Ritmos do povoamento e economia do Algarve romano: entre o Mediterrâneo e o Atlântico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/41959 |
Resumo: | O presente artigo estuda os ritmos da vida económica dos núcleos urbanos de Ossonoba (Faro), Balsa (Quinta de Torre de Ares) e Baesuri (Castelo de Castro Marim), desde o séc. ii a.C. até ao séc. vii d.C. Partindo de uma base documental muito diversificada, constituída sobretudo pelos conjuntos de cerâmica de mesa importada e de produtos alimentares transportados em ânforas, sem esquecer igualmente a leitura crítica das fontes escritas, dos dados epigráficos e numismáticos, procurou-se estabelecer o faseamento da importação e consumo nestes núcleos urbanos do Algarve romano, analisando-se igualmente diversos aspectos da própria produção agrícola e artesanal de âmbito local e regional. Os padrões de importação dos três núcleos urbanos são comparados entre si, de forma de obter elementos sobre a dinâmica evolutiva do território algarvio, sendo igualmente confrontados com os dados de outras regiões, procurando-se integrar o sul da Lusitania no quadro das relações (económicas, políticas, culturais) inter provinciais no período romano, e imediatamente posterior. O estudo que efectuei permitiu compreender melhor o contexto específico das importações de cada período em cada sítio, o que possibilitou discutir alguns aspectos do quadro político-administrativo romano do Algarve central e oriental. Se a epigrafia já apontava para o facto de Ossonoba ter adquirido uma importância considerável ainda em época de Augusto, tudo indica que os núcleos urbanos de Balsa e Baesuri se encontrassem em pleno desenvolvimento durante a segunda metade do séc. I e mesmo nos finais dessa centúria. As cidades estavam plenamente integradas nas rotas comerciais estabelecidas, tendo por base o porto de Cádis e registam, tal como em períodos anteriores, uma forte integração na economia da província vizinha, a Bética, integração essa que apenas se dilui no período Baixo Imperial, com a crescente importância da produção à escala local/regional lusitana e das importações norte africanas. |
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Ritmos do povoamento e economia do Algarve romano: entre o Mediterrâneo e o AtlânticoAlgarve romanoCerâmicaEconomia antigaInterdependênciaRoman AlgarveCeramicsAncient economyInterdependenceO presente artigo estuda os ritmos da vida económica dos núcleos urbanos de Ossonoba (Faro), Balsa (Quinta de Torre de Ares) e Baesuri (Castelo de Castro Marim), desde o séc. ii a.C. até ao séc. vii d.C. Partindo de uma base documental muito diversificada, constituída sobretudo pelos conjuntos de cerâmica de mesa importada e de produtos alimentares transportados em ânforas, sem esquecer igualmente a leitura crítica das fontes escritas, dos dados epigráficos e numismáticos, procurou-se estabelecer o faseamento da importação e consumo nestes núcleos urbanos do Algarve romano, analisando-se igualmente diversos aspectos da própria produção agrícola e artesanal de âmbito local e regional. Os padrões de importação dos três núcleos urbanos são comparados entre si, de forma de obter elementos sobre a dinâmica evolutiva do território algarvio, sendo igualmente confrontados com os dados de outras regiões, procurando-se integrar o sul da Lusitania no quadro das relações (económicas, políticas, culturais) inter provinciais no período romano, e imediatamente posterior. O estudo que efectuei permitiu compreender melhor o contexto específico das importações de cada período em cada sítio, o que possibilitou discutir alguns aspectos do quadro político-administrativo romano do Algarve central e oriental. Se a epigrafia já apontava para o facto de Ossonoba ter adquirido uma importância considerável ainda em época de Augusto, tudo indica que os núcleos urbanos de Balsa e Baesuri se encontrassem em pleno desenvolvimento durante a segunda metade do séc. I e mesmo nos finais dessa centúria. As cidades estavam plenamente integradas nas rotas comerciais estabelecidas, tendo por base o porto de Cádis e registam, tal como em períodos anteriores, uma forte integração na economia da província vizinha, a Bética, integração essa que apenas se dilui no período Baixo Imperial, com a crescente importância da produção à escala local/regional lusitana e das importações norte africanas.This paper analyses the economic rythms and patterns in the Roman towns of Ossonoba (Faro), Balsa (Quinta de Torre de Ares) and Baesuri (Castelo de Castro Marim) in southern Portugal, from the 2nd century BC to the 7th century AD. It seeks to determine the evolution of the imports and consumption pattern and to analyse different aspects of the agricultural and industrial production to a local and regional extent, based on very diversified sets of sources such as the imported fine ware and foodstuff transported in amphorae, without forgetting the critical reading of literary sources and of both epigraphic and numismatic data. The import patterns of the three urban centers are compared among themselves in order to determine the commercial dynamic and economic evolution of the Algarve. We also try to provide comparisons with other regions, seeking to integrate the southern Lusitania in a broader context (economic, politic and cultural) of the interprovincial relations during the Roman period. This study also allows a better understanding of the specific importations context of each phase of the Roman period in each town. It contributed to the knowledge and discussion of the political and administrative framework of central and eastern Algarve. Epigraphic data had already stressed the relevance of Ossonoba during Augustus reign, but towns as Balsa and Baesuri also knew intense activity during the second half, and even in the late 1st century AD. These towns were fully integrated in the established commercial routes that were based in the port of Cadix and were, as observed in previous periods, strongly integrated in the economy of the neighbour Baetican province. This integration will only be slightly modified in the Late Roman period by the increase of local and regional Lusitanian production as well as the North African imports.Museu Nacional de ArqueologiaRepositório da Universidade de LisboaViegas, Catarina2020-02-20T11:50:08Z20112011-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/41959porViegas, C. (2011) – Ritmos do povoamento e da economia do Algarve romano: entre o Mediterrâneo e o Atlântico. O Arqueólogo Português, série 5, vol. 1, Lisboa, p. 15- 204.0870-094Xinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:41:39Zoai:repositorio.ul.pt:10451/41959Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:55:07.719207Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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