Abordagem de mercado antiutilitarista: um ensaio sobre o consumo colaborativo
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | REMark - Revista Brasileira de Marketing |
Texto Completo: | https://periodicos.uninove.br/remark/article/view/18074 |
Resumo: | Propósito: A crença em um consumidor individualista que apresenta uma atitude marcadamente competitiva, aquisitiva e egoísta em um mercado inflexível é um dos principais credos ontológicos do marketing. No entanto, fenômenos empíricos atuais, como o consumo colaborativo, podem encorajar o surgimento de novos esforços teóricos em direção a uma maior compreensão do mercado. Para progredir com esses esforços, este ensaio teórico visa analisar os aspectos antiutilitaristas do consumo colaborativo que transcendem os fundamentos ontológicos do utilitarismo econômico.Design/Metodologia/Abordagem: Este ensaio avalia as principais diferenças entre as teorias utilitaristas e antiutilitaristas, no que diz respeito às relações de troca, às ações dos consumidores e ao próprio conceito de mercado. Para tanto, a análise é baseada em uma perspectiva teórica intersubjetiva.Achados: Longe de se configurar como uma revolução da benevolência ou do altruísmo, o consumo colaborativo pode reorganizar o sistema de produção e circulação de bens e serviços, pois se baseia em princípios ausentes nas teorias utilitárias, como alteridade, reciprocidade e obtenção de benefícios relacionais. Confrontando importantes premissas utilitárias, como a perspectiva de um mercado natural ou a imanência da figura do Homo Economicus, o consumo colaborativo desvia-se das teorizações essencialmente individualistas sobre o comportamento humano. Baseando-se em uma perspectiva antiutilitarista, essas descobertas ampliam alguns limites conceituais presentes no campo do comportamento do consumidor.Originalidade/Valor: A partir de uma proposição antiutilitarista, apresentamos conceitos que subvertem as perspectivas tradicionais das ações do consumidor, das relações de troca e do próprio mercado, debatendo as fronteiras do campo do comportamento do consumidor. |
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Abordagem de mercado antiutilitarista: um ensaio sobre o consumo colaborativoAnti-Utilitarian Market Approach: An Essay on Collaborative ConsumptionAntiutilitarismo; Utilitarismo; Mercado; Consumo colaborativo; Comportamento do consumidorAnti-utilitarianism; Utilitarianism; Market; Collaborative consumption; Consumer BehaviourPropósito: A crença em um consumidor individualista que apresenta uma atitude marcadamente competitiva, aquisitiva e egoísta em um mercado inflexível é um dos principais credos ontológicos do marketing. No entanto, fenômenos empíricos atuais, como o consumo colaborativo, podem encorajar o surgimento de novos esforços teóricos em direção a uma maior compreensão do mercado. Para progredir com esses esforços, este ensaio teórico visa analisar os aspectos antiutilitaristas do consumo colaborativo que transcendem os fundamentos ontológicos do utilitarismo econômico.Design/Metodologia/Abordagem: Este ensaio avalia as principais diferenças entre as teorias utilitaristas e antiutilitaristas, no que diz respeito às relações de troca, às ações dos consumidores e ao próprio conceito de mercado. Para tanto, a análise é baseada em uma perspectiva teórica intersubjetiva.Achados: Longe de se configurar como uma revolução da benevolência ou do altruísmo, o consumo colaborativo pode reorganizar o sistema de produção e circulação de bens e serviços, pois se baseia em princípios ausentes nas teorias utilitárias, como alteridade, reciprocidade e obtenção de benefícios relacionais. Confrontando importantes premissas utilitárias, como a perspectiva de um mercado natural ou a imanência da figura do Homo Economicus, o consumo colaborativo desvia-se das teorizações essencialmente individualistas sobre o comportamento humano. Baseando-se em uma perspectiva antiutilitarista, essas descobertas ampliam alguns limites conceituais presentes no campo do comportamento do consumidor.Originalidade/Valor: A partir de uma proposição antiutilitarista, apresentamos conceitos que subvertem as perspectivas tradicionais das ações do consumidor, das relações de troca e do próprio mercado, debatendo as fronteiras do campo do comportamento do consumidor.Purpose: The belief in an individualist consumer that behaves with a truly competitive, acquisitive, and selfish attitude on an inflexible market is one of the main ontological creeds of marketing. However, current empirical phenomena, such as collaborative consumption, may encourage the emergence of new theoretical efforts toward a higher market comprehension. To further these efforts, this theoretical essay aims to analyse the anti-utilitarian aspects of collaborative consumption that transcend the ontological foundations of economic utilitarianism.Design/methodology/approach: This essay evaluates the main differences between utilitarian and anti-utilitarian theories, regarding exchange relations, consumers’ actions, and market concept itself. For such purpose, the analysis is based on an intersubjective, theoretical perspective.Findings: Far from being configured as a revolution of benevolence or altruism, collaborative consumption can reorganize the system of production and circulation of goods and services because it is based on concepts absent in utilitarian theories, such as alterity, reciprocity, and the achievement of relational benefits. Confronting important utilitarian premises, such as the perspective of a natural market or the immanence of the figure of Homo Economicus, collaborative consumption deviates from the essentially individualistic theorizations about human behaviour. Drawing on an anti-utilitarian perspective, these findings broaden some conceptual boundaries within the field of consumer behaviour.Originality/value: Based on an anti-utilitarian proposition, we present concepts that subvert traditional perspectives of consumer actions, exchange relations, and the market itself, debating the boundaries of the consumer behaviour field.Universidade Nove de Julho - UninoveGerhard, FelipeFreitas, Ana Augusta Ferreira deGraf, Raoul2022-03-16info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionAvaliado por ParesPeer-reviewed Articleapplication/pdfhttps://periodicos.uninove.br/remark/article/view/1807410.5585/remark.v21i2.18074ReMark - Revista Brasileira de Marketing; v. 21, n. 2 (2022): (jan./mar.); 631- 6722177-5184reponame:REMark - Revista Brasileira de Marketinginstname:Universidade Nove de Julho (UNINOVE)instacron:RBMenghttps://periodicos.uninove.br/remark/article/view/18074/9500Direitos autorais 2022 Revista Brasileira de Marketinghttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2022-06-01T15:00:56Zoai:https://periodicos.uninove.br:article/18074Revistahttps://periodicos.uninove.br/remarkPRIhttps://periodicos.uninove.br/remark/oaiclaudiaraac@uol.com.br || admin@revistabrasileiramarketing.org || admin@revistabrasileiramarketing.org2177-51842177-5184opendoar:2022-06-01T15:00:56REMark - Revista Brasileira de Marketing - Universidade Nove de Julho (UNINOVE)false |
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