Anticorpos contra Chlamydia trachomatis e síndrome metabólica
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS |
Texto Completo: | http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1563 |
Resumo: | A síndrome metabólica (SM) compreende um conjunto de fatores de risco para doença aterosclerótica. Patógenos como Chlamydia pneumoniae e Helicobacter pylori podem estar envolvidos no deflagramento e perpetuação da aterogênese, mas sua relação com a SM é desconhecida. A exposição à Chlamydia trachomatis (CT) em pacientes com SM não foi explorada na literatura até o momento. Objetivo: Avaliar a associação, se existente, entre anticorpos IgA e IgG anti-CT e ocorrência de SM. Métodos: Neste estudo transversal, foram avaliados pacientes com SM com e sem eventos cardíacos prévios e controles sadios pareados por sexo e idade. O diagnóstico de SM se fundamentou nos critérios do NCEP. Anticorpos IgA e IgG anti-CT foram detectados por ensaio imunoenzimático; títulos acima de 1,1 unidades foram considerados positivos para ambos os isotipos. O teste do qui-quadrado foi utilizado para comparação das variáveis categóricas, e o teste t para comparação de variáveis contínuas. Para estimar a associação entre anticorpos anti-CT e SM, odds ratios (OR) foram calculados. Regressão logística foi utilizada para o ajuste das variáveis sexo e idade. Resultados: O número total da amostra foi de 238 indivíduos: 101 pacientes (42,5%) com SM sem eventos cardíacos; 47 (19,7%) com SM e eventos cardíacos prévios; e 90 (37,8%) controles sadios. O sexo feminino predominou nos 3 grupos. A média global de idade foi 59,7 anos. A prevalência de teste positivo para IgA anti-CT foi maior em pacientes com SM (17%) do que em controles (6%) (P=0,015). Níveis elevados de IgA anti-CT se associaram significativamente com ocorrência de SM na comparação com controles sadios após ajuste para sexo e idade (OR=3,4; IC95% 1,2-9,4; P=0,015). Na análise de subgrupos, níveis elevados de IgA anti-CT foram mais prevalentes na SM não-complicada do que nos controles (P=0,013). Após ajuste para sexo a idade, a associação entre IgA anti-CT e SM nãocomplicada se manteve definida (OR=3,6; IC95% 1,32-10,2; P=0,015). Conclusões: Anticorpos IgA anti-CT, possivelmente de fase aguda, foram mais prevalentes na SM do que em controles sadios. Um teste positivo para IgA anti-CT se associou particularmente à ocorrência de SM não-complicada. O papel da resposta IgA anti- CT em pacientes com SM deve ser detalhado em estudos futuros. |
id |
P_RS_eddccf554687d0b6920d48b051843e65 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:tede2.pucrs.br:tede/1563 |
network_acronym_str |
P_RS |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS |
repository_id_str |
|
spelling |
Staub, Henrique LuizCPF:40069010030http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767824J5CPF:00424522012http://lattes.cnpq.br/0139099480654156Sehnem, Luciele2015-04-14T13:34:54Z2010-04-292010-03-04SEHNEM, Luciele. Anticorpos contra Chlamydia trachomatis e síndrome metabólica. 2010. 116 f. Dissertação (Mestrado em Medicina e Ciências da Saúde) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010.http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1563Made available in DSpace on 2015-04-14T13:34:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 422377.pdf: 884424 bytes, checksum: 00e9c69f02bdc012c466f39cf67939e7 (MD5) Previous issue date: 2010-03-04A síndrome metabólica (SM) compreende um conjunto de fatores de risco para doença aterosclerótica. Patógenos como Chlamydia pneumoniae e Helicobacter pylori podem estar envolvidos no deflagramento e perpetuação da aterogênese, mas sua relação com a SM é desconhecida. A exposição à Chlamydia trachomatis (CT) em pacientes com SM não foi explorada na literatura até o momento. Objetivo: Avaliar a associação, se existente, entre anticorpos IgA e IgG anti-CT e ocorrência de SM. Métodos: Neste estudo transversal, foram avaliados pacientes com SM com e sem eventos cardíacos prévios e controles sadios pareados por sexo e idade. O diagnóstico de SM se fundamentou nos critérios do NCEP. Anticorpos IgA e IgG anti-CT foram detectados por ensaio imunoenzimático; títulos acima de 1,1 unidades foram considerados positivos para ambos os isotipos. O teste do qui-quadrado foi utilizado para comparação das variáveis categóricas, e