História natural de uma comunidade de serpentes da serra do sudeste do Rio Grande do Sul, Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS |
Texto Completo: | http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/300 |
Resumo: | Nas três últimas décadas, os estudos sobre comunidades progrediram muito, todavia existem poucos estudos sobre serpentes que envolvem mais de uma espécie em um mesmo local. Pampa é um importante bioma na porção subtropical de clima temperado da região neotropical, com formações predominantemente abertas, com a presença de floresta semidecidual e mata ciliar ao longo dos cursos d água. Apresenta grande relevância quanto a sua biodiversidade, mas é praticamente desconhecido quanto a composição e estrutura de comunidades. O objetivo do presente estudo foi conhecer a diversidade, história natural e alguns aspectos ecológicos das espécies de uma comunidade de serpentes da Serra do Sudeste do Rio Grande do Sul. Registrou-se a presença das espécies de serpentes entre janeiro de 2000 e junho de 2003, com o uso simultâneo de quatro métodos amostrais: procura visual limitada por tempo (a pé e de carro); armadilhas de interceptação e queda; coletores residentes e consulta em coleções científicas. A área de estudo caracteriza-se pela presença de floresta semidecidual e formações de campos entremeados por matas ciliares. A riqueza dentro da área de coleta foi igual a 28 espécies, outras quatro foram identificadas na coleção do MCPRS (Museu de Ciências da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), totalizando 32 espécies. Os métodos que apresentaram melhor desempenho em número de espécies (riqueza) e indivíduos (abundância) foram coletores residentes (23/294) e armadilhas de interceptação e queda (16/140). A riqueza estimada (Jackknife 1 e 2, Chao 1 e 2) ficou entre 32 e 36 espécies. A composição das espécies de serpentes da Serra do Sudeste apresentou maior similaridade com outras taxocenoses que habitam áreas com formações de campo (pampas), seguido por áreas abertas com floresta semidecidual e de Mata Atlântica. As duas espécies mais abundantes foram Bothrops pubescens (21%) (Viperidae) e Philodryas patagoniensis (18%) (Colubridae). A riqueza de espécies obtida através das armadilhas instaladas na mata e no campo foram diferentes: a composição da mata apresentou riqueza (n=14), diversidade (H =2,46) e eqüitabilidade (E=79%) maiores que o campo (n=12, H =2,13, E=51%). Serpentes terrestres e diurnas foram as mais frequentemente encontradas. Locais onde houve maior número de encontro com serpentes foram em estradas vicinais (n=60 em deslocamento) e ambientes peri-domiciliares (n=58). A atividade mensal das serpentes está correlacionada à temperatura (r2=0.52). As três espécies mais abundantes apresentaram hábito alimentar generalista. Os itens alimentares mais consumidos pelas espécies foram anfíbios anuros e lagartos, seguidos por moluscos, artrópodes e aves. A composição de espécies obedece ao padrão conhecido e característico da colonização e dispersão das linhagens de serpentes que habitam a região neotropical, refletindo assim influência de fatores históricos, filogenéticos e ecológicos. |
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A riqueza dentro da área de coleta foi igual a 28 espécies, outras quatro foram identificadas na coleção do MCPRS (Museu de Ciências da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), totalizando 32 espécies. Os métodos que apresentaram melhor desempenho em número de espécies (riqueza) e indivíduos (abundância) foram coletores residentes (23/294) e armadilhas de interceptação e queda (16/140). A riqueza estimada (Jackknife 1 e 2, Chao 1 e 2) ficou entre 32 e 36 espécies. A composição das espécies de serpentes da Serra do Sudeste apresentou maior similaridade com outras taxocenoses que habitam áreas com formações de campo (pampas), seguido por áreas abertas com floresta semidecidual e de Mata Atlântica. As duas espécies mais abundantes foram Bothrops pubescens (21%) (Viperidae) e Philodryas patagoniensis (18%) (Colubridae). 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