Ferritina como marcador de resposta inflamatória sistêmica em crianças criticamente doentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Laks, Dani
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS
Texto Completo: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1353
Resumo: Objetivo: Comparar os níveis séricos de ferritina entre crianças sem e com quadro infeccioso, grave ou não, buscando pontos discriminadores.Métodos: Foi realizado um estudo em duas fases. Primeiramente, um estudo transversal controlado no qual foi considerada a condição clínica como sendo a exposição (fator em estudo) e as dosagens séricas de ferritina e de proteína C reativa, os desfechos. Em seguida, procedeu-se a realização de um estudo de coorte histórico (baseado em registros de prontuários) para estimação da taxa de ocorrência de óbitos nos pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. O estudo foi realizado no Hospital São Lucas, localizado em Porto Alegre, Brasil, com pacientes com idade entre um mês e 18 anos. De junho de 2008 a junho 2010, as dosagens séricas de ferritina e de proteína C reativa foram coletadas dos pacientes dividos em três grupos: sem infecção (pacientes em pré-operatório de cirurgia pediátrica eletiva), com sepse (pacientes da Emergência Pediátrica) e com sepse grave/choque séptico (pacientes da UTI Pediátrica). Foi aplicado um índice de correção conforme os valores de referência da ferritina, o índice ferritina, que corresponde à razão entre a ferritina sérica obtida de cada paciente pelo valor máximo normal da ferritina sérica conforme a idade e o gênero.Resultados: Foram incluídos no estudo 147 pacientes distribuídos nos três grupos: 41 pacientes no grupo sem infecção, 39 no grupo com sepse e 67 no grupo com sepse grave/choque séptico. Os níveis de ferritina, proteína C reativa e índice ferritina mostraram-se mais elevados conforme o grau de severidade. As medianas da ferritina encontradas para os pacientes sem infecção, sepse e sepse grave/choque séptico foram 29 ng/mL, 101 ng/mL e 287 ng/mL, respectivamente (P<0,001).Valores de ferritina acima de 760 ng/mL estão relacionados a uma alta probabilidade de sepse grave/choque séptico. Estimou-se um risco relativo de 3,41 para ocorrência de óbito nos pacientes com ferritina acima de 500 ng/mL e risco relativo de 5,06 para índice de ferritina acima de 1.7. Não houve relação entre estimativa de mortalidade e proteína C reativa num ponte de corte de 8 mg/dL.Conclusões: A ferritina é um exame laboratorial facilmente exequivel para a rotina do pediatra. Mostrou relação com o nível de severidade da sepse e com a probabilidade de óbito.
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