A Farmacoterapia aplicada a doentes com factores de risco cardiovascular modificáveis. O exercício do acompanhamento farmacoterapêutico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cavaco, Margarida
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Condinho, Monica, Miranda, Fernando, Sinogas, Cartlos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/27348
Resumo: Objectivo: perspectivar o Acompanhamento Farmacoterapêutico como prática profissional de mais-valia para o estado de saúde do doente Desenho do estudo: relatório de estudo de intervenção Local e população alvo: doentes com factores de risco cardiovascular modificáveis (hipertensão arterial, dislipidemia, excesso de peso e tabagismo) integrados no Programa de Acompanhamento Farmacoterapêutico em curso em cinco farmácias comunitárias Metodologia: a evolução clínica dos doentes foi avaliada no âmbito de consultas farmacêuticas pela determinação da pressão arterial, do perfil lipídico, do índice de massa corporal e pela cessação tabágica. O cálculo do risco cardiovascular, para cada doente, foi determinado com base na equação de Framingham. Resultados: os dados apresentados referem-se a 42 doentes, com factores de risco cardiovascular modificáveis, de um total de 64 que integram o Programa de Acompanhamento Farmacoterapêutico. As intervenções farmacêuticas reduziram, em média, 12 % a pressão arterial sistólica, 7,3 % a pressão arterial diastólica, cerca de 12 % os níveis séricos de colesterol total (com um aumento médio de 1,3% nos níveis de colesterol-HDL) e 11% os níveis de triglicéridos. Na prática, cerca de 72% dos hipertensos não controlados, 53% dos hipercolesterolemicos não controlados e 50% dos doentes com hipertrigliceridemia não controlada puderam ser controlados. O índice de massa corporal não sofreu alteração significativa. Dos 3 doentes fumadores, um aceitou, com sucesso, iniciar o processo de cessação tabágica. O risco de doença cardiovascular foi reduzido em 25 doentes, 8 deles de risco moderado para baixo risco e 2 deles de elevado risco para risco moderado. Conclusão: os dados apresentados contribuem para o reconhecimento do Acompanhamento Farmacoterapêutico como um serviço de significativa mais-valia para a saúde do doente.
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