Patrícia Galvão: A Primeira Quadrinista Brasileira
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.21814/rlec.4689 |
Resumo: | Embora muitos nomes masculinos tenham sido reconhecidos na história dos quadrinhos brasileiros, poucas figuras femininas são lembradas. Nesse sentido, este artigo tem por objetivo a análise de dois trabalhos de Patrícia Galvão: o álbum “Nascimento, Vida, Paixão e Morte” e a série de oito tiras publicadas no jornal O Homem do Povo, intitulada “Malakabeça, Fanika e Kabelluda”. Mais conhecida como Pagu, Patrícia Galvão é hoje reconhecida como a primeira mulher a publicar quadrinhos no Brasil. “Nascimento, Vida, Paixão e Morte” foi produzido quando a autora tinha apenas 19 anos e configura-se como uma narrativa gráfica autobiográfica, a qual pode ser considerada como o primeiro quadrinho brasileiro escrito e desenhado por uma mulher. Além disso, Pagu inaugurou a produção de tiras de autoria feminina e com temática feminista no Brasil, ao trazer duas representações femininas diferentes em “Malakabeça, Fanika e Kabelluda”: a esposa tradicionalista e a jovem contestadora e fora dos padrões convencionais. A despeito de sua inovação e importância no cenário cultural brasileiro, Patrícia Galvão foi — e, por vezes, ainda é — frequentemente reconhecida apenas como “musa modernista” ou ainda pelas suas relações pessoais com escritores renomados. Assim, reexaminar a produção de Patrícia Galvão é necessário, uma vez que, enquanto mulher e independente de suas ligações, ela produziu obras de importância significativa na comunicação e na disseminação de mensagens políticas feministas e contra a discriminação e violência de gênero. Portanto, torna-se fundamental reconhecer e repensar o papel de Patrícia Galvão/Pagu na história dos quadrinhos brasileiros. |
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Patrícia Galvão: A Primeira Quadrinista BrasileiraPatrícia Galvão: The First Female Brazilian CartoonistArtigos temáticosEmbora muitos nomes masculinos tenham sido reconhecidos na história dos quadrinhos brasileiros, poucas figuras femininas são lembradas. Nesse sentido, este artigo tem por objetivo a análise de dois trabalhos de Patrícia Galvão: o álbum “Nascimento, Vida, Paixão e Morte” e a série de oito tiras publicadas no jornal O Homem do Povo, intitulada “Malakabeça, Fanika e Kabelluda”. Mais conhecida como Pagu, Patrícia Galvão é hoje reconhecida como a primeira mulher a publicar quadrinhos no Brasil. “Nascimento, Vida, Paixão e Morte” foi produzido quando a autora tinha apenas 19 anos e configura-se como uma narrativa gráfica autobiográfica, a qual pode ser considerada como o primeiro quadrinho brasileiro escrito e desenhado por uma mulher. Além disso, Pagu inaugurou a produção de tiras de autoria feminina e com temática feminista no Brasil, ao trazer duas representações femininas diferentes em “Malakabeça, Fanika e Kabelluda”: a esposa tradicionalista e a jovem contestadora e fora dos padrões convencionais. A despeito de sua inovação e importância no cenário cultural brasileiro, Patrícia Galvão foi — e, por vezes, ainda é — frequentemente reconhecida apenas como “musa modernista” ou ainda pelas suas relações pessoais com escritores renomados. Assim, reexaminar a produção de Patrícia Galvão é necessário, uma vez que, enquanto mulher e independente de suas ligações, ela produziu obras de importância significativa na comunicação e na disseminação de mensagens políticas feministas e contra a discriminação e violência de gênero. Portanto, torna-se fundamental reconhecer e repensar o papel de Patrícia Galvão/Pagu na história dos quadrinhos brasileiros.Although many male names have been recognised in the history of Brazilian comics, only some female figures are remembered. As such, this article aims to analyse two works by Patrícia Galvão: the album "Nascimento, Vida, Paixão e Morte" (Birth, Life, Passion and Death) and the series of eight strips published in the newspaper O Homem do Povo, under the title "Malakabeça, Fanika e Kabelluda" (Malakabeça, Fanika and Kabelluda). Better known as Pagu, Patrícia Galvão is now acknowledged as the first woman to publish comics in Brazil. "Nascimento, Vida, Paixão e Morte” was produced when the author was just 19 years old and is an autobiographical graphic narrative, considered the first Brazilian comic written and drawn by a woman. Moreover, Pagu pioneered the production of female-authored, feminist-themed strips in Brazil when she introduced two distinct female representations in "Malakabeça, Fanika e Kabelluda": the traditionalist wife and the young rebellious woman who defied conventional standards. Despite her innovation and prominent presence in the Brazilian cultural scene, Patrícia Galvão was — and sometimes still is — primarily recognised as a "modernist muse" or for her relationships with renowned writers. Thus, it is worth revisiting Patrícia Galvão's production since, as a woman and regardless of her connections, she produced highly relevant works communicating and disseminating feminist political messages and opposing gender discrimination and violence. It is, therefore, essential to acknowledge and reconsider the role of Patrícia Galvão/Pagu in the history of Brazilian comics.Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho2023-12-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.21814/rlec.4689por2183-08862184-0458Avelino, Stellainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-22T08:00:20Zoai:journals.uminho.pt:article/4689Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:55:34.834075Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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