Ativação de células dendríticas na geração de células T CD8+ e T CD4+ anti-tumorais de memória
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS |
Texto Completo: | http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/5331 |
Resumo: | De acordo com a hipótese da vigilância imunológica, o sistema imune é relevante no controle do crescimento tumoral. Entretanto, a resposta imune não é capaz de barrar a progressão de todos os tumores. Uma possível explicação para isso é a tolerização das células imunes proporcionada pelo ambiente imunossupressor gerado por tumores, favorecendo seu desenvolvimento e diminuindo a eficácia da resposta imune contra o tumor. O presente estudo visou analisar a formação de respostas imunes anti-tumorais in vivo, bem como identificar mecanismos capazes de reverter a tolerância induzida pelo tumor à resposta imune. Para realizar este trabalho foram usados três sistemas experimentais: (1) injeção subcutânea de tumor B16F10 para análise da resposta imune policlonal, (2) injeção subcutânea de B16OVA (OVA257-264 SIINFEKL) com transferência adotiva de células OT-I para o estudo da geração de resposta de células T CD8+ e (3) construção e injeção subcutânea de uma linhagem de B16F10 expressando um antígeno restrito ao MHC classe II (B16EaRFP) com transferência adotiva de células TEa para o estudo da geração de resposta anti-tumoral de células T CD4+. Com estes modelos experimentais foi observada diminuição de células no infiltrado peritumoral e da celularidade nos linfonodos drenantes (LND) à medida que o tumor B16F10 cresce, sugerindo uma interrupção do trânsito de células imunes do sítio tumoral para o LND. A expressão de CD86 nas células dendríticas (DCs) nos linfonodos diminui com o crescimento tumoral. Com a elevação da freqüência precursora de células T CD8+ anti-tumorais no sistema B16OVA, o crescimento tumoral foi retardado mas não barrado por completo. A melhora significante da resposta contra o tumor foi obtida com a injeção intratumoral de um ligante de TLR-4, o lipopolissacarideo de E.coli (LPS), mas apenas quando foi injetado via intratumoral, após o estabelecimento do tumor in vivo. O sistema B16EaRFP revelou que a acessibilidade do antígeno às células dendríticas é importante na estimulação da resposta T CD4+ anti-tumoral, resultando em maior proliferação de células TEa em resposta ao tumor lisado versus o tumor vivo. Quando as células tumorais foram induzidas a necrose e apoptose e injetadas subcutaneamente, houve maior porcentagem de células CD11c +YAe+ CD86+. Observou-se maior proliferação de células TEa nos linfonodos drenantes no grupo de camundongos injetados com células tumorais mortas por necrose, com um pico nove dias após a injeção tumoral, mas já apresentando contração após três dias. A divisão das células TEa também diminui gradualmente ao longo do tempo, sugerindo que nos três casos há apresentação limitada de antígeno. A diferenciação das células TEa em fenótipo de memória foi observada nos três tratamentos, com mais ênfase nos animais que receberam tumor induzido a necrose e apoptose. Contudo, as células TEa não foram capazes de fornecer ajuda para interromper o crescimento tumoral quando o B16EaRED foi injetado vivo. Em conjunto, os resultados sugerem que a diminuição da apresentação de antígeno e de co-estimulação ao longo do tempo impedem a diferenciação das células T em células de memória eficazes. Os resultados indicam que o tumor intacto não fornece sinais suficientes para a geração de células T de memória anti-tumoral para impedir o crescimento tumoral. Ao contrário, o tumor parece gerar um ambiente que não favorece a resposta imune, impedindo o trânsito de células imunes entre o LND e o sitio tumoral, diminuindo a expressão de CD86 em DCs no LND. Ainda, sinais fornecidos por células induzidas a apoptose ou necrose aumentam a apresentação de antígenos tumorais e os níveis de co-estimulação, embora não substituam os sinais fornecidos pelo LPS, capazes de reverter o quadro imunossupressor |
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Uma possível explicação para isso é a tolerização das células imunes proporcionada pelo ambiente imunossupressor gerado por tumores, favorecendo seu desenvolvimento e diminuindo a eficácia da resposta imune contra o tumor. O presente estudo visou analisar a formação de respostas imunes anti-tumorais in vivo, bem como identificar mecanismos capazes de reverter a tolerância induzida pelo tumor à resposta imune. Para realizar este trabalho foram usados três sistemas experimentais: (1) injeção subcutânea de tumor B16F10 para análise da resposta imune policlonal, (2) injeção subcutânea de B16OVA (OVA257-264 SIINFEKL) com transferência adotiva de células OT-I para o estudo da geração de resposta de células T CD8+ e (3) construção e injeção subcutânea de uma linhagem de B16F10 expressando um antígeno restrito ao MHC classe II (B16EaRFP) com transferência adotiva de células TEa para o estudo da geração de resposta anti-tumoral de células T CD4+. Com estes modelos experimentais foi observada diminuição de células no infiltrado peritumoral e da celularidade nos linfonodos drenantes (LND) à medida que o tumor B16F10 cresce, sugerindo uma interrupção do trânsito de células imunes do sítio tumoral para o LND. A expressão de CD86 nas células dendríticas (DCs) nos linfonodos diminui com o crescimento tumoral. Com a elevação da freqüência precursora de células T CD8+ anti-tumorais no sistema B16OVA, o crescimento tumoral foi retardado mas não barrado por completo. A melhora significante da resposta contra o tumor foi obtida com a injeção intratumoral de um ligante de TLR-4, o lipopolissacarideo de E.coli (LPS), mas apenas quando foi injetado via intratumoral, após o estabelecimento do tumor in vivo. 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