o teste t para comparação de variáveis contínuas. Para estimar a associação entre anticorpos anti-CT e SM, odds ratios (OR) foram calculados. Regressão logística foi utilizada para o ajuste das variáveis sexo e idade. Resultados: O número total da amostra foi de 238 indivíduos: 101 pacientes (42,5%) com SM sem eventos cardíacos; 47 (19,7%) com SM e eventos cardíacos prévios; e 90 (37,8%) controles sadios. O sexo feminino predominou nos 3 grupos. A média global de idade foi 59,7 anos. A prevalência de teste positivo para IgA anti-CT foi maior em pacientes com SM (17%) do que em controles (6%) (P=0,015). Níveis elevados de IgA anti-CT se associaram significativamente com ocorrência de SM na comparação com controles sadios após ajuste para sexo e idade (OR=3,4; IC95% 1,2-9,4; P=0,015). Na análise de subgrupos, níveis elevados de IgA anti-CT foram mais prevalentes na SM não-complicada do que nos controles (P=0,013). Após ajuste para sexo a idade, a associação entre IgA anti-CT e SM nãocomplicada se manteve definida (OR=3,6; IC95% 1,32-10,2; P=0,015). Conclusões: Anticorpos IgA anti-CT, possivelmente de fase aguda, foram mais prevalentes na SM do que em controles sadios. Um teste positivo para IgA anti-CT se associou particularmente à ocorrência de SM não-complicada. O papel da resposta IgA anti- CT em pacientes com SM deve ser detalhado em estudos futuros.application/pdfhttp://tede2.pucrs.br:80/tede2/retrieve/8972/422377.pdf.jpgporPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do SulPrograma de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da SaúdePUCRSBRFaculdade de MedicinaCLÍNICA MÉDICASÍNDROME METABÓLICAANTICORPOSCHLAMYDIA TRACHOMATISDOENÇAS CARDIOVASCULARESATEROSCLEROSECNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINAAnticorpos contra Chlamydia trachomatis e síndrome metabólicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis7620745074616285884500600-8624664729441623247info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RSinstname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)instacron:PUC_RSTHUMBNAIL422377.pdf.jpg422377.pdf.jpgimage/jpeg3509http://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/1563/3/422377.pdf.jpgac8d057b7386256731d3471e9cff3da4MD53TEXT422377.pdf.txt422377.pdf.txttext/plain218004http://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/1563/2/422377.pdf.txtbcc4ccb4a1a647fc7445faf7dd82e784MD52ORIGINAL422377.pdfapplication/pdf884424http://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/1563/1/422377.pdf00e9c69f02bdc012c466f39cf67939e7MD51tede/15632015-04-17 17:04:42.003oai:tede2.pucrs.br:tede/1563Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede2.pucrs.br/tede2/PRIhttps://tede2.pucrs.br/oai/requestbiblioteca.central@pucrs.br||opendoar:2015-04-17T20:04:42Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)false |
dc.title.por.fl_str_mv |
Anticorpos contra Chlamydia trachomatis e síndrome metabólica |
title |
Anticorpos contra Chlamydia trachomatis e síndrome metabólica |
spellingShingle |
Anticorpos contra Chlamydia trachomatis e síndrome metabólica Sehnem, Luciele CLÍNICA MÉDICA SÍNDROME METABÓLICA ANTICORPOS CHLAMYDIA TRACHOMATIS DOENÇAS CARDIOVASCULARES ATEROSCLEROSE CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA |
title_short |
Anticorpos contra Chlamydia trachomatis e síndrome metabólica |
title_full |
Anticorpos contra Chlamydia trachomatis e síndrome metabólica |
title_fullStr |
Anticorpos contra Chlamydia trachomatis e síndrome metabólica |
title_full_unstemmed |
Anticorpos contra Chlamydia trachomatis e síndrome metabólica |
title_sort |
Anticorpos contra Chlamydia trachomatis e síndrome metabólica |
author |
Sehnem, Luciele |
author_facet |
Sehnem, Luciele |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Staub, Henrique Luiz |
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv |
CPF:40069010030 |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767824J5 |
dc.contributor.authorID.fl_str_mv |
CPF:00424522012 |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0139099480654156 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Sehnem, Luciele |
contributor_str_mv |
Staub, Henrique Luiz |
dc.subject.por.fl_str_mv |
CLÍNICA MÉDICA SÍNDROME METABÓLICA ANTICORPOS CHLAMYDIA TRACHOMATIS DOENÇAS CARDIOVASCULARES ATEROSCLEROSE |
topic |
