaridade. As variáveis linguísticas consideradas na análise foram: contiguidade, homorganicidade, tonicidade, paradigma, distância da tônica, derivada de tônica e os contextos fonológicos precedente e seguinte. Os dados foram submetidos ao pacote de programa computacional VARBRUL 2S. Os resultados obtidos apontaram ser a contiguidade de uma vogal da mesma altura o fator favorecedor dos três processos harmônicos, seguindo-se-lhes alguns segmentos consonantais circundantes. Os fatores sociais, gênero, faixa etária e escolaridade, não exercem qualquer papel sobre a pronúncia de cada variante no dialeto. A ocorrência da variação tripartida da pretônica deve-se ao uso moderado da harmonia com a vogal alta, pois é o contexto desta regra que abre as três possibilidade. Argumentamos, em nossa análise, que a emergência majoritária da vogal média aberta nesse contexto e em outros desarmônicos pode ser um indício de que o dialeto teresinense possa estar em direção a um processo de neutralização em favor da vogal média aberta.application/pdfhttp://tede2.pucrs.br:80/tede2/retrieve/10448/424800.pdf.jpgporPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do SulPrograma de Pós-Graduação em LetrasPUCRSBRFaculdade de LetrasLINGUÍSTICAANÁLISE LINGÜÍSTICAPORTUGUÊS - FONOLOGIAPORTUGUÊS - VOGAISVARIAÇÃO (LINGÜÍSTICA)PORTUGUÊS - DIALETOS - BRASIL - NORDESTESOCIOLINGÜÍSTICACNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRASAs pretônicas no falar teresinenseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis8447345070736321569500600 2856882280194242995info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RSinstname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)instacron:PUC_RSTHUMBNAIL424800.pdf.jpg424800.pdf.jpgimage/jpeg2418http://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/1971/3/424800.pdf.jpg17b1e3a2b4fedcd0eefefb380cb4745eMD53TEXT424800.pdf.txt424800.pdf.txttext/plain440499http://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/1971/2/424800.pdf.txtb5d9b8efddd589b71ef2b8e424fab901MD52ORIGINAL424800.pdfapplication/pdf1253136http://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/1971/1/424800.pdff8e71c6e741fd545762014a2922552abMD51tede/19712015-04-29 16:38:10.767oai:tede2.pucrs.br:tede/1971Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede2.pucrs.br/tede2/PRIhttps://tede2.pucrs.br/oai/requestbiblioteca.central@pucrs.br||opendoar:2015-04-29T19:38:10Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)false |
dc.title.por.fl_str_mv |
As pretônicas no falar teresinense |
title |
As pretônicas no falar teresinense |
spellingShingle |
As pretônicas no falar teresinense Silva, Ailma do Nascimento LINGUÍSTICA ANÁLISE LINGÜÍSTICA PORTUGUÊS - FONOLOGIA PORTUGUÊS - VOGAIS VARIAÇÃO (LINGÜÍSTICA) PORTUGUÊS - DIALETOS - BRASIL - NORDESTE SOCIOLINGÜÍSTICA CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS |
title_short |
As pretônicas no falar teresinense |
title_full |
As pretônicas no falar teresinense |
title_fullStr |
As pretônicas no falar teresinense |
title_full_unstemmed |
As pretônicas no falar teresinense |
title_sort |
As pretônicas no falar teresinense |
author |
Silva, Ailma do Nascimento |
author_facet |
Silva, Ailma do Nascimento |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Bisol, Leda |
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv |
CPF:01040421091 |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783290T5 |
dc.contributor.authorID.fl_str_mv |
CPF:70297061372 |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4502945Y7 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Silva, Ailma do Nascimento |
contributor_str_mv |
Bisol, Leda |
dc.subject.por.fl_str_mv |
LINGUÍSTICA ANÁLISE LINGÜÍSTICA PORTUGUÊS - FONOLOGIA PORTUGUÊS - VOGAIS VARIAÇÃO (LINGÜÍSTICA) PORTUGUÊS - DIALETOS - BRASIL - NORDESTE SOCIOLINGÜÍSTICA |
topic |
LINGUÍSTICA ANÁLISE LINGÜÍSTICA PORTUGUÊS - FONOLOGIA PORTUGUÊS - VOGAIS VARIAÇÃO (LINGÜÍSTICA) PORTUGUÊS - DIALETOS - BRASIL - NORDESTE SOCIOLINGÜÍSTICA CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS |
