Alegações de saúde e nutrição no consumo de alimentos funcionais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Marcelo Martins
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Strehlau, Suzane
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: REMark - Revista Brasileira de Marketing
Texto Completo: https://periodicos.uninove.br/remark/article/view/14919
Resumo: Objetivo: O objetivo é compreender a escolha dos consumidores em relação aos alimentos funcionais por meio da intersecção entre o Modelo de Crença em Saúde (MCS) e a Teoria do Comportamento Planejado (TCP). Objetivos específicos são: (i) entender como o consumidor avalia as alegações de nutrição e de saúde (ii) como o modelo MCS e TCP combinados explicam a escolha por um alimento funcional.Método: Oito grupos focais proveram o corpus de pesquisa para uma análise qualitativa de conteúdo.Originalidade/Relevância: O conceito de alimento funcional é complexo e pouco compreendido por consumidores. Os sucos apresentam inúmeras variações com percebem as alegações de saúde e nutrição.Resultados: As alegações de nutrição são relevantes, mas são mais associadas às matérias-primas do que aos nutrientes adicionados. O argumento sobre vitaminas e fibras são sobrepujados pela fruta de origem. A alegação de saúde não emerge e isto pode ser explicado pelos constructos da susceptibilidade, gravidade e benefícios. A Indução à Ação decorre, principalmente, por um gatilho interno de falta de nutrientes, porém, quando isto ocorre, já está em um estado bastante avançado e os alimentos funcionais não serão mais suficientes para reverter o quadro, devendo-se buscar medicamentos ou suplementos de maior poder medicinal. Contribuições teóricas/metodológicas: Aperfeiçoa-se o modelo de intersecção de MCS e TCP com maior clareza e destaque aos constructos originais, mantendo os fatores externos, e enfatizando o constructo Indução à Ação.Contribuições sociais / para a gestão: Os consumidores percebem a fruta como elemento nutricional, mas ainda não percebem o benefício de um alimento funcional. A palavra funcionalidade está ligada a trânsito intestinal, além disso, um suco funcional é visto como individual e não para ser comprado para toda família. As ações que promovem a mudança por hábitos saudáveis e os benefícios à saúde decorrentes da alimentação devem fornecer informações mais precisas. No tocante aos sucos prontos para beber recomenda-se a indicação na embalagem do produto deve conter a quantidade de suco de fruta presente ou a palavra integral.
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Os sucos apresentam inúmeras variações com percebem as alegações de saúde e nutrição.Resultados: As alegações de nutrição são relevantes, mas são mais associadas às matérias-primas do que aos nutrientes adicionados. O argumento sobre vitaminas e fibras são sobrepujados pela fruta de origem. A alegação de saúde não emerge e isto pode ser explicado pelos constructos da susceptibilidade, gravidade e benefícios. A Indução à Ação decorre, principalmente, por um gatilho interno de falta de nutrientes, porém, quando isto ocorre, já está em um estado bastante avançado e os alimentos funcionais não serão mais suficientes para reverter o quadro, devendo-se buscar medicamentos ou suplementos de maior poder medicinal. Contribuições teóricas/metodológicas: Aperfeiçoa-se o modelo de intersecção de MCS e TCP com maior clareza e destaque aos constructos originais, mantendo os fatores externos, e enfatizando o constructo Indução à Ação.Contribuições sociais / para a gestão: Os consumidores percebem a fruta como elemento nutricional, mas ainda não percebem o benefício de um alimento funcional. A palavra funcionalidade está ligada a trânsito intestinal, além disso, um suco funcional é visto como individual e não para ser comprado para toda família. As ações que promovem a mudança por hábitos saudáveis e os benefícios à saúde decorrentes da alimentação devem fornecer informações mais precisas. No tocante aos sucos prontos para beber recomenda-se a indicação na embalagem do produto deve conter a quantidade de suco de fruta presente ou a palavra integral.Objective: Our aim is to understand how consumers choose functional foods, focusing on the ready-made juice category. Specifically, we aim to: (i) understand how consumers evaluate nutrition and health claims and (ii) describe how the integrated Health Belief Model (HBM) and Planned Behavior Theory (TPB) explain the choice for a functional food.Method: Eight focus groups provided the research corpus for content analysis.Results: Survey results show that nutrition claims are relevant but are more associated to base ingredients than to added nutrients. Claims based on the fruit content are deemed more important than vitamins or fibers. Consumers see functional foods as suitable for intestinal transit and individual consumption.  The health claim did not emerge, which can be explained by the constructs susceptibility, severity, and benefits. Nutritional deficiency may act as an internal trigger to Cues to Action, but this happens only in an advanced stage, when functional foods are no longer able to revert the situation, and medication or supplements with higher medicinal power are needed. Consumers have a negative attitude towards ready-made juices due to the confusion between products generically called "juices", despite differences in fruit concentration and product classification.Originality/Relevance: Most consumers do not understand the complex concept of functional foods, and neither nutrition or health claims.Theoretical/methodological contributions: Our study integrates the HBM and TPB models and adds more clarity to the original constructs. We have maintained the models’ external factors and emphasized the construct Cues to Action.Social/managerial contributions:  Consumers do perceive the nutritional value of fruits, but not yet the benefits of functional foods. The term functional is linked to intestinal transit. Additionally, a functional juice is seen as product for individual, not whole family, consumption. Actions to promote change towards healthier habits and health benefits provided by food should be more accurately communicated. Regarding ready-made juices, the recommendation is to show the actual juice percentage or the ‘100% fruit juice’ claim on the packaging.Universidade Nove de Julho - UninoveCosta, Marcelo MartinsStrehlau, Suzane2020-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionAvaliado por ParesPeer-reviewed Articleapplication/pdfhttps://periodicos.uninove.br/remark/article/view/1491910.5585/remark.v19i1.14919ReMark - Revista Brasileira de Marketing; v. 19, n. 1 (2020): (jan./mar.); 216-2362177-5184reponame:REMark - Revista Brasileira de Marketinginstname:Universidade Nove de Julho (UNINOVE)instacron:RBMporhttps://periodicos.uninove.br/remark/article/view/14919/8231Direitos autorais 2020 Revista Brasileira de Marketinghttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2022-01-18T18:05:22Zoai:https://periodicos.uninove.br:article/14919Revistahttps://periodicos.uninove.br/remarkPRIhttps://periodicos.uninove.br/remark/oaiclaudiaraac@uol.com.br || admin@revistabrasileiramarketing.org || admin@revistabrasileiramarketing.org2177-51842177-5184opendoar:2022-01-18T18:05:22REMark - Revista Brasileira de Marketing - Universidade Nove de Julho (UNINOVE)false
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