A crítica de Hegel ao formalismo moral Kantiano
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS |
Texto Completo: | http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2872 |
Resumo: | A crítica de Hegel ao formalismo da moral kantiana é um tema que pode ser abordado de diferentes modos. Esta tese demonstra que tanto na filosofia de Kant, quanto na de Hegel, os argumentos decisivos em relação ao formalismo (Kant) e a sua necessária superação (Hegel) estão desenvolvidos na filosofia especulativa. A superioridade crítica de Hegel em relação à Kant consiste na sua radicalidade. Demonstra-se como para Hegel o próprio finito, o fenômeno, já é um não não-finito, revelando a sua contradição interna, que ao ser exposta, revela a substancialidade, o verdadeiro infinito, no qual os dois momentos contrapostos, finito e infinito, são verdadeiros. O ser determinado já contém em sua destinação um dever-ser, superando a kantiana separação, exclusão e oposição entre ser e dever-ser. O critério supremo da moral kantiana, o imperativo categórico, é, segundo Hegel, vazio, formal, analítico e tautológico. Pois, um critério moral totalmente formal somente pode afirmar em relação à máxima, o que ela sempre já sabe. Ele é incapaz de acrescentar uma nova informação de forma sintética. O que a fórmula diz da máxima, já está na máxima, logo não diz nada de novo. Dessa forma, o roubo não é possível de ser justificado, mesmo por que a palavra roubo já está determinada pelo seu contexto, onde pegar o que é dos outros é roubar. No entanto, em Hegel, devido à superioridade da razão em relação ao entendimento, mesmo que o roubo continue sendo roubo, é possível que sob determinadas circunstâncias ele seja justificado racionalmente, sem eliminar a regra e nem cair na arbitrariedade. A compreensão da diferença entre princípios e regras possibilita, a partir de Hegel, mas somente sob determinadas circunstâncias, justificar eticamente a exceção à regra. |
id |
P_RS_c34c08ac955a1f95b2cdbcc62ae68eed |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:tede2.pucrs.br:tede/2872 |
network_acronym_str |
P_RS |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS |
repository_id_str |
|
spelling |
Weber, ThadeuCPF:29629527049http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788844T5CPF:49486942072http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4772288U6Müller, Rudinei2015-04-14T13:55:09Z2011-09-122011-08-31MÜLLER, Rudinei. A crítica de Hegel ao formalismo moral Kantiano. 2011. 142 f. Tese (Doutorado em Filosofia) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2872Made available in DSpace on 2015-04-14T13:55:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 433481.pdf: 812149 bytes, checksum: 823e6e013f887808edf52347a4e1cec0 (MD5) Previous issue date: 2011-08-31A crítica de Hegel ao formalismo da moral kantiana é um tema que pode ser abordado de diferentes modos. Esta tese demonstra que tanto na filosofia de Kant, quanto na de Hegel, os argumentos decisivos em relação ao formalismo (Kant) e a sua necessária superação (Hegel) estão desenvolvidos na filosofia especulativa. A superioridade crítica de Hegel em relação à Kant consiste na sua radicalidade. Demonstra-se como para Hegel o próprio finito, o fenômeno, já é um não não-finito, revelando a sua contradição interna, que ao ser exposta, revela a substancialidade, o verdadeiro infinito, no qual os dois momentos contrapostos, finito e infinito, são verdadeiros. O ser determinado já contém em sua destinação um dever-ser, superando a kantiana separação, exclusão e oposição entre ser e dever-ser. O critério supremo da moral kantiana, o imperativo categórico, é, segundo Hegel, vazio, formal, analítico e tautológico. Pois, um critério moral totalmente formal somente pode afirmar em relação à máxima, o que ela sempre já sabe. Ele é incapaz de acrescentar uma nova informação de forma sintética. O que a fórmula diz da máxima, já está na máxima, logo não diz nada de novo. Dessa forma, o roubo não é possível de ser justificado, mesmo por que a palavra roubo já está determinada pelo seu contexto, onde pegar o que é dos outros é roubar. No entanto, em Hegel, devido à superioridade da razão em relação ao entendimento, mesmo que o roubo continue sendo roubo, é possível que sob determinadas circunstâncias ele seja justificado racionalmente, sem eliminar a regra e nem cair na arbitrariedade. A compreensão da diferença entre princípios e regras possibilita, a partir de Hegel, mas somente sob determinadas circunstâncias, justificar eticamente a exceção à regra.application/pdfhttp://tede2.pucrs.br:80/tede2/retrieve/11931/433481.pdf.jpgporPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do SulPrograma de Pós-Graduação em FilosofiaPUCRSBRFaculdade de Filosofia e Ciências HumanasFILOSOFIAFILOSOFIA ALEMÃRAZÃO (FILOSOFIA)DIALÉTICAKANT, IMMANUEL - CRÍTICA E INTERPRETAÇÃOHEGEL, GEORG WILHELM FRIEDRICH - CRÍTICA E INTERPRETAÇÃOCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIAA crítica de Hegel ao formalismo moral Kantianoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis-83053276064321663935006001531447313960029988info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RSinstname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)instacron:PUC_RSTHUMBNAIL433481.pdf.jpg433481.pdf.jpgimage/jpeg3826http://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/2872/3/433481.pdf.jpg968f7b70b3ce2f5283a8517e47ff8771MD53TEXT433481.pdf.txt433481.pdf.txttext/plain359869http://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/2872/2/433481.pdf.txt4a597a59888187d67042f78878e9d0b4MD52ORIGINAL433481.pdfapplication/pdf812149http://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/2872/1/433481.pdf823e6e013f887808edf52347a4e1cec0MD51tede/28722015-04-30 08:15:36.758oai:tede2.pucrs.br:tede/2872Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede2.pucrs.br/tede2/PRIhttps://tede2.pucrs.br/oai/requestbiblioteca.central@pucrs.br||opendoar:2015-04-30T11:15:36Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)false |