description |
Esta tese tem por objetivo descrever e analisar a pronúncia das vogais médias pretônicas no dialeto de Teresina-PI. A partir da investigação empírica, propomos uma análise sob a perspectiva da Teoria da Variação Linguística delineada por Weinreich, Labov e Herzog (2006) e Labov (1972) com vistas a explicar o complexo comportamento variacional destas vogais, detectado no dialeto, que se apresenta sob o seguinte formato harmônico: a) uma realização com a vogal média aberta [ε, ⊃], que obedece a marca dialetal da região; b) uma realização com a vogal alta, [i, u], usual a todos os falares brasileiros; c) uma realização com a vogal média fechada, [e, o], estranha à fala nordestina. Além destes casos, há ainda uma variação tripartida [ε ~ e ~ i]\ [⊃ ~ o ~ u] que ocorre com o mesmo item lexical. O corpus utilizado contou com 5.308 realizações de pretônicas, coletadas a partir de entrevistas com 36 informantes estratificados socialmente por gênero, faixa etária e escolaridade. As variáveis linguísticas consideradas na análise foram: contiguidade, homorganicidade, tonicidade, paradigma, distância da tônica, derivada de tônica e os contextos fonológicos precedente e seguinte. Os dados foram submetidos ao pacote de programa computacional VARBRUL 2S. Os resultados obtidos apontaram ser a contiguidade de uma vogal da mesma altura o fator favorecedor dos três processos harmônicos, seguindo-se-lhes alguns segmentos consonantais circundantes. Os fatores sociais, gênero, faixa etária e escolaridade, não exercem qualquer papel sobre a pronúncia de cada variante no dialeto. A ocorrência da variação tripartida da pretônica deve-se ao uso moderado da harmonia com a vogal alta, pois é o contexto desta regra que abre as três possibilidade. Argumentamos, em nossa análise, que a emergência majoritária da vogal média aberta nesse contexto e em outros desarmônicos pode ser um indício de que o dialeto teresinense possa estar em direção a um processo de neutralização em favor da vogal média aberta. |
publishDate |
2009 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2009-12-14 |
dc.date.available.fl_str_mv |
2010-07-19 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2015-04-14T13:38:17Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
SILVA, Ailma do Nascimento. As pretônicas no falar teresinense. 2009. 236 f. Tese (Doutorado em Letras) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2009. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1971 |
identifier_str_mv |
SILVA, Ailma do Nascimento. As pretônicas no falar teresinense. 2009. 236 f. Tese (Doutorado em Letras) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2009. |
url |
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1971 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.program.fl_str_mv |
8447345070736321569 |
dc.relation.confidence.fl_str_mv |
500 600 |
dc.relation.department.fl_str_mv |
2856882280194242995 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Letras |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
PUCRS |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
BR |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Faculdade de Letras |
publisher.none.fl_str_mv |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) instacron:PUC_RS |
instname_str |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) |
instacron_str |
PUC_RS |
institution |
PUC_RS |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/1971/3/424800.pdf.jpg http://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/1971/2/424800.pdf.txt http://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/1971/1/424800.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
17b1e3a2b4fedcd0eefefb380cb4745e b5d9b8efddd589b71ef2b8e424fab901 f8e71c6e741fd545762014a2922552ab |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) |
repository.mail.fl_str_mv |
biblioteca.central@pucrs.br|| |
_version_ |
1799765283315908608 |