CLÍNICA MÉDICA SÍNDROME METABÓLICA ANTICORPOS CHLAMYDIA TRACHOMATIS DOENÇAS CARDIOVASCULARES ATEROSCLEROSE CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA |
description |
A síndrome metabólica (SM) compreende um conjunto de fatores de risco para doença aterosclerótica. Patógenos como Chlamydia pneumoniae e Helicobacter pylori podem estar envolvidos no deflagramento e perpetuação da aterogênese, mas sua relação com a SM é desconhecida. A exposição à Chlamydia trachomatis (CT) em pacientes com SM não foi explorada na literatura até o momento. Objetivo: Avaliar a associação, se existente, entre anticorpos IgA e IgG anti-CT e ocorrência de SM. Métodos: Neste estudo transversal, foram avaliados pacientes com SM com e sem eventos cardíacos prévios e controles sadios pareados por sexo e idade. O diagnóstico de SM se fundamentou nos critérios do NCEP. Anticorpos IgA e IgG anti-CT foram detectados por ensaio imunoenzimático; títulos acima de 1,1 unidades foram considerados positivos para ambos os isotipos. O teste do qui-quadrado foi utilizado para comparação das variáveis categóricas, e o teste t para comparação de variáveis contínuas. Para estimar a associação entre anticorpos anti-CT e SM, odds ratios (OR) foram calculados. Regressão logística foi utilizada para o ajuste das variáveis sexo e idade. Resultados: O número total da amostra foi de 238 indivíduos: 101 pacientes (42,5%) com SM sem eventos cardíacos; 47 (19,7%) com SM e eventos cardíacos prévios; e 90 (37,8%) controles sadios. O sexo feminino predominou nos 3 grupos. A média global de idade foi 59,7 anos. A prevalência de teste positivo para IgA anti-CT foi maior em pacientes com SM (17%) do que em controles (6%) (P=0,015). Níveis elevados de IgA anti-CT se associaram significativamente com ocorrência de SM na comparação com controles sadios após ajuste para sexo e idade (OR=3,4; IC95% 1,2-9,4; P=0,015). Na análise de subgrupos, níveis elevados de IgA anti-CT foram mais prevalentes na SM não-complicada do que nos controles (P=0,013). Após ajuste para sexo a idade, a associação entre IgA anti-CT e SM nãocomplicada se manteve definida (OR=3,6; IC95% 1,32-10,2; P=0,015). Conclusões: Anticorpos IgA anti-CT, possivelmente de fase aguda, foram mais prevalentes na SM do que em controles sadios. Um teste positivo para IgA anti-CT se associou particularmente à ocorrência de SM não-complicada. O papel da resposta IgA anti- CT em pacientes com SM deve ser detalhado em estudos futuros. |
publishDate |
2010 |
dc.date.available.fl_str_mv |
2010-04-29 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2010-03-04 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2015-04-14T13:34:54Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
SEHNEM, Luciele. Anticorpos contra Chlamydia trachomatis e síndrome metabólica. 2010. 116 f. Dissertação (Mestrado em Medicina e Ciências da Saúde) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1563 |
identifier_str_mv |
SEHNEM, Luciele. Anticorpos contra Chlamydia trachomatis e síndrome metabólica. 2010. 116 f. Dissertação (Mestrado em Medicina e Ciências da Saúde) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010. |
url |
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1563 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.program.fl_str_mv |
7620745074616285884 |
dc.relation.confidence.fl_str_mv |
500 600 |
dc.relation.department.fl_str_mv |
-8624664729441623247 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
PUCRS |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
BR |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Faculdade de Medicina |
publisher.none.fl_str_mv |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) instacron:PUC_RS |
instname_str |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) |
instacron_str |
PUC_RS |
institution |
PUC_RS |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/1563/3/422377.pdf.jpg http://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/1563/2/422377.pdf.txt http://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/1563/1/422377.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
ac8d057b7386256731d3471e9cff3da4 bcc4ccb4a1a647fc7445faf7dd82e784 00e9c69f02bdc012c466f39cf67939e7 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) |
repository.mail.fl_str_mv |
biblioteca.central@pucrs.br|| |
_version_ |
1799765280504676352 |