dc.title.por.fl_str_mv |
A crítica de Hegel ao formalismo moral Kantiano |
title |
A crítica de Hegel ao formalismo moral Kantiano |
spellingShingle |
A crítica de Hegel ao formalismo moral Kantiano Müller, Rudinei FILOSOFIA FILOSOFIA ALEMÃ RAZÃO (FILOSOFIA)DIALÉTICA KANT, IMMANUEL - CRÍTICA E INTERPRETAÇÃO HEGEL, GEORG WILHELM FRIEDRICH - CRÍTICA E INTERPRETAÇÃO CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA |
title_short |
A crítica de Hegel ao formalismo moral Kantiano |
title_full |
A crítica de Hegel ao formalismo moral Kantiano |
title_fullStr |
A crítica de Hegel ao formalismo moral Kantiano |
title_full_unstemmed |
A crítica de Hegel ao formalismo moral Kantiano |
title_sort |
A crítica de Hegel ao formalismo moral Kantiano |
author |
Müller, Rudinei |
author_facet |
Müller, Rudinei |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Weber, Thadeu |
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv |
CPF:29629527049 |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788844T5 |
dc.contributor.authorID.fl_str_mv |
CPF:49486942072 |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4772288U6 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Müller, Rudinei |
contributor_str_mv |
Weber, Thadeu |
dc.subject.por.fl_str_mv |
FILOSOFIA FILOSOFIA ALEMÃ RAZÃO (FILOSOFIA)DIALÉTICA KANT, IMMANUEL - CRÍTICA E INTERPRETAÇÃO HEGEL, GEORG WILHELM FRIEDRICH - CRÍTICA E INTERPRETAÇÃO |
topic |
FILOSOFIA FILOSOFIA ALEMÃ RAZÃO (FILOSOFIA)DIALÉTICA KANT, IMMANUEL - CRÍTICA E INTERPRETAÇÃO HEGEL, GEORG WILHELM FRIEDRICH - CRÍTICA E INTERPRETAÇÃO CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA |
description |
A crítica de Hegel ao formalismo da moral kantiana é um tema que pode ser abordado de diferentes modos. Esta tese demonstra que tanto na filosofia de Kant, quanto na de Hegel, os argumentos decisivos em relação ao formalismo (Kant) e a sua necessária superação (Hegel) estão desenvolvidos na filosofia especulativa. A superioridade crítica de Hegel em relação à Kant consiste na sua radicalidade. Demonstra-se como para Hegel o próprio finito, o fenômeno, já é um não não-finito, revelando a sua contradição interna, que ao ser exposta, revela a substancialidade, o verdadeiro infinito, no qual os dois momentos contrapostos, finito e infinito, são verdadeiros. O ser determinado já contém em sua destinação um dever-ser, superando a kantiana separação, exclusão e oposição entre ser e dever-ser. O critério supremo da moral kantiana, o imperativo categórico, é, segundo Hegel, vazio, formal, analítico e tautológico. Pois, um critério moral totalmente formal somente pode afirmar em relação à máxima, o que ela sempre já sabe. Ele é incapaz de acrescentar uma nova informação de forma sintética. O que a fórmula diz da máxima, já está na máxima, logo não diz nada de novo. Dessa forma, o roubo não é possível de ser justificado, mesmo por que a palavra roubo já está determinada pelo seu contexto, onde pegar o que é dos outros é roubar. No entanto, em Hegel, devido à superioridade da razão em relação ao entendimento, mesmo que o roubo continue sendo roubo, é possível que sob determinadas circunstâncias ele seja justificado racionalmente, sem eliminar a regra e nem cair na arbitrariedade. A compreensão da diferença entre princípios e regras possibilita, a partir de Hegel, mas somente sob determinadas circunstâncias, justificar eticamente a exceção à regra. |
publishDate |
2011 |
dc.date.available.fl_str_mv |
2011-09-12 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2011-08-31 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2015-04-14T13:55:09Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
MÜLLER, Rudinei. A crítica de Hegel ao formalismo moral Kantiano. 2011. 142 f. Tese (Doutorado em Filosofia) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2872 |
identifier_str_mv |
MÜLLER, Rudinei. A crítica de Hegel ao formalismo moral Kantiano. 2011. 142 f. Tese (Doutorado em Filosofia) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011. |
url |
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2872 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.program.fl_str_mv |
-8305327606432166393 |
dc.relation.confidence.fl_str_mv |
500 600 |
dc.relation.department.fl_str_mv |
1531447313960029988 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Filosofia |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
PUCRS |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
BR |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas |
publisher.none.fl_str_mv |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) instacron:PUC_RS |
instname_str |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) |
instacron_str |
PUC_RS |
institution |
PUC_RS |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/2872/3/433481.pdf.jpg http://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/2872/2/433481.pdf.txt http://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/2872/1/433481.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
968f7b70b3ce2f5283a8517e47ff8771 4a597a59888187d67042f78878e9d0b4 823e6e013f887808edf52347a4e1cec0 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) |
repository.mail.fl_str_mv |
biblioteca.central@pucrs.br|| |
_version_ |
1799765289523478